Olá e bem-vindos ao primeiro capítulo de "Chamas da Vida"!
Esse é meu primeiro livro, já que sou uma escritora iniciante, então peço que me deem dicas de como posso melhorar nos próximos capítulos. Eu vou considerar esse um capítulo "teste" para saber se gostam e se devo mudar algo. Caso gostem, irei continuar do jeito que está, caso contrário, irei mudar e repostar o capítulo. Até porque, errando que se aprende. Peço desculpas desde já, pois por conta de ser minha primeira vez escrevendo, o cap acabou ficando curto.
Obrigado e boa leitura! 💚
~Liam
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- "Pai" - A criança repete.
- Eu não sou seu pai, acho que você se confundiu - Eu respondo analisando-a com um olhar confuso.
(***)
Era um dia normal em minha vida. Eu havia passado o dia em meu quarto da mansão, - "trabalhando" -, gosto de dizer para evitar eventos sociais.
Após uma longa caminhada no parque, sento-me na minha cadeira de balanço acerca da varanda e observo a paisagem.
- Gosto muito desse jardim, me lembra de Elaine - Penso observando a árvore em que costumávamos subir quando crianças.
Elaine sempre caia por ter o corpo fraco, eu costumava rir e logo em seguida a ajudava a subir novamente, - bons tempos -, penso comigo.
O outono já está chegando, afinal já é setembro. Nessa época costuma fazer tanto frio em Petersburgo que é como se pulasse o outono direto para o inverno. Gosto disso. Observo as folhas caindo enquanto me acalmo. Encosto a cabeça sobre a cadeira deixando uma mecha de cabelo cair sobre meus olhos, consigo sentir o ar gélido contra minha pele pálida conforme relaxo a cabeça no encosto da cadeira. Esta manhã é tão calma que me sinto nas nuvens, como se pudesse relaxar e esquecer de tudo que me atormenta nesse momento. Acabo caindo no sono. Uma mulher de cabelos pretos como obsidiana aparece em meus sonhos, Elaine, reconheço. Ela é dócil e gentil como me lembro, sinto falta de minha irmã...Observo-a no campo de girassóis, as flores favoritas dela. Ela parece feliz. Busco me aproximar e ela corre de mim como se visse um fantasma. Quando finalmente consigo alcançá-la, tento pegar seu braço, mas ao tocá-la, ela desaparece, e me vejo de volta àquele prédio, no dia do incidente.
- "A culpa foi sua maninho, você sabe disso." - Ela sussurra para mim antes de desaparecer completamente, tornando-se pó como naquele dia e evaporando em meio à fumaça. Acordo assustado.
Observo ao redor, ainda um pouco zonzo e me levanto para esticar as pernas. Quando olho o relógio percebo. Já é meio dia. Perdi o horário e dormi demais. - "Droga" - Eu penso ao me levantar e ir até a cozinha. Poderia ter criados comuns para fazer meu almoço e me acordar, até porque dinheiro não me é um problema, mas prefiro fazer as coisas eu mesmo, - não posso correr riscos -, recordo.
Ao chegar na cozinha, frito alguns ovos e os degusto calmamente. Por mais que esteja atrasado, não me importo. A empresa é minha, entro e saio quando quero. Entro em minha Porsche e dou partida. Ao chegar no trabalho, Ivan logo vem me importunar.
- Boa tarde Fran, chegou cedo - Ele abre um sorriso irônico - Tenho certeza de que os clientes devem gostar muito de sua "pontualidade".
- Perdi a hora, só isso. - Respondo calmo, ainda estou cansado, como sempre - Nem todo mundo acorda saltitando como você, Ivan.
- Acordar? Já passa de meio dia, Fran, não seja bobo. - Ele me olha de cima a baixo - Além de quê, olhe para você. Alguém assim é quase um morto-vivo, ficaria surpreso se me dissesse que dorme mais de 4 horas por noite. - O encaro um pouco irritado, ele sabe que não gosto que comentem de minha aparência cansada, principalmente ele que sabe de meus problemas pra dormir. Tenho dificuldade de pegar no sono e, quando consigo, tenho pesadelos. - Pesadelos com Elaine -, me recordo.