Capítulo 69

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Narrador geral

14:50

Bolsa da Malia estourou em ple na área de pscina, todo mundo em uma correria pra ir pro hospital.

Alguns não viam a hora de ter a Aninha nos braços, outros tinham medo de como seria ter uma bebê em casa, e ainda tinham os que não sabiam como iam lidar com fato da Malia e do Paulo terem uma filha.

Ana Luisa, nome escolhido com amor. Que carregaria tanto o sobrenome Borges, quanto o sobrenome Alther.

Todos chegaram no hospital praticamente no mesmo horário, não faltou ninguém. E era impossível saber o que cada um pensava dentro de si.

- A pressão da senhorita Malia está instável, vamos controlar com medicações e assim que tudo se controlar, vamos optar por uma cesariana. - Disse uma medica
- Mas, não seria melhor um parto normal já que a bolsa estourou sozinha? - Lucas perguntou
- Não, a pressão da Malia pode colocar ambas em risco e ela ainda não tem nada de dilatação. Preferimos que seja indolor e com minimo de risco possivel. - Respondeu a médica

Paulo entrou pra dentro do quarto com a Malia, só os dois ficariam ali. Enquanto ficariam todos na sala de espera, em mil pensamentos.

O silêncio preenchia a sala.

Lucas saiu para tomar água, Léo foi atrás.

- Ta tudo bem? - Léo perguntou
- Era pra ter algo errado? - Lucas reapondeu
- Eu que vou ser tio e você que esta nervoso. - Léo disse tentando quebrar o clima chato e deu uma leve risada
- É a nossa amiga correndo risco de uma eclampsia. Me erra por hoje Leonardo. - Lucas disse seco, pegou água e voltou pra dentro da sala de espera enquanto Léo ainda ficou ali pensativo.

Sera que seria todo o nervosismo do momento ou Lucas realmente não tinha mais paciência com Léo? É estranho ver eles assim.

Poucas horas pareciam eternidade, e tudo parecia loucura.

- Pra mim ja deu de esperar, vou pra casa e vocês me avisam quando a pequena nascer. - Beatriz falou seca e saiu andando
- Beatriz.. - Gabriel tentou chamar inutilmente pois ela seguiu

- Vocês estão agindo como se fosse um pré funeral. - Helena disse
- E talvez seja. - Renato disse e deu um soco na parede
- Gente, calma. Não seria melhor todos irem pra casa? Lá no manicômio a gente espera por notícias. - Fael disse
- Meu irmão precisa de mim aqui. - Thamy disse
- Se ficar um, acaba ficando todo mundo. Thamy meu amor, vamos pra casa? - Heitor disse tentando convencer a Thamyres de ir pra casa.

Demorou um tempo pra resolverem, mas todos foram pro manicômio esperar. E quando chegaram lá, receberam a noticia de que a pressão da Malia se estabilizou e iam partir pra uma cesariana.

Todos rezaram juntos na sala e depois se despessaram.

Paulo no hospital, realmente iria ver o parto e acompanhar a Malia em tudo que fosse preciso.

Léo e Thamy optaram por ficar juntos e sozinhos em um canto da sala, pensativos em suas próprias cabeças. Era a sobrinha de sangue deles ne? Talvez isso pese mais que pra todo resto das pessoas.

Lucas se sentiu sozinho, e ainda mais estressado, ligou pro Douglas ir pra lá e logo o Douglas chegou. Claro que recebeu péssimos olhares do Léo, mas ele ao menos tranquilizou o Lucas, que estava com medo.

Yago, Fael, Hugo e Nathy estavam como não ficavam a tempos, juntos. Em silêncio, mas juntos, sentados no sofá e de mãos dadas.

Helena e Heloisa na beirada da escada, trocando carinhos de afeto e consolo, parecia que elas sentiam que algo iria acontecer sabe? Era estranho.

Todo o resto estava na cozinha, eram pessoas próximas mas não tão próximas. Renato se fechou no quarto.

Enquanto isso na maternidade, iniciaram a cesariana.

