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Para as pessoas que caíram de para quedas nas minhas fics :) A melhor ordem de leitura seria essa:

Muito mais que a encomenda

Repeteco

Origens (Indico como última pois está recheada de ironias que vc só vai entender se tiver lido as outras, mas se não liga para isso não tem nenhum problema de cronologia se quiser ler antes ;)

Prenha?! (Pretendo deixar como história paralela e independente das outras)

A "festa" (o mesmo de Prenha?!)

Coloquei esse mesmo aviso em todos os primeiros capítulos ;)

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— Erhm eu sei que tecnicamente a gente já começou a trabalhar e não somos mais novatos, mas de quem é aquela mesa? — Catarina apontou para a escrivaninha vazia em frente à sua. — Eu nunca vi ser ocupada....

— Também não sei.... — Paraná apoiou distraidamente a mão no queixo. — Mas parece que tem mais uma pessoa que vai ficar com a gente nesse escritório. Ouvi o Rio comentar sobre isso uma vez. Mas já fazem semanas néh.

A porta se abriu de repente e um homem alto e grande entrou, parecia forte. Imponente. Vestia uma espécie de poncho preto e vermelho, isso lhe cobria todo o tronco, os braços e parte das pernas. Parecia usar uma espécie de calça super larga enfiada dentro das botas marrons, que estavam sujas, assim como toda sua roupa.

Não dava para visualizar seu rosto, escondido pelo chapéu preto e pela barba loira desalinhada e empoeirada. Tinha um lenço vermelho amarrado no pescoço e dava para ver que em sua cintura estava pendurado artigos de couro, não conseguiam discernir o que era exatamente, mas parecia um laço e alguma coisa a mais.

Deu dois passos para dentro do ambiente, as esporas faziam barulho quando pisava, fora isso, ele era surpreendentemente silencioso. Era visível ser alguém treinado pela vida árdua e incerta do campo. Assustador. Tinha o olhar frio, apesar de sua íris ser castanha, castanha não, mais clara que isso.

— O-oi.... — A mulher foi a primeira a quebrar o silêncio. — P-posso ajudar? — Sorria fracamente, educada.

Recebeu um olhar cortante do maior, isso a fez se calar receosa. O homem olhava em volta com atenção, parecia analisar o ambiente com cuidado.

— E-ei! Quem que tu é? — O menor interferiu receoso porém audacioso. — Pra chegar assim como se fosse o dono do lugar! Aliás! — Era de sua natureza continuar com aquela atitude petulante. — Como que tu entrou aqui daí?! Esse prédio tem seguranças sabia! Como que eles deixam entrar um cara todo sujo assim?!

Escutaram o barbudo estralar a língua, parecia desagradado, ia abrir a boca para responder quando foram interrompidos.

— Você chegou! — Brasil se atirava nos ombros da figura imponente. — Como foi a viagem?! Tranquilo? Credo cê tá fedendo a cavalo.

Aquilo desarmou o clima conflituoso, mas o peso ainda estava no ar, ninguém sabia exatamente o que estava acontecendo. SC e PR encaravam o patrão exigindo explicações. O moreno percebeu isso e logo sorriu para eles.

— Ainda não se apresentaram? Ele é o colega de região de vocês! — Bateu meio forte no peito do maior. — Rio Grande do Sul. Chegou hoje de viagem. Inclusive os cavalos dele estão lá fora agora.

— Credo que caatinga que tá aqui, parece um estábulo.... — Rio de Janeiro chegou distraído na sala, sua voz foi sumindo quando viu o maior e que o insultava sem querer. Abriu um sorriso para disfarçar. — Coé irmão, tu deve ser o Sul né não? — Estendeu a mão para cumprimentar. — Eu sou o Rio. — Viu-o encarando sua mão. — Rio de Janeiro, capital federal.

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