002 De novo no Outono

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Não há palavras que expressem esse sentimento

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Não há palavras que expressem esse sentimento. Ele está gritando com firmeza. Estou me apaixonando, me apaixonando por você. —  Blossom by Enhypen

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A VIRTUDE muitas das vezes se parece com o tempo. Temos muito tempo para pensar, ajeitar nossas compostura depois de um tempo perdendo a cabeça. O tempo pode ser muitas coisas além, pode ser uma virtude graciosa como pode ser o tempo de uma pessoa perto da morte. O tempo é uma virtude na maioria das vezes.

Fazia nove anos desde a morte de Sunoo, do seu amado garoto frágil e dotado de felicidade até mesmo diante da morte, onde as últimas palavras do castanho foram como um gatilho para o japonês que até hoje, vive no automático sem nenhuma vontade de viver. Parecia morto por dentro, sem felicidade em seus olhos antes refletidos, vivia como um morto vivo, fazendo as coisas como se não sentisse mais vontade de fazê-las. Até mesmo a família do rapaz tentou ajudá-lo, no entanto, nada parecia ir a diante. Qual era o sentido de viver? Qual era o sentido de continuar vivo?

Ele não sabia, não tinha repostas assim como, não tinha um dia no qual não chorou sentindo falta do abraço quentinho do seu amado, do sorriso adornando os lábios do pequeno alegremente, os olhos de raposa lhe olhando com tamanha intensidade e compaixão. Ele está fadado a viver nesse tempo, no tempo no qual não poderiam ficar juntos mais uma vez, mesmo se ele rezasse todas as noites implorando para o ter de volta. Esses motivos, tantos motivos para fazê-los, mas não há esperanças para isso.

Nishimura, odiava o outono, odiava as folhas secas da árvore caindo em seu quintal. Passou a odiar tudo que fosse igual ao dia de outono, festas, comemorações, ele passou a odiar tudo e não sair de casa nessa estação. Pois ela em suas memórias, estão carregadas de tristeza e um coração partido.
Park Sunghoon, um amigo que se mudou faz alguns anos na casa ao lado da sua — Talvez dois anos — virou amigo do japonês depois de um tempo insistindo em tentar o ajudar, portanto, apesar de saber de sua perde não tinha nada no que ele pudesse fazer, além dos imensuráveis avisos os quais deu ao japonês para ele viver sua vida como Sunoo queria. Parecia ser difícil, muito difícil passar por uma rua e lembrar das memórias que tivera guardado no fundo do seu coração, guardado para nunca mais ser aberto. No entanto, Park também sabia qual era a sensação de perder alguém e de quase perda uma pessoa que tanto ama, porque a mesma situação poderia ter acontecido com seu irmão mais novo, que por oito anos estava em estado vegetativo em uma cama de hospital, mas como um milagre ele acordou.

Como ele poderia fazer isso? Sem vontade, sem Sunoo e ainda mais sem conseguir sair de casa direito, todavia, esse outono seria algo referente a um tempo perdido, ao um coração que podia ser curado com alguém familiar.

Mais uma vez naquela estação de outono onde suas memórias se foi junto com seu coração, Nishimura entediado, olhava para a janela do seu quarto vazio com os olhos sem vida, na solitude das paredes sem cor que o cercam todos os dias — Destruído como sua vida que uma dia, foi cheia de amor — caído todas as suas coisas no chão sujo, no qual ele não tinha força para limpar frequentemente. Suas orbes escuras sem o brilho que uma vez tinha, encaravam com raiva as folhas alaranjadas caindo no gramado úmido do quintal, se espalhando numa passarela de folhas sem vidas. As lumes do japonês percorreram pelas ruas pouco movimentadas naquela estação fria, usando seus agasalhos sobre o corpo para ficarem quentinhos diante do frio e do vento gélido cortante passando em uma corrente de ar rápida.

Folhas de outono ( Sunki )Onde histórias criam vida. Descubra agora