Um ar invadiu o manicômio do nada, chegando a causar frio e bater portas abertas. Todos se arrepiaram.

19:51, sábado no meiado de setembro, quando Aninha nasceu...

Paulo e Malia choraram ao vê -la, obviamente ela não chorou, logo eles a levaram para entubar e ir pra UTI neo natal na encubadora.

- Que a nossa filha cressa sabendo que é fruto de um amor maravilhoso. - Paulo disse
- Que ela saiba que os pais dela a amam mais que tudo. - Malia disse

Toda a felicidade sentida naquela sala, foi tomada por desespero. Pressão da Malia se desestabilizou aos montes, tiraram Paulo da sala e começaram a entrar mais e mais medicos para garantir que ela ficasse bem.

Paulo estava desnorteado, não podia ver a filha apesar de saber que ela estava bem, mas a preocupação com a Malia era gigantesca. E já sabemos que a cabeça do nosso pequeno Alther não esta nem perto de boas condições.

Ele ligou pra familia da Malia aos prantos, avisando que a Ana Luisa tinha nascido, mas a Malia iria pra uma UTI pois deu problemas com hemorragia e a pressão instável.

Não adiantava ficar ali, mas Paulo não iria embora pra casa. Ainda mais após ouvir a mãe da Malia dizer que por ela poderia morrer as duas.

- Porquê você incluiu o Douglas nesse nosso momento? Era pra ser só familia. - Léo questionou o Lucas
- Giovanna não é familia, Gustavo ainda não é família. Douglas veio me acalmar. Você tinha sua irmã aqui, eu estava sozinho Léo. - Lucas respondeu
- Manda ele embora. - Léo disse firme com cara de choro
- Leonardo, unica coisa que precisa ir embora agora é o nosso relacionamento. Não existe mais namoro entre a gente. Me deixa. - Lucas falou e voltou pra perto do Douglas

- Você devia ter deixado eu ficar com meu irmão. - Thamy questionou o Heitor
- Meu amor, não adiantaria nada ficarmos lá. - Heitor tentou acalmar ela
- Se algo acontecer com os três e eu não estiver lá, eu nunca vou me perdoar, eu nunca vou te perdoar. - Thamy disse séria e subiu pro quarto

Todos se abalaram um pouco, mas nada se igualava ao sentimento que era perceptível da Thamy e do Léo. Parecia que eles sentiam que não estava tudo bem, que não era só um parto prematuro, era bizarro a energia deles.

A noite foi passando, e todos em extremos de medos e pensamentos.

Da pra acreditar?

Existe uma neném na vida do manicômio agora.

Paulo pela manhã do domingo pode entrar dentro da UTI neo natal e ver a sua pequena, realmente pequena. Disse pra ela o quanto ela era amada e cresceria em um berço de ouro.

Malia ainda não tinha se normalizado, o que dava um medo sem tamanho pra todos.

Antes do almoço do domingo, Sara criou coragem e chamou o Fael pra dizer que eles não estavam mais dando certo e que ela ate tinha transado com outra pessoa. Fael mesmo triste, disse que ia tentar entender a situação, afinal ele ja sabia que não eram mais repletos de amores e nem tão próximos. Ele mesmo sabia que o relacionamento já tinha acabado e so faltava alguém ter coragem pra terminar de vez.

Então, Fael saiu de moto pra aliviar os pensamentos. Andando br a fora, em alta velocidade, pra ele que na sexta não se medicou pois bebeu e no sábado não se medicou com toda a confusão do parto, a vida naquele momento pouco o importava. Até então, cada curva, um livramento.

Paulo não poderia ficar mais ali no hospital, ele precisava ir pra casa, saiu com seu carro e com pouco raciocínio, ele estava bem, mas a imagem dele sendo empurrado pra fora da sala e a Malia desacordada não saia de sua mente.

Batimentos da Malia ainda oscilando bastante.

Léo tomou varios comprimidos pra dor, na tentativa de que a dor do coração paralizasse. E acabou apagando, muita medicação pra quem não é acostumado, obviamente faz mal.

Continua...
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Não consigo acreditar que algo realmente possa dar errado...

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