único

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— ai meu santo deus das tortinhas de maça me tira daqui por favor.

Changbin andava devagar pela floresta escura, estava anoitecendo e o pequeno coelhinho morria de medo do escuro.

Seu cheiro de maçã e canela se espalhava sem conseguir controlar por causa do medo.

Segurava as orelhas marrons em frente a boca tremendo de medo, olhando para todos os lados a cada barulho diferente.

— maldito Jisung que me convenceu a vir colher frutas, quando eu achar a saída vou fazer ensopado de esquilo.

O coelho assustou com o bater de asas de uma coruja e olhou para cima, vendo neve começando a cair junto da temperatura.

— isso é sério universo? Neve logo hoje? O que eu fiz de errado nessa vida?

Deu mais alguns passos e viu uma casa de madeira com várias plantações de morangos e melancias em volta, saia fumaça da chaminé e uma luz acessa.

Correu até a casa e antes que batesse na porta um cara abriu de repente. Tinha cabelo platinado, alto e forte, sua cauda branca e as orelhas denunciavam bem sua espécie, uma raposa da neve.

Que maravilha, o coelho foi parar bem na porta de um predador natural seu.

— com licença senhor eu-

Changbin foi segurado pelos ombros e puxado até dar de cara com o peito forte da raposa.

A raposa segurou o coelho pela cintura e o ergueu até que o pescoço do animalzinho estivesse bem exposto para o canideo cheirar com vontade.

— s-s-senhor...

??? Você cheira tão bem coelhinho, maçã e canela é uma ótima combinação. Da vontade de mantê-lo pra mim a vida toda.

— por favor... É uma área sensível essa...

I.n: meu nome é Jeongin, o que faz aqui coelhinho, é uma área perigosa

— eu sou Changbin... Pode me soltar por favor?

I.n: não.

Jeongin entrou mantendo Changbin bem grudado em si, o coelhinho envergonhado estava congelando de frio e a raposa tinha o corpo tão quente que nem precisaria de cobertas.

I.n: Não respondeu minha pergunta.

— vim colher frutas com meus amigos mais a gente acabou se separando e eu me perdi.

I.n: amanhã você pega quantas frutas quiser e eu te levo de volta, hoje durma aqui.

— mais você nem me conhece.

I.n: mas seu cheiro é viciante, eu quero senti-lo mais coelhinho. Fique aqui enquanto eu pego mais lenha la fora.

Jeongin soltou o coelho o aconchegando no sofá espaçoso e saiu, Changbin aproveitou para olhar em volta, era uma casa relativamente grande e bem feita, os móveis de madeira eram bonitos e o lugar todo tinha um forte cheiro de menta, o cheiro da raposa.

Changbin levantou e mexeu a cortina olhando para fora, a neve caia deixando tudo branco mais não chegava a ser uma tempestade.

Jeongin voltou carregando a lenha cortada e foi alimentando o fogo da lareira deixando a casa mais quente para o coelho.

I.n: eu vou preparar o jantar, fique a vontade.

— eu posso preparar? Você ja esta fazendo tanto por mim.

Raposa taradaOnde histórias criam vida. Descubra agora