Dentro do buraco.

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Todos ainda procuravam os garotos desaparecidos, os professores já estavam perdendo as esperanças. Estavam procurando há horas, mas não sabiam na verdade o que fazer, nem onde procurar, foi quando um dos professores viu um rastro de sangue que levava a um monte de folhas, depois de remover com muita dificuldade todas aquelas folhas, encontraram os alunos amarrados dentro de um buraco. Eles não conseguiam gritar ou dizer nada pois suas línguas haviam sido arrancadas.
O professor Solano ajoelhou-se e retirou os alunos daquele escuro e sujo buraco. Ele levantou e levou os meninos na direção do hotel. Mas quando estavam chegando um machado foi arremessado do meio das sombras, acertando a cabeça do professor que caiu mortalmente ferido.
Maria e Lineker correram muito assustados para o hotel onde os outros limparam seus ferimentos. E os acalmaram. Alguns outros alunos foram chamar os outros professores para contar do acontecido. Ao irem procurar o professor,não encontraram nada além de um pedaço de seu couro cabeludo.
Desnorteados os professores começaram a andar até parar em frente a uma árvore. Dela escorria um líquido viscoso e vermelho. E quando um relâmpago iluminou o céu viram o corpo do professor, que estava retalhado nos galhos. Eles recolheram os pedaços do professor e assustados voltaram rapidamente para o hotel. E até tentaram sair de lá. A fuga foi impossível já que ao chegarem no estacionamento todos os carros estavam em chamas e o ônibus estava desaparecido.
Chorando em frente aos carros uma mulher corria desesperada, parecia louca, não sabia o que fazer, e alegava que seu bebê estava preso no carro que pegava fogo. De repente a mulher parou. Seu rosto mudou de expressão. Parecia muito seria, engoliu secamente a saliva. Se virou para quem via e disse com uma voz grave e assustadora como se estivesse sofrendo uma possessão demoníaca:
- Este lugar é amaldiçoado! Todos vocês sofrerão as consequências! - E caiu morta.
Todos os sobreviventes foram arrumar as malas para saírem logo dali. As pressas todos saíram correndo. Uns na frente e outros atrás. Mas um a um foram caindo e sendo arrastados para o inevitável fim nas sombras da noite.
Sorrindo ao fundo os roqueiros assumiram suas reais formas de cadáveres amaldiçoados por aquele lugar que nunca poderiam sair de lá.

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