EUPHORIA
Eu queria sentir a euphoria... Não sabia que para ter essa euphoria dentro de mim teria que fazer coisas que nunca pensei que faria... usar drogas que te deixaram chapada por horas te faz sentir a euphoria, beber a bebida mais forte em uma festa até cair te faz sentir a euphoria, ficar horas conversando e jogando verdade ou desafio te faz sentir a euphoria, dançar até o chão até de madrugada em uma festa te faz sentir a euphoria..... Porém, matar quem você mais ama também te faz sentir a euphoria, mas porra, ela pode ou não ser momentânea, a minha foi, mas..... Me arrependo de tudo o que eu fiz, por causa das escolhas erradas vim parar no pior lugar que se pode existir, eu odeio esse lugar, odeio essas pessoas, odeio os julgamentos que ele apontam pra mim.
Lembro como se fosse ontem, 16 julhor de 2020 gravem essa data, o auge de muitos adolescentes, eu tinha 14 anos na época e já fazia coisa errada. Muita coisa errada. Mais a minha história começa um pouco antes, mas prefiro que outra pessoa conte ela pra mim.
18 anos antes...
Rue on
No dia 13 de agosto de 2006, Carla J'Naik uma garota de 16 anos, conheceu um traficante em uma festa na casa de um cara da escola dela, o chamavam de Miguel, mexicano que tinha seus 20 anos de idade, os dois dançaram a festa toda, até que então os dois dormiram juntos. Um mês depois Carla não parava de ter enjoou, a menstruação dela tava atrasada então ela já suspeitava de uma suposta gravidez. Carla tomou pra ir na farmácia comprar o teste pra ela, quando fez o teste se desesperou, ela estava grávida. Carla passou pelo estado da negação, cogitou até em fazer um aborto. Como só tinha dormido com o Miguel, a garota foi correndo pro lugar onde ele se escondia.
Miguel ficou surpreso e desesperado, porém falou que iria assumir a criança, já Carla falou que não poderia cuidar de um bebê, ela era uma adolescente e tinha o ensino médio pela frente. Porém, ela desistiu da ideia de abortar a criança. Meses se passaram e nasceu no dia 01 de março de 2007 uma linda garota de cabelos pretos e olhos castanhos. Parecia com a mãe. Porém na noite de seu nascimento uma carta foi deixada ao lado do bebê, uma carta de despedida. Ela tinha ido embora. Na carta dizia.
Miguel
Eu já não sei se consigo mais olhar pro rosto dessa criança, não vejo uma filha, apenas vejo uma estranha. Cuide dela com todo seu amor e nunca a deixe cair em mãos erradas. Irei mudar de país. Pra um país longe dos estados unidos, tenho que seguir meus sonhos, sou jovem demais para cuidar de um bebê, só tenho um pedido: bote o nome dela de Olivia J'Naik. Essa é a única coisa que irei te pedir, espero que sejam felizes, e que quem sabe um dia eu a possa ver novamente..
Ass: Carla
Miguel olhou para a carta derramando uma lágrima. Sabia que iria ser difícil consolidar uma bebê ao tipo de serviços que ele fazia. Mas faria de tudo para a ver Olivia feliz....
15 de fevereiro de 2015
( Música: All eyes on me )
Olivia cresceu com uma infância agitada de mais para uma criança, de manhã ia para escola porém quando voltava ajudava seu pai a embalar maconha para vender. Com isso ficou conhecida como el diablo, com dez anos já poderia ser considerada uma traficante. Ela tinha tudo o que queria, desde celular do ano até jóias caras. Sempre ao lado de seu pai, ela era controladora, agiu, mandona, brava e muito bem revoltada.
Liv on
Terça feira
ODEIO TERÇAS-FEIRAS. Dia de prova, eu odeio estudar. Acordo às 05:57, vou pro banheiro, chego na pia e jogo um pouco de água da torneira no rosto, mais um dia. Tomo um banho botando uma blusa preta e uma calca jeans, calço meu tênis Jordan vermelho indo pra cozinha logo depois.
— Oi pai - comprimento o mais velho que estava na cozinha, provavelmente fazendo waffle.
— Buenos días princesa, dormiu bem? - pergunta pregando atenção na frigideira.
— Não, hoje é dia de prova na escola então fiquei até tarde estudando. Eai, como estão indo os negócios? - perguntei botando um pouco de café em uma caneca para mim.
— Bien, hoje quando tu chegar se arruma, vamos fazer negócios com uma nuevo amigo amigo mio. - falou ele com todo aquele sotaque mexicano. — Aqui
Seu café, NAO. SE. ATRASA. - diz ele antes de virar uma caneca cheia de café pegando a arma que ficava pendurada na parede e saíndo. Mais um dia.
Termino meu café e lavo a louça indo pegar minha mochila e depois indo para a escola, pego minha bicicleta e vou. Chegando lá encontro Rue, essa menina é maluca, mas eu adoro ela.
— Hola Rue Rue - digo chegando atrás dela e dando um abraço apertado — Faz tanto tempo, quando você foi pra reabilitação eu fiquei praticamente sozinha.
— Oi Liv, para de drama vai, você tem a Maddy, a Cassie e a Cat, duvido que sente tanta falta minha - ela falou me abraçando de volta.
— Rue, até parece, Cassie anda estranha, tava namorando o amigo nojento do Nate, e a Maddy tá com o um cara estranho lá , nunca vi tanto mau gosto, e a Cat, bom ela anda meio afastada. Nada como minha bestie friend aqui comigo hahaha - falo enquanto andamos em direção ao banheiro.
— Ta bom, anda logo, sua aula começa daqui a pouco - ela fala olhando o celular.
— Tá bom, mãe - falo saindo do banheiro. Passo por várias pessoas até chegar na minha sala. Isso é tão louco. Adolescentes são malucos, todos sexualmente ativos, se pegando nos corredores, nós banheiros, nas salas de aula, a questão é porque? Por qué todo mundo precisa tá o tempo todo com a boca em alguma parte do corpo de outra pessoa. Sinceramente não entendo.
Faço a minha prova, até que tava fácil depois tenho mais dois tempo de de aula, matemática, eca. Passo por Maddy no corredor que me chama. O que será que ela que?
— Gatita, vem aqui - diz ela fazendo sinal com o dedo — eu e as meninas queremos fazer a noite do pijama, lá em casa, as 21h ok? - pergunta ela fazendo uma carinha de chorosa.
— Tá bom Maddy, eu vou - falo e ela da uns bolinhos — precisa levar alguma coisa? - perguntei encostando nos armários.
— Leva alguma roupa de sair, se rolar, vamos na festa - diz ela mechendo no cabelo.
— tá bom então gata, te vejo mais tarde - digo seguindo meu caminho, amo demais essas meninas.
Votem pfvv.
