CAP 6

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DIA 2


Quando a porta do quarto se abriu, Louis engasgou e prendeu a respiração. Ele se sentou e suspirou de alívio ao ver Harry entrar na sala vivo e ileso. Então seu queixo caiu o suficiente para arriscar paralisia facial quando viu que estava apenas de cueca.

Louis não sabia se devia ficar indignado por estar quase nu na frente de um estranho ou agradecer a quem decidiu lhe desejar um bom dia com aquela visão. Não que ele não o tivesse visto nu antes, mas Harry estava um pouco morto quando isso aconteceu, então não contou.

Foi só então que ele percebeu o que realmente tinha acontecido e teve que se conter para não se levantar daquele sofá idiota e correr pela sala gritando. Um dia finalmente passou e ele finalmente conseguiu salvar Harry.

"Bom dia," Harry murmurou, esfregando os olhos e dando-lhe um meio sorriso. Este parecia genuíno, porém, não o habitual sorriso irritante que ele sempre exibia. E aquela voz...

Louis definitivamente estava muito gay essa manhã. A qualquer hora do dia ou da noite, na verdade, mas principalmente essa manhã.

"Bom dia", ele respondeu, sorrindo de volta.

"Como você está se sentindo?" Harry perguntou, encostado no balcão da cozinha com os braços cruzados na frente do peito, para o qual Louis definitivamente não estava olhando.

"Uh... eu não sei. Não é bom, eu diria", ele mentiu.

Não, ele realmente não mentiu porque não estava nada bem no momento, mas por razões diferentes das que Harry pensava.

"Você pode reclamar comigo se quiser. Eu posso te ajudar," ele disse e então franziu a testa, seguindo o olhar de Louis e baixando-o para seu próprio corpo. "Merda, me desculpe. Não estou acostumada a receber convidados. Vou colocar algumas roupas.

"Ah, não, garanto que isso não é um problema", Louis murmurou sem pensar nisso, seu olhar ainda fixo no abdômen de Harry, então seus olhos se arregalaram e ele corou ferozmente. "Uh..."

Harry riu e balançou a cabeça antes de desaparecer em seu quarto, retornando momentos depois com uma camiseta e calça de moletom. Por que Louis não calou a boca? Caramba!

Harry sentou-se ao lado dele no sofá, lambendo os lábios e franzindo a testa como se estivesse tentando descobrir o que dizer. "Você quer falar sobre isso?" ele perguntou com a voz mais suave e gentil que Louis já tinha ouvido falar dele.

Ele se amaldiçoou mentalmente, porque o que ele deveria dizer agora? Inventou algum tipo de trauma? Não, isso estava fora de questão, ele não iria tão longe.

Mas ele precisava de uma desculpa para estabelecer algum tipo de relacionamento com Harry, para ficar de olho nele sem ter que segui-lo o tempo todo, e também para descobrir o que havia de errado com ele.

"É que... eu gostaria de ir a certos lugares com alguém, me divertir como as pessoas normais fazem, sabe? Mas estou sempre sozinho e esse tipo de coisa acontece muito comigo e, uhm..."

Ele desviou os olhos porque, como sempre, literalmente não tinha ideia do que estava dizendo e Harry franziu a testa confuso também.

"E você não tem ninguém com quem ir?" ele perguntou incerto.

"Uh, bem, não. Eu teria que ter amigos para isso e não tenho." Ele mordeu o lábio para reprimir um sorriso. "Estou muito sozinho, sabe? Eu só quero alguém com quem passar algum tempo, só isso. E ontem me lembrou que não tenho ninguém com quem fazer isso."

Free me, wake me from this day - LSOnde histórias criam vida. Descubra agora