Quatro.

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Sanji havia se adaptado ao navio e aos seus tripulantes.

Brook adorava chamar Sanji para cantar enquanto ele tocava, Franky sempre aparecia na cozinha para pedir refrigerantes e eles conversavam bastante sobre tecnologias — Já que Sanji era um príncipe de um reino conhecido por todos os mares como o mais avançado nas tecnologias do mundo — Jimbe gostava de tomar chá com o loiro e conversar sobre política, Ussop sempre estava fazendo alguma bugiganga para a cozinha e adorava se juntar com Nami para contar fofocas para ele, Robin apreciava a companhia do ômega e eles conversavam bastante sobre livros.

Sanji já conhecia vivi, já que ela era uma princesa bastante conhecida e eles eram bons amigos antes dela sumir no mapa como pirata. Inclusive ela o havia agradecido pelos conselhos para conseguir libertar seu país, o que tinha feito graças a Luffy. Yamato era outro que Sanji conhecia e que o tinha agradecido por tê-lo ajudado com suas questões pessoais.

Também havia Luffy, o ômega não admitia, mas adorava cozinhar para o capitão esquisito do bando, sempre inventando alguma receita nova e o dando para provar.

Ele havia se habituado naqueles dias a estar no meio de tantos ômegas, betas e alfas. Mas nem tudo eram flores, as vezes ele não suportava sentir os feromônios dos alfas, pela falta da marca de ligação ele ainda estava sensível.

O que consequentemente deixava Zoro irritadiço, já que ele não queria os feromônios de outros alfas em seu ômega. Por serem almas gêmeas ele sentia quando Sanji estava desconfortável, o fazendo automaticamente largar qualquer coisa que estivesse fazendo para ir até o loiro o confortar e o encher com seus próprios feromônios.

Sanji por sua vez também ficava irritado quando Zoro sem querer acabava ficando com o cheiro de algum ômega do bando. Ele se controlava para não chutar a cabeça do esverdeado, ou sair numa briga com o ômega em questão. 

E além deles dois, ainda havia chopper, que via aos dois como seus pais e ficava irritadiço em dobro. O pequeno médico odiava quando tocavam demais em Zoro,  sempre tentando chamar a atenção do espadachim e o tirar de perto de forma sútil.

Mas quando o assunto era Sanji, o pequeno menino se transformava numa fera. Ele não suportava que chegassem perto demais ou que soltassem feromônios em cima do cozinheiro, a única pessoa que podia fazer isso era Zoro.

Robin havia lido em um livro que isso era normal, já que Chopper não era um filhote biológico do casal e isso fazia com que a criança ficasse mais possessiva, e como ele não sabia como lidar com isso ele acabaria agindo assim, já que seus pais não possuíam a marca, e por isso não haviam definitivamente misturados seus cheiros. E isso é uma das coisas que acalma as crianças, que sentem seus pais juntos.

Zoro e Sanji já haviam conversado e achavam melhor esperar até o cio ou hut de um dos dois. Já que no momento da ligação seus ciclos iriam reajustar para ficarem alinhados, o que poderia acabar saindo do controle.

Então para aliviar os estresses, franky havia feito um quarto só para o casal, e no novo quarto Sanji e Zoro haviam feito um ninho. Assim, principalmente quando estivessem separados, teriam algum conforto.

Chopper passava a maior parte do tempo ali, e quando não estava no ninho ou estudando, provavelmente estaria ou com Sanji ou com Zoro. Isso se não estivesse os três juntos, um em cima do outro, agarrados e quietos.

— Pequeno Tony, o que foi que conversamos? — Sanji questiona pacientemente um Chopper envergonhado e triste.

Ao lado do pequeno médico estava Luffy, a pessoa que supostamente é o capitão de uma tripulação perigosa e mundialmente conhecida. O ômega loiro estava vendo o capitão quase como um segundo filho.

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