o que devo fazer?

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A chuva caía torrencialmente, as nuvens escuras cobriam toda a extensão dos céus, causando uma escuridão assustadora para algumas pessoas. O barulho incessante das gotículas era ouvido quando ela batia contra o telhado de upa pequena igreja onde, mesmo com aquela tempestade, ocorria uma breve missa. Algumas pessoas haviam comparecido a casa do Senhor naquela noite para ouvir atentamente as palavras do Padre, o sacerdote de Deus.

Han Jisung ainda era um "aprendiz", como o Padre Min lhe chamava, ele estava ali acima do púlpito apenas como um jovem rapaz em busca de seus sonhos. Sonhava em ser como o senhor Min, um Padre responsável e obediente às palavras do Senhor. Queria poder fazer como ele, que assim pregava o amor do Senhor para os outros e que sempre procurava ajudar os mais necessitados.

Jisung sonhava em ser como ele.

Mas algo lhe impedia.

Ou melhor, alguém.

— Então — a voz de tom que demonstrava serenidade partiu do Padre Min, seus olhos vagaram por todos os seus fiéis logo abaixo do púlpito, que assim como Jisung, prestavam bastante atenção em todas as suas palavras. — o nosso Senhor ensinou em suas escrituras que não devemos-

A sua frase foi repentinamente interrompida quando as portas da igreja se abriram de supetão. A figura de um jovem homem de estatura alta, ensopado pela chuva – que ainda caía fortemente lá fora — chamou a atenção de todos quando pôs seus pés para dentro. O rapaz chacoalhou levemente os cabelos úmidos e soltou um silencioso "me desculpe" para o Padre, este que parecia lhe julgar em seu ínfimo.

Lhe julgar não por entrar na igreja no meio da chuva e interromper o seu discurso sábio mas sim por sua aparência errônea e mundana. O rapaz tinha os cabelos pretos, soltos e longos que quase chegavam em seu ombro, seu braço esquerdo continha algumas tatuagens que podiam ser avistadas por conta de sua blusa ser de mangas curtas, em suas orelhas haviam brincos de prata e em sua sobrancelha direita um chamativo piercing.

Aquela visão desagradou a maioria das pessoas da Igreja, estas que nada discretamente lhe olhavam com repulsa e cochichavam umas com as outras, julgando o rapaz.

O homem – sem se importar com o falatório ao redor – calmamente andou até o último banco da esquerda e se sentou na última fileira dos bancos, que estava completamente vazia e disposta para si. Discretamente revirou os olhos quando as pessoas ainda lhe olhavam atravessado, pareciam querer lhe dizer mil e um xingamentos e enxotá-lo porta afora.

Mas... a Igreja não é um lugar para todos? Por que esses olhos acusadores?

O rapaz acabou soltando um suspiro longínquo e ajeitou seu corpo melhor sobre o banco desconfortável, seus olhos logo subiram e caíram diretamente em uma certa pessoa acima do púlpito, seus olhos escuros observaram com prazer a imagem angelical de seu querido amigo.

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