5. Correndo atrás de macho

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-Oi, professor Yejin, eu me chamo Jooyeon!- Lee reverenciou o homem, que deu um risinho.

    Yejin era o que se chamava de meigo, um doce, as garotas suspiravam por ele e os rapazes queriam se vestir da mesma forma que ele.

      Gang Yejin era um ícone.

     -É um prazer, Jooyeon. - O professor sorriu para ele, Lee corou um pouco. -O representante da sua turma me indicou cada colega, tenho certeza que em poucos dias eu decoro o nome de todos vocês. Mas você, é impossível esquecer, o rapaz do cabelo longo com mechas rosas. É muito estiloso.

     -Obrigado, professor. - Jooyeon o reverenciou. -Eu acho que você deve ser muito bom no seu trabalho. Pela primeira aula, o jeito que você se apresentou, parece didático.

     -É um lema meu, se eu for didático, os alunos se interessarão mais nas aulas. Aprenderão melhor, etc. E espero que isso realmente ocorra, me animo muito quando meus métodos dão certo. 

     -Ei, Jooyeon! - Seungmin veio na porta e o chamou, irritado. -Para de ser puxa-saco de professor e toma vergonha na cara!

      Lee corou. - Eu não puxo saco de ninguém, seu filho da mãe!- Jooyeon xingou de volta.

      Yejin deu um risinho, Jooyeon se virou para ele e corou mais um pouco.

     -Eu era bem assim na sua época de escola.

      Jooyeon riu. Seungmin veio até ele e o puxou para fora da sala, falando ao professor que "desculpa, ele sempre precisa de nota, coitado!"

      Lee sorriu todo bobo, encantado com a doçura do professor. Ele sempre imaginou como seria se apaixonar por alguém tão culto...

     Era por isso talvez que ele gostava tanto de Jungsu.

      -Trouxe o diário do meu irmão. - Gunil falou, deixando o caderninho em sua mesa de centro no clube de luta. Os sete integrantes se uniram ao redor da tal mesa, encarando o livro.

      -Resume as informações. - Jiseok falou, folgado que só. Jooyeon deu um peteleco na testa dele e começou a gargalhar.

       -Fala só da banda dele e do dia a dia. Só isso. Não tem indício de nada.

      -Provavelmente foi o que eu falei. - Seungmin cruzou os braços, se escorando no puff colorido em que estava sentado. -Um acidente. É uma bosta que a polícia só tenha concluído que foi um suicídio, mas acontece, saca.

      Gunil deu um longo suspiro. -Aí que tá, eu me lembrei de uma informação muito foda hoje...- Todos ficaram em silêncio. -Meu irmão tinha medo de altura.

     -Caralho. - Jongho estendeu o braço, puxando a manga e mostrando os pelos do braço eriçados. -Me arrepiei, porra, tu é bom.

       -Então..- Junhan murmurou, se levantando de uma cadeira velha onde estava anteriormente sentado, para sentar no colo de Jiseok, que segurou sua cintura. -...ele não teria motivo para subir até lá. Mesmo que tenha acontecido um acidente, ainda seria suspeito, porque ele precisava de um motivo para estar lá. Talvez...uma pessoa.

      -Alguém com certeza viu tudo. - Jooyeon falou, convicto demais. Gunil chiou e negou com a cabeça.

      -Talvez não tenha visto tudo, mas viu algo. Isso reforça a coisa sobre ele ter sido morto. Ele não tinha um motivo para se matar, e tinha medo de altura, então o último lugar que estaria, seria aquele prédio.

      -Pode ter sido alguém da banda. - Jongho soltou. Todos arregalaram os olhos e o encarraram, como se ele tivesse dito um absurdo. -Ou outro amigo qualquer dele, sei lá, não me olhem assim, parece que eu comi a mãe de vocês, ou sei lá o que.

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