Um dia como qualquer outro.

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Já é meia noite.

E dazai está acordado como costuma, são aproximadamente 00:26 da manhã em Yokohama, dazai parece não estar tão interessado em dormir.

novamente seus pensamentos inundam sua cabeça como todas as noites, novamente questionando seus sentimentos, se ele ao menos tem isso.

Todos os seus vinte e dois anos foram horrivelmente repetitivos e nada novo acontecia de fato que fosse impressionante.

novamente ele se pergunta porque? uma simples pergunta que não há respostas, e nunca terá.

algo que ele teria que descobrir sozinho? algo que ele se perguntaria até a morte? algo que não era relevante o suficiente para que ele tenha o luxo de saber? de entender? de sentir?..

Não me daria o luxo de ao menos pensar na possibilidade de ter a capacidade de sentir e expressar.

Sentimentos, emoções tudo isso é tão.. humano.

Algo que ele claramente nunca seria nem se tentasse o máximo que pudesse..

Todos ao seu redor, até mesmo Chuuya Nakahara, que nem tem o mínimo direito de se proclamar humano é mais sentimental que ele.. Um monstro, Um demônio.. Ou melhor, O braço direito do próprio diabo.

Era assim que dazai costumava pensar de si mesmo, O braço direito do próprio diabo, mesmo que ele tenha saído da máfia do porto, a máfia do porto nunca saiu dele, o demônio prodígio o persegue até os finais de seus dias, e só deus saberia o quão longe ele iria para apagar tudo aquilo, para nunca ter arrastado Oda Sakunosuke consigo, ele poderia ter tido uma vida feliz, uma vida tranquila com seus filhos se dazai não tivesse intervido e aparecido em sua vida.

Mas lá estava dazai, novamente arrastando alguém a seu maior arrependimento.

Dazai perdeu tudo e todos que ele realmente amava.. ele se perguntava, se algum louco o amava, se alguém seria maluco suficiente de querer algo como ele.

se alguém.. se alguém.. se esse alguém existisse?.. talvez nem dazai o manteria por perto, talvez dazai o afastaria o mais rápido possível, talvez dazai não mereça que seja amado sem nem entender o que é amor, talvez ele não se devesse se dar o luxo de desejar ser amado, e de fato ele acredita cegamente que não merece pois é a verdade, a mais pura verdade.

05:36 AM em Yokohama.

Dazai ainda está acordado em seu futon, ele se prepara para se arrumar e ficar de bobeira enquanto espera o tempo passar e kunikida vir brigar com ele como sempre faz em sua rotina refletiva e chata.

Ele senta na cadeira de sua cozinha, é raro ele entrar nesse lugar, ele nem se dá o luxo de comer algo, não que ele de fato tenha qualquer coisa nós armários ou geladeira.

ele decidi pegar um copo de água, se levantando de sua cadeira e pegando um copo enquanto se direcionava até o filtro de água, pegando água gelada, ele bebe de uma vez, a queimação gelada em sua garganta o faz fazer uma careta falsa, ele gostava de se fazer de bobo para si mesmo, até porque ele não dava a mínima se aquilo machucaria, ele de fato não gosta de dor, mas aquilo não era tão doloroso quanto parece ser descrito.

ele se senta novamente olhando seu relógio.

07:01 AM em Yokohama.

estava perto do horário habitual de kunikida lhe mandar mensagens exigindo que ele chegue chego desta vez, mas dazai acha interessante como seu colega de estressa fácil.

ele até diria que acha divertido, mas ter o luxo de sentir a diversão não é para algo como ele.

Ele olha para seu telefone que já está inundado de chamadas perdidas de "Kunikida Doppo" ele da um leve sorriso e espera até que dê 9 horas.

In the name of something I can't feel (PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora