Olhei uma última vez meu reflexo no espelho e ajeitei o vestido branco de babados.
– Eu não sei pra que você tanto se arruma, é apenas um jantar.
Diego, meu marido, reclamou bufando mais uma vez.
– Já estou pronta, bebê.
Viro em sua direção esperando algum elogio de sua parte, mas nada além de um "finalmente" sai de sua boca.
Descemos as escadas em silêncio; a mesa de jantar já estava devidamente arrumada, apenas nos aguardando.
A campainha tocou e não foi muito difícil imaginar quem estava do outro lado.
Fui apressadamente até a porta e a abri, me revelando as pessoas por trás dela.
Giovanna estava mais deslumbrante do que nunca. Com um vestido coral decotado que valorizava todas as suas curvas e seus cachos soltos que caiam feito uma cascata por seu colo, ela sorriu pra mim e eu retribui seu gesto automaticamente.
Conheci Pitel há alguns anos atrás, numa festa da empresa de Diego ele me apresentou seu sócio, Matteus e sua namorada, Giovanna.
Desde então, vivíamos grudadas. Eu não tinha muitas amigas na época, Gi foi um lindo presente da vida.
– Você está... Linda! - disse por fim.
Ela agradeceu timidamente e arqueou a sobrancelha apontando para seu noivo.
– Ah, Matteus! Você também não está nada mal.
– Isso é bastante vindo de você, Fê. - ele debochou nos fazendo rir.
Depois de todos nós nos organizarmos à mesa, servi o filé de peixe que havia feito de última hora e me sentei na cadeira.
– E então, como foi a viagem? - perguntei à Matteus.
– Viagem? Qual viagem? - ele perguntou e eu soltei uma risada baixa.
Diego tossiu parecendo nervoso e olhou pra mim.
– Meu amor, acho que isso não é hora para falarmos sobre negócios.
– Certo.
Após alguns minutos em silêncio, Matteus e Diego resolveram iniciar um assunto que nem eu, nem Pitel entendíamos sobre.
Já havíamos repetidos a janta e o suco da jarra já estava prestes a acabar quando senti sua mão macia tocar a minha.
– Que tal abrirmos algum vinho da adega? Acho que nossos machos não estão ligando muito pra gente. - ela sussurrou e eu só soube rir.
Eles nem notaram quando nós nos levantamos e deixamos o espaço apenas pra eles. Peguei uma garrafa e duas taças e nos servi, Pitel se jogou no sofá e me chamou para sentar ao seu lado. Eu adorava o jeito que ela se sentia em casa.
– Deixa eu adivinhar. Viagem de última hora? - ela iniciou.
– Não teve viagem nenhuma, né?
– Não que Matteus tenha me dito.
– Cachorro! - vociferei o olhando da sala.
Após algumas taças, percebi como Pitel estava mais solta e mais risonha.
– Sabe, Nanda. - ela tocou meu joelho. - Você não pode cobrar muita fidelidade dele. - sussurrou.
Pitel colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Eu sabia que não podia oferecer muito álcool à ela, não quando estávamos na presença de nossos maridos.
– Não? - sussurrei de volta.
– Não quando você tá comendo a mulher do sócio dele.
– Pitel..
Murmurei tentando me afastar mas ela parecia irredutível. Meu olhar desceu até sua boca que ao meu ver, estava mais convidativa que o normal.
Dei uma última olhada em direção à cozinha, os meninos gargalhavam de algum assunto chato de sempre e nem prestavam atenção no adultério que estava prestes a acontecer.
– Tem que ser rápido.
Me levantei e a levei junto comigo ao banheiro que ficava no andar debaixo. Tranquei a porta rapidamente, empurrei a cacheada em direção a pia e ataquei seus lábios.
Pitel movia suas mãos para todas as partes do meu corpo. Nuca, cintura, seios, bunda.
Não me contive e levantei a peça laranja deixando amostra a calcinha branca que mais parecia mostrar do que esconder.
– Isso foi pra mim?
Ela assentiu e eu só soube sorrir feio boba.
Trilhei um caminho de selos por seu pescoço e fui descendo até o vão de seus seios. Mordi a mama ainda coberta pelo tecido coral e continuei a descer até chegar no meio de suas coxas.
– Vá logo, mulher! - ela murmurou.
Ignorei sua fala e continuei beijando o interior de suas pernas, me deliciando de cada pedaço da pele bronzeada que pra mim tinha o melhor gosto do mundo. Desci a destra até sua bunda e a apertei com veracidade, arrancando um gemido baixo e manhoso de Pitel.
Passei meu nariz pela entrada que continuava escondida pela peça intima, pude sentir a umidade da área sensível.
– Quero te comer bem gostoso, mas você tem que gemer bem baixinho! - ordenei à ela que assentiu com pressa.
Uma coisa que eu aprendi com esse tempo estando ao lado de Giovanna, foi que ela é a pessoa menos paciente que eu conheço.
Puxei a calcinha pela lateral e fui descendo o tecido lentamente até cair em seus pés, deixei um beijo na virilha antes de passar a língua por toda a dobra molhada. Giovanna levantou sua perna direita a deixando apoiada no mármore da pia, deixando que eu me deliciasse de cada centímetro de seu corpo.
Chupei seu clítoris com lentidão provando cada milímetro do seu gosto. A reação de Pitel foi jogar sua cabeça pra trás e morder os lábios, numa tentativa de silenciar seus gemidos.
Lambi toda a entrada quente penetrando minha língua algumas vezes, recebendo reboladas da mulher à minha frente. Senti sua mão apertar meus fios negros entre os dedos e empurrar minha cabeça na direção de sua boceta.
– Meu amor, eu vou-
Sua intimidade se contraiu e liberou todo o líquido. Suguei todo gozo até não restar mais, Pitel tremia tentando afastar a parte sensível mas eu continuei a chupando.
– Fernanda, por favor... - murmurou.
Contrariada, me afastei e levantei ficando cara a cara com ela.
– Com o passar do tempo você fica mais deliciosa.
Segurei sua cintura e seus braços abraçaram meu pescoço automaticamente.
Pitel me olhava com um meio sorriso enquanto brincava com os babados do meu vestido.
– Acho melhor voltarmos. Eles vão perceber que a gente sumiu. - ela disse por fim.
Me entristeci um pouco mesmo sabendo que ela estava certa, não queria me desgrudar dela.
– As vezes sinto ciúmes por ter que dividi-la com ele. - ela ri com minha fala.
– Apenas você aproveita desse corpinho aqui, você sabe disso.
– Mas eu queria mais.
– De novo não.
Ficamos em silêncio. Estávamos vivendo relacionamentos fracassados, o que nos impedia de largarmos nossos casamentos e nos unirmos?
Pitel saiu do banheiro me deixando sozinha no cômodo. Olhei meu reflexo e pude ver o estrago que eu estava.
Ajeitei o vestido torto e o cabelo bagunçado, ri dos meus lábios vermelhos e pouco inchados.
Respirei fundo uma última vez e deixei o lugar.
