Contos assustadores para pessoas assustadas

Sexto ano do terror!

Todos estavam animados para aquela viagem que fariam com os professores Francisco, Bianca, Solano e Leonidia. Era uma viagem educativa para conhecer as chapadas no interior de Goiás. O caminho foi muito divertido pois os professores explicavam aos alunos algumas coisas que viam pela estrada, uma aluna que avistou homem com um machado e perguntou se ainda existiam lenhadores, Francisco disse que sim. Eles estavam hospedados em um hotel fazenda, lá eles andaram a cavalo, nadaram nas várias piscinas, havia ainda um aviário com diversas espécies de aves raras, algumas até que já pensavam estar em extinção.
No hotel estavam hospedados também alguns roqueiros que as crianças acharam estranhos e mal vestidos. Eles cantariam em um festival que aconteceria dali a alguns dias na pequena cidade.
Quando chegou a noite os funcionários do hotel armaram uma fogueira, e ao seu redor todos os hóspedes se reuniram e a professora Leonidia decidiu contar uma história. A história dizia mais ou menos isso:
- No meio da floresta existia um homem que procurava por comida, esse homem era velho e corcunda, usava uma capa preta bastante esfarrapada, tinha dentes apodrecidos e uma barba tão suja quanto sua capa. Ele andava pela floresta carregando um machado, que já estava bastante velho e avermelhado devido a ser o machado com que caçava. Ele usava uma mascara feita com madeira e ossos dos animais que caçava, que escondia uma parte de seu rosto, esta mascara era ainda amarrada com a pele de algum animal que por já estar muito velha ficava difícil de distinguir a qual animal pertencia.
Neste momento um barulho ao fundo interrompeu a professora e todos ficaram assustados, mas quando prestaram atenção quem havia feito o barulho fora um dos roqueiros que já não queria ouvir mais aquela história. E neste momento uma garota do grupo de roqueiros pediu a palavra, pois também conhecia uma lenda a qual julgava assustadora, e todos concordaram que ela iniciaria um novo conto que ela dizia ser baseado em fatos reais e que quem quisesse comprovar poderia procurar as reportagens sobre o acontecido.
Ela ainda advertiu que quem tivesse medo se retirasse do local, mas todos riram da cara da garota, e disseram que aquela era mais uma história inventada. E a garota iniciou o conto:
- Era uma noite escura e chuvosa, os cães latiam estridentemente, Marcela estava assustada pois depois de uma briga com a mãe naquela tarde ela fugira de casa, a garota tinha apenas onze anos de idade. Quando saiu de casa a garota que corria perdida pela estrada havia encontrado aquele mesmo hotel fazenda.
Agora a garota engoliu a saliva como alguém que contava algo que não devesse, ela continuou:
- Marcela havia sido encontrada sem corpo, apenas a cabeça. Já sem alguns dentes que haviam sido arrancados pelo assassino.
Neste momento dois alunos que estavam ficando muito assustados com aquela história. Maria e Liniker se dirigiram cada um a seu alojamento, pois os professores organizaram as meninas em um dos quartos e os meninos em outro.
Os alunos curiosos pediram que a garota roqueira continuasse. E ela começou novamente:
-Foi aqui que...
- Aaaaaaaaahhhhhhhh! - ouviu-se o grito estridente de Maria.
E de repente as luzes de todo o hotel se apagaram. Os professores ficaram muito preocupados, pois a primeira idéia foi que Maria houvesse levado um choque.
Aos poucos as luzes voltaram primeiro bem fracas e depois ficando mais fortes. E os professores conseguiram controlar os alunos que desesperados ali iniciaram uma tremenda confusão, a professora Bianca se afastou e foi em direção aos quartos verificar o porquê do grito de Maria.
Bianca voltou do quarto das meninas com Maria que estava de cabeça baixa. Bianca tinha o rosto muito nervoso e respirava ofegante. Na beirada da fogueira todos observavam as duas que desciam rapidamente para o local. Neste momento a garota que contava a história, soltou uma gargalhada! Ninguém entendeu. E ela explicou que mais cedo tinha combinado tudo aquilo com Maria.