Me dei conta que estava ali, na rodoviária, vendo o ônibus seguir em frente, levando do a de volta para casa. O último beijo e aquela promessa que fiz " vai ficar tudo bem e acredite, eu sempre dou um jeito e te verei em breve " sentilava em minha cabeça e era gritante o jeito que as palavras insistiam em ecoar.
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Duas horas depois, recebi mensagem dizendo que ela chegara bem ao rio e que seus pais estavam próximos a busca la. Juliana mandou um vídeo dela e vitória cantando no carro. Quando vi, me senti bem, pois aquele sorriso, o jeito que seu olhar brilhava, era algo que me deixava bem ao ver. Me preenchia em ve la assim. Minutos depois estavamos ali, conversando pela rede social novamente, sustentando aquilo que parecia impossível de continuar. Se amor convivendo com a pessoa já era complicado, imagina a distância ? Sem ver, sem saber o que a pessoa realmente estaria sentindo. São por esses fatores, que john se dava conta que seria complicado, mas diante de algo tão puro e verdadeiro, valeria muito a pena continuar. Era algo que o encorajava e tirava qualquer resquício de dúvidas se daria certo ou dos obstáculos que teria pela frente.
Ela dizia " vem me ver no meu anivesário. Falei com gabriel se ele poderia te trazer aqui, ficaria me sentindo feliz se você pudesse vir. " quando me fazia este convite, eu aceitara na hora. Mas não poderia esquecer que eu não estava trabalhando. Não tinha como conseguir dinheiro e fazer uma viagem até o rio de janeiro ao encontro de juliana. Por mais que o que eu mais queria era estar lá, na prática, não parecia tão fácil assim de acontecer. Eu não trabalhava, não tinha dinheiro e ainda por cima não falava nada da existência de juliana para a minha mãe. Eram diversos fatores que não eram facilmente destrinchados e resolvidos. Levariam tempo, e contavam também com um pouquinho de sorte para acontecer. Modestamente, prefiro achar que estava escrito ou precisava acontecer. Acreditava que cada coisa que acontecia no mundo, tinha seu motivo e sua hora de acontecer. O próximo passo seria contar a minha mãe da pessoa que eu havia conhecido. E confesso. Não seria a coisa mais fácil do mundo a se fazer.
