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- São três anos de trabalho perdido, Bianca, três anos. — Anny disse irritada.

- Eu realmente sinto muito. Bruna não sabia. A culpa foi minha, na verdade. Quis brincar um pouquinho e não expliquei que...

- Não defenda esse ser humano. - Anny disse quase vermelha de raiva. - Eu mal posso olhar para ela.

- Sinto muito. - Bruna disse, se escondendo atrás de Bianca ao ver Anny dar um passo à frente.

- Eu não quero você aqui dentro. - A loira disse furiosa. - Três anos jogados no lixo.

- Talvez não prestasse o que estava fazendo. Às vezes estão procurando no lugar errado. Três anos e não deu em nada, não me parece algo produtivo. - Bruna disse inocentemente e Bianca fechou os olhos ao ver Anny prender a respiração.

- Bruna, cale se. - Bianca pediu baixo.

- Dê o fora. Anda! Já! - Anny gritou, apontando para a saída para Bruna. - E você trate de limpar tudo isso.

- Ela está me ajudando, estou machucada. - Bianca disse, vendo Anny suspirar e se aproximar mais de Bruna.

- Veja bem... - Anny disse, afastando Bianca e apontando o dedo no estômago de Bruna. - Você tem até o amanhecer para ajudá-la e depois dê o fora. - Ela disse e Bruna assentiu freneticamente.

- Ela parece um monstro assustador. - Bruna disse assim que Anny saiu dali. - E só tem metade do tamanho real. - Bianca gargalhou ao ouvir aquilo.

- Ela sabe ser assustadora. - Bianca disse, se virando para Bruna. - E também sabe interromper momentos... - Bruna, que olhava para a porta até então, voltou a olhar para Bianca.

- Ah é? - Bruna perguntou, sentindo seu corpo tremer de ansiedade e de medo ao mesmo tempo, afinal estava entrando em um jogo perigoso.

- Sim, se lembra onde havíamos parado? - Bianca perguntou, mordendo o lábio inferior e Bruna suspirou.

Que se danasse o mundo, que idiota evitaria beijar aquela mulher linda?

- Bem aqui. - Bruna disse com a voz ligeiramente mais rouca, prensando Bianca na bancada antes de acariciar seu rosto e colar suas bocas.

Bianca gemeu de satisfação ao sentir a língua de Bruna invadir sua boca e fincou os dedos na camisa dela, puxando mais o corpo de Bruna para perto de si. A maior manteve o espaço suficiente para Bianca não sentir nada ali embaixo, mas quando Bianca arranhou suas costas por cima da blusa, ela se afastou lentamente.

Não correria o risco de as coisas esquentarem e seu membro dar sinais de vida.

Bianca deu-lhe mais um selinho e olhou em volta.

- Vamos porque ainda temos trabalho. - A menor disse sorrindo e Bruna assentiu.

Pela primeira vez ela se sentiu estranhamente triste por não poder ir mais a fundo com alguém.

E não era sobre a falta de sexo que ela estava se lamentando.

O Último Pênis | IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora