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Angel dust retornava de mais um dia cansativo, havia passado 8 horas direto refazendo as cenas até ficar 100% perfeito - segundo Valentino.

Hematomas eram notáveis em seus braços, pernas, rosto e torço. Seu pescoço se via avermelhado, devido às cenas mais pesadas.

Entrou no hotel, que agora estava maior e bem construído, os quartos, a sala e o bar haviam sido reformados de uma maneira mais caprichada.

Se jogou na cadeira do bar, fazendo um barulho alto e chamando a atenção de Husk, que estava virado de costas. — me vê a mais forte que você tiver. — falou enquanto coçou o olho inchado e roxo, tomando cuidado para não machucar mais.

Cara, cê' ta' acabado pra caralho, o que aconteceu? Não te vejo faz um tempo também. — Husk perguntou enquanto franziu o cenho. Misturou duas bebidas fortes e colocou o copo cheio no balcão, na frente de Angel. Husk hesitou ao entregar o copo, não tinha certeza se Angel precisava realmente de uma bebida naquela situação

— Cê' sabe! Valentino, e a porra toda.. depois do bar ele não me deixa em paz por dois segundos, não posso ter uma pausa para beber água que ele reclama, puta merda! — Após o desabafo, respirou fundo, bebendo a bebida em um só gole, que desceu rasgando de maneira áspera em sua garganta, fazendo-o tossir.

— Cara, você ta' péssimo de verdade, não foi só as horas de trabalho, até um cego vê esses hematomas. — Husk limpava uma taça enquanto pegava mais bebida para Angel, mesmo estando preocupado com o mesmo.

— ... É, eu sei. Mas ta' foda! Eu cheguei hoje exausto, não dormi nem 1 hora ontem, eu preciso descansar.. — Husk colocou mais bebida em seu copo, o mesmo pegou o copo e encostou um pouco da bebida em seu beiço.

Eu.. to' cansado. Valeu pela bebida. — Angel se levantou, deixando o copo cheio no balcão. — Ei, espera. Cê' não vai ficar assim não, se senta no sofá que eu vou pegar umas ataduras. — Angel fechou a cara.

E eu tenho escolha? — Husk deu uma risada de canto. — Definitivamente não. — Angel deu de ombros e se sentou no sofá com uma expressão neutra.

Husk saiu do bar e entrou em seu quarto, saiu com ataduras e alguns remédios. Se sentou ao lado de Angel e começou a enfaixar  delicadamente seus braços. Colocou um algodão com remédio em seu olho machucado, limpou os arranhões em suas pernas.

Ao terminar, sorriu para Angel. — Faltou meu torço, gatinho. — Angel sorriu maliciosamente, o rosto de Husk teve uma reação brava, porém era notável a vergonha dele.

Cala boca e mostra logo, nem começa com essa porra de gatinho. — Angel riu e mostrou sua barriga e costelas machucados, alguns sangrando e alguns roxos.

Caralho, aquele cara é um arrombado, tu ta' todo fudido. — Angel olhou para os hematomas. — Realmente.. — Angel fez uma expressão desconfortável, mas logo sorriu de leve ao ato de Husk de enfaixar sua barriga, limpando devagar os locais sangrando.

[...]

Ao finalmente acabar, Husk estava levemente corado, mas orgulhoso de ter ajudado o rapaz. — Valeu, Husk. Aliviou bastante a dor. — Angel sorriu, olhando o torço e costelas enfaixados.

Precisa de ajuda para ir para seu quarto? ce' tava mancando quando chegou aqui. — Angel concordou com a cabeça, Husk assentiu e colocou o braço em seu em seu ombro, Angel fez o mesmo, e, com apoio de Husk, foram andando até o cômodo.

Husk foi seguindo o ritmo de Angel, sem se apressar. Ao chegar em seu quarto, Husk abriu a porta e ajudou Angel a se sentar em sua cama.

Descansa, ce' tá' precisando. — Husk manteve um rosto sério, mas lutava para não sorrir para Angel. Afagou os cabelos de Angel, em um ato simples.

Angel tinha um sorriso malicioso, como se planejasse algo. Em um ato rápido, Angel puxou Husk para a cama e o abraçou. Husk lutou para sair do abraço.

Porra Angel! Me larga!!... — Husk resistiu o máximo que pode, mas sentiu seu corpo fraco e apenas aceitou, colocou sua asa em cima de Angel, o puxando pra mais perto.

Angel pôde ouvir Husk ronronar. Angel olhou pro rosto de Husk, e sorriu. — Ué gatinho, você ronrona? — Husk percebeu o que estava fazendo. — Cala boca porra! — Angel riu bastante, mas eventualmente deixou para lá. Os dois dormiram, abraçados.

Perdedores, juntos. - HuskerdustOnde histórias criam vida. Descubra agora