capítulo 01 | viagem, kai?

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choi soobin

a vida de soobin estava uma bagunça.

— hyung, você está agindo de forma que parece que sua vida acabou, está exagerando!

— pra mim, ela realmente acabou, não enxerga o que estou passando?

— enxergo, e entendo. mas ainda sim, acho isso tudo um exagero!

— você nunca me entenderia, nunca nem namorou — soobin virou a cabeça para encarar seu amigo.

— e ainda bem, né? se for pra ficar assim eu prefiro morrer solteiro. — soobin parecia incrédulo com tal afirmação.

— está me ofendendo.

— você já é a pura ofensa!

— huening kai kamal!

— bom, eu vou indo, se ficar aqui com você passarei fome o resto do mês. vou ir trabalhar! — o mais novo levou sua mão até os cabelos do mais velho e fez um carinho desleixado ali.

— tchau!

— aí, hyung? — chamou a atenção do mais velho. — queir ir viajar comigo? 

sua pergunta pegou choi de surpresa. como ele poderia ir viajar num momento desse? momento qual ele jurava ser o pior de sua vida.

— não, obrigada! 

— quê? por quê?

— não estou com cabeça pra isso, é simples.

— você não quer aproveitar sua vida? qual é, você só tem 24 anos.

— a única coisa que eu quero fazer no momento é reconquistar a eun hye!

— voltar para aquilo que te magoou todos esses anos? nossa hyung é uma ótima escolha!

— sério? — seus olhos se arregalaram e sua boca formou um biquinho adorável.

— é claro que não soobin. olha, eu te conheço desde que nos entendemos por gente, te conheço até bem mais do que você mesmo e todo esse rolo com a eun hye foi a pior coisa que já te aconteceu. — kai se sentou no sofá. — as vezes sinto que você não percebia tudo de ruim que acontecia por já estar acostumado e acomodado. três anos são bastante tempo, eu até te entendo, mas se algo do que eu digo realmente importa pra você, não entra nisso de novo.

soobin ficou em silêncio, a única coisa que se ouvia naquele cômodo era o ruído do ar condicionado, além de odi se mexendo em sua gaiola.

— não vai dizer nada?

— sobre o quê?

— não finja que não ouviu. — o mais novo revirou os olhos.

— sobre isso... não me chame mais de soobin, é hyung pra você!

— vai se foder! — kai riu.  — eu vou indo, pense bem no que eu te disse, talvez valha a pena.

— tire ótimas fotos!

— eu irei!

rapidamente ele se encontrou sozinho novamente, mas pensando em cada palavra do que seu amigo havia o dito. por mais doloroso que fosse, não doeria para sempre, ele realmente precisava se libertar de park eun hye, se quisesse viver feliz novamente.

ele levantou a manga de sua camisa longa, olhando para o hematoma roxo que ali estava, tocou o local e algumas lembranças o invadiram. será que isso era mesmo amor?

o amor é algo lindo, o sentimento mais intenso que uma pessoa pode sentir, não se escolhe por quem e muito menos quando. o amor tem sim suas dificuldades, mas se elas vencem no meio de tudo, é porque não existia amor ali.

amem o que é recíproco e desistam de amores tóxicos, eles só te destroem por dentro.

depois de muito tempo pensando ele decidiu que iria. ele precisava, sua cabeça estava cheia e uma viagem rápida de alguns dias ajudaria com isso. o que de tão ruim poderia acontecer?

— odi? — como sempre o animalzinho o ignorou

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— odi? — como sempre o animalzinho o ignorou. — você se importa de ficar um pouco na casa da minha mãe?

sem resposta. até porque se o animal o respondesse em algum momento ai sim seria motivo pra preocupação.

soobin aproveitou pra checar valores de passagens aéreas, sem nem saber em que local ele iria, olhou passagens para todos os locais possíveis, assim que se cansou adormeceu ali mesmo.

[...]

— hyung? acorde! — kai balançou o corpo de seu amigo.

soobin depois de muita insistência se espreguiçou e finalmente acordou.

— que horas são?

— nove da noite.

— nossa, eu dormi muito.

o mais velho agarrou seu celular na espera de alguma mensagem de eun hye, sem sucesso.

— sabe o que te falei mais cedo?

— a viagem que você queria fazer? o que tem?

— não vou poder.

— por que?

— preciso trabalhar né, não quero passar fome. — soobin revirou os olhos.

— eu já te chamei para trabalhar comigo inúmeras vezes.

— e eu disse em todas essas vezes que não queria, não é? eu não quero.

— você me animou pra essa viagem. — fez beicinho.

— ah, não fica assim vai! — ele sentou no sofá e abraçou o mais velho, soobin deitou sua cabeça no pescoço do amigo e respirou fundo. — o que foi?

— sinto falta dela.

— eu sei que sim.

— vou precisar ir ao vietnã a trabalho...

— sério?

— sim.

— posso ir com você?

— pra quê?

— eu amo te ver trabalhar, você sabe!

— hm...

— podemos fazer duas coisas em uma, você trabalha e viajamos juntos, o que acha? quantos dias pode ficar lá?

— não sei, não acho que tem uma quantidade exata de dias, não sei quantos fotógrafos vão estar lá também.

— enfim, está feito! vamos compras as passagens, minha e sua, tá?

— taaaaa, mas não me perturbe lá.

— eu não vou, eu juro.

aquarium - soogyu Onde histórias criam vida. Descubra agora