Capítulo 55

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Mendes

O som das teclas do piano se formando em uma linda melodia que está tocando do meu celular invadem os meus ouvidos novamente e com elas lágrimas solitárias se espalham pelo meu rosto.

Nublado!
É assim que eu tenho visto as coisas nessa semana, toda emoção, motivação e ânimo para fazer as coisas se foram naquele dia.

O teto do meu quarto nunca pareceu tão grande como está agora.

A temperatura do quarto está fresquinha o que me faz continuar enterrada por baixo do entredom com os meus pensamentos e minhas dúvidas que alfinetam o meu coração com espectativa e medo, o anel em meu dedo nunca pareceu pesar tanto como está pesando agora.

O dia parece estar perfeito lá fora mas assim como no resto da semana não sinto a menor vontade de sair desse quarto, já se passou uma semana desde que não vou a empresa e que não o vejo, sinto como se precisasse dar esse tempo a ele apesar de sentir tanto a sua falta afinal eu me apeguei a ele e essa situação para mim é extremamente assustadora.

Eu deixo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto quando a minha mente faz questão de repassar várias e várias vezes o meu último encontro com o Nathaniel. Meu peito dói como o inferno por lembrar de cada palavra proferida por ele.

Toda sua confiança acabou e fico me perguntando realmente se ainda vale a pena me explicar mesmo que essa explicação mão mude absolutamente nada em nosso quadro.

Fico pensando o tempo todo como ele deve estar, ou se pensa em mim ou na nossa situação. Esse tempo me fez pensar se ainda temos algum coisa depois de tudo o que aconteceu e até consigo temer pelo pior mas não o julgaria ou recriminaria eu mereço pelo que estou passando já que não falei nada quando tive tempo.

Minha cabeça está pesada o que torna tudo mais nublado, meus olhos inchados pelo choro mas tudo é apenas uma reação do choro costante, noites mal dormidas e a falta de alimentação que se tornou irregular até acho que estou mais magra.

Sei que está sendo tão doloroso para ele quanto para mim, foi horrível esconder algo que não tinha direito de fazer ele confiava em mim e eu confio cegamente nele então eu poderia ter contado a ele e evitado toda essa situação mas não consegui, fiquei com pena de alguém que o prejudicou e ainda me culpei pelo sofrimento do John por ter compactuado dessa ideia de namoro falso.

Que droga!

Naquele olhar que me encarou naquela noite pouco pude descrever o que me deixa ainda na incerteza do que pode acontecer mas sinto que essa situação não pode mais se estender, precisamos conversar e tentar exclarecer toda essa situação.

Nessas semana eu tive o apoio dos meus amigos, não ouvi julgamentos nem repudiações e mesmo com culpa fui acolhida e abraçada mas mesmo assim não posso deixar de me sentir completamente sozinha e com a  sensação de vazio no peito.

É muito difícil se separar de alguém que você ama principalmente quando você está na incerteza se teve um fim ou se era apenas um... tempo. Toda essa ansiedade faz meu coração acelerar cada vez mais sempre que olho para essa aliança que me recusei a tirar, sinto que não devo fazer isso estaria a quebrar uma ligação, nós criamos laços, memórias, vivemos momentos incríveis juntos que não podem ser apagados facilmente.

Respiro fundo limpando as lágrimas que ainda insistem em cair.

— Ah! Não, Emily. Por favor. — Lizzie diz entrando no meu quarto feito um furacão e desliga a música que soava do meu celular mas isso não dimimui a áurea triste que reina nesse lugar — Não aguento mais ver você dessa maneira.

— Me desculpe. — peço com a voz baixa pelo choro — Mas não consigo evitar.

Ela me olha com pesar e se aproxima de mim deitando na minha cama olhando para os meus olhos enxugando um pouco das minhas lágrimas.

Nathaniel Salvarote - ESTÁ SENDO REESCRITOOnde histórias criam vida. Descubra agora