Era um sábado bonito de sol. A temperatura, porém, não estava muito quente, e eu conseguia sentir uma leve ventania pela janela do meu quarto. O céu estava azulado, entretanto, algumas nuvens um pouco carregadas estavam próximas das montanhas. Bem, aquela não era uma coisa que eu precisava me preocupar naquele momento.
Eu estava muito animado para aquele dia, havia esperado tanto! Desci para a sala de jantar rápido, o café já estava à mesa. Me sentei rapidamente e comecei a passar manteiga num pão, preso nos meus pensamentos ansiosamente felizes.
— Não vai nos dar bom dia? — meu pai pergunta, com os braços cruzados.
Me desvencilhei dos meus pensamentos e olhei para ele, que parecia estar meio bravo.
— Desculpa — suspiro. — Bom dia, pai. Bom dia, mãe.
— Bom dia. — eles dizem, juntos.
Continuei a passar manteiga no pão e o comi por inteiro com umas três mordidas.
— Tenho que ir — falo, me levantando. — É o acampamento com meus amigos. Se lembram, não é?
— É, me lembro — minha mãe fala, também não aparentando estar muito feliz. — Mas lembro também que havia me falado que marcara com seus amigos depois do almoço, e não agora.
— É, mas fiquei de ajudar o James com umas coisas - expliquei. — E ele disse que posso almoçar lá. Enfim, tenho que ir agora.
— Hm, está bem — ela fala, parecendo analisar minha explicação. — Voltarão amanhã à tarde, este é o combinado, não é? E, por favor, me passe o endereço do camping que vão estar. Qualquer emergência vou para lá.
— Sim, mãe — me senti um pouco culpado por estar mentindo. Mas a minha mãe nunca me deixaria acampar de verdade. Acampar numa floresta de verdade e não num camping sem graça cheio de outras pessoas para atrapalhar a experiência. Penso que a obscuridade da floresta solitária é que dá o sal para a experiência "acampamento". — Mas lhe garanto que nenhuma emergência acontecerá.
— Bem, se cuide. Tchau.
Me despedi dos meus pais, peguei minha mochila e meu saco de dormir e saí de casa. Eu caminhava até a casa de James, um dos meus amigos. Nos encontraríamos todos lá e depois iríamos de kombi até a floresta em que acamparíamos.
Cheguei rápido, a casa dele não era muito longe da minha.
— E aí, cara! - cumprimentei-o, sorrindo.
— Você está mesmo animado, não é? — ele perguntou, com um sorrisinho. — Bem, apesar de que talvez sua animação diária com relação a isso possa estar me contagiando um pouco, ainda penso que acampamento não é tão divertido. Formigas entrando dentro da calça, frio, a ausência de banheiro... Com certeza não é uma das minhas coisas favoritas.
— Vale a pena — falei com convicção. — Aliás, você nem pode falar muita coisa. A única vez que acampou era uma criancinha, é óbvio que a sua percepção das coisas muda.
— Tá, pode ser verdade.
Entrei na casa e o ajudei com umas peças das barracas. Depois, ficamos conversando e jogando videogame. Um tempo depois, começamos a ficar com fome e fomos almoçar. Assim que terminamos ouvimos a campainha tocar, era a Marlie e a Kate. Cumprimentamos as meninas e ficamos conversando e jogando jogos de baralho enquanto os outros não chegavam.
Eu já estava ficando estressado depois de um tempo significativo de demora para o Tristan e o Mark chegarem, porém, na hora em que eu ia abrir a boca para reclamar, eles chegaram.
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Pesadelos em Série
HorrorAssuste-se e envolva-se em uma mistura de diversos contos de horror unidos neste livro.