Código Vermelho

4. Desejo

Max continuou parado olhando para Nat com um olhar que o príncipe poderia considerar perigoso se não fosse Max na sua frente.

- E se eu não obedecer? Vai me mandar para a forca ou me expulsar da guarda?

Max sabia que ele não deveria desobedecer ordens diretas do príncipe,  ele aprendeu isso antes de entrar na agência as ordens dos seus superiores eram inquestionáveis e compridas imediatamente, mas ele tinha a necessidade de desafiá-lo.

Se Nunew o visse agora, ele zombaria dele por ser tão covarde, ou lhe diria como ele poderia fazer melhor. Nat se achava corajoso mas agora, com o guarda o olhando daquela forma, ele não se sentia em perigo e sim um pouco quente, não querendo parecer um idiota ele então reuniu toda a coragem e deu um passo na direção de Max que o encarou sem desviar o olhar.

- Max. - Ele chamou, recebendo o olhar intenso de Max, enquanto se dirigia ao guarda, ele havia tirado o primeiro botão da sua camisa, que estava acompanhado seu movimento de suas mãos - Uhm, vejo que tenho sua atenção.

Um sorriso travesso se espalhou pelas feições do príncipe, aproveitando a atenção, e embora não quisesse ir tão longe, ele sabia que teria que apertar os botões do guarda para que ele cedesse.

Lentamente, ele ergueu a mão para colocar em cada lado do pescoço do guarda sob o seu olhar atento que tinha um brilho lascivo, caramba, isso não deveria tê-lo deixado tão quente. Seu pênis se moveu interessado, sua garganta ficou seca diante daquele olhar profundo que prometia muitas coisas, Max se aproximava lentamente mas mesmo sendo uma imagem muito quente, ele queria apenas brincar um pouco, nada tão sério, nada tão longe.

-Calma aí! Preciso que você me deixe fazer isso - Ele ronronou, abrindo a boca e soltando o ar na bochecha de Max.

Max o segurou pela cintura com um braço antes que o príncipe fizesse o movimento de se afastar. Nat ficou na ponta dos pés se sentindo hiperventilar com o aperto.

Ele só tinha ouvido rumores do quê os Mestres eram autorizados a fazer com os seus subordinados, essas histórias eram consideradas mitos eróticos. Os ilinianos sabiam que a boa conduta trabalhista era muito importante para os palanianos, para eles tudo tinha a ver com dever, não quebrar barreiras e começar outra Guerra de Sangue.

Mas apesar de todo o drama e proibição, nada melhor do que ter um guarda bem-disposto e que fica o tempo todo ao seu lado por causa do juramento a seu mestre. Tecnicamente, já faz muito tempo que os palanianos eram aceitos como escravos, ou “submissos”, desde A Guerra de Sangue, mas havia alguns poucos que trabalhavam para ilinianos, mesmo com a tensão entre ambos os povos. Eram até prostituídos por um preço muito alto. Bem, ou porque eram um casal, algo estranho entre duas nações com risco de ataque eminente, mas não impossível.

Acontece que aqueles ilinianos usaram todo o seu poder para atrair os palanianos, e forçá-los a se curvar diante deles. Talvez poderia ser isso que Nat estivesse fazendo agora para quem visse de fora, mas não. Ele queria Max sem motivos rasos ou profundos, Nat apenas sentia quê o queria de qualquer forma.

A primeira vez que Nat que viu Max Saran entrar, algo aqueceu dentro dele, algo diferente, desconhecido. Nunca havia sentido algo assim, forte, ávido, explosivo. Suas íris se encantaram ao ver como aquele homem caminhava com toda a confiança do mundo, direto, para ele, sem olhar para nenhum outro na sala. Como se fosse uma oferenda, ele desfilou em sua direção, destemido, confiante e tão bonito que fez seu coração bater forte.

Eles tinham uma conexão, da qual ele iria abusar agora. Durante os últimos meses ele havia recusado muitas vezes em todo esse tempo, porque não sabia o que estava sentindo e não queria mostrar ao guarda que tinha poder sobre ele. Mas Nat estava pagando para ver agora.