Boddy and Soul (How we are inside)

O primeiro dia

Cap revisado mas se houver algum erro de grafia por favor me digam ok?
Leiam notas finais!
Beijnhos e boa leitura!

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Kara estava perdida em seus pensamentos e reflexões. A experiência desagradável no coletivo a
 deixou aérea enquanto continuava seu caminho. Ela se viu confrontando o peso de apenas uma de suas muitas próprias ações passadas e como elas talvez haviam afetado as pessoas ao seu redor. Embora estivesse determinada a não deixar que esse incidente a abalasse, ela não podia ignorar a lição que estava aprendendo sobre empatia e respeito.

 Enquanto refletia, Kara percebeu que, embora não pudesse mudar o passado, ela tinha o poder de fazer escolhas diferentes no presente. Ela ainda estava longe do objetivo e sabia que seria difícil, mas naquele instante ela decidiu que seria mais consciente de suas palavras e ações, procurando não tratar os outros como lixo. 

 Ela caminhava em direção ao Noonan's, ainda remoendo o incidente no ônibus. Enquanto isso, Winn, completamente alheio à presença dela, também se aproximava do café. O destino, mais uma vez, parecia brincar com eles.

 Num momento de distração mútua, os dois acabaram se chocando no meio do caminho, quase derrubando seus pertences no chão. 

 — Desculpa! — Kara murmurou, automaticamente, enquanto tentava equilibrar-se. Winn, por sua vez, soltou uma risada surpresa, pegando os objetos que quase caíram. — Parece que temos que parar de nos encontrar assim, ou um de nós vai acabar se machucando. — Ele brincou, devolvendo os itens para Kara. — E ai? pronta pra encarar o batente? — Winn perguntou sorrindo para a loira.

 — Na verdade, não... — Kara respondeu sincera mesmo sem saber por quê. Em um ato de nervosismo ela alisou a nuca considerando os desastres pelos quais passou nos ultimos dias. — Bom... Só há uma forma de saber certo? — Winn respondeu abrindo a porta da modesta cafeteria, convidando-a a entrar com um sutil movimento de cabeça. 

À medida que Kara e Winn entravam na Noonan's, uma sensação acolhedora envolveu Kara instantaneamente. O interior da cafeteria era um verdadeiro refúgio urbano, exalando um charme rústico e aconchegante que era impossível de resistir.

 As paredes eram de  tijolos expostos e estavam pintadas em tons suaves de creme, criando um contraste acolhedor com o rico tom de madeira das mesas e cadeiras. Cada detalhe parecia ter sido cuidadosamente pensado para proporcionar uma atmosfera acolhedora e convidativa.As mesas, feitas de uma madeira escura e polida, exibiam um brilho suave à luz ambiente. Algumas estavam adornadas com toalhas de xadrez vermelho e branco, adicionando um toque de simplicidade encantadora ao ambiente.

 As cadeiras, com seus encostos altos e assentos estofados em um tecido xadrez coordenado, convidavam os clientes a relaxar e desfrutar de sua bebida favorita em conforto.Pequenos vasos de plantas verdes pontuavam o espaço, adicionando um toque de frescor e vida às mesas. Suas folhas vibrantes contrastavam lindamente com a madeira escura das mesas, criando um ambiente natural e acolhedor. 

As janelas, decoradas com cortinas de linho branco, permitiam a entrada de luz natural, criando um ambiente luminoso e arejado que convidava os clientes a entrar e relaxar.O aroma reconfortante de café recém-torrado permeava o ar, misturando-se de maneira irresistível com o doce perfume dos bolos e doces dispostos na vitrine de vidro. O cheiro era realmente tentador, envolvendo os clientes em uma sensação de conforto e familiaridade assim que adentravam o estabelecimento. 

 Na bancada do café, uma imponente máquina de expresso emitia um zumbido reconfortante enquanto preparava as bebidas dos clientes. O barista, com sua camiseta listrada e avental de linho, trabalhava com habilidade e dedicação, adicionando uma pitada de teatralidade à experiência. Seus movimentos eram precisos e coordenados, criando uma verdadeira obra de arte em cada xícara de café.