você deve se ajoelhar

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A tempestade parecia descontrolada, o uivo do vento chacoalhando agressivamente de um lado para o outro, as gotículas grossas de água caindo com frequência contínua contra o telhado da Igreja. Os sons que elas causavam juntas era de assustar qualquer um.

Mas com certeza nada assustava Jisung, não mais do que ele já estava.

Então Padre? O senhor poderia sanar a minha dúvida?

Aquela voz mais uma vez...

Jisung virou o rosto para frente com rapidez, desviando seu olhar do rapaz ao seu lado. Sua expressão era de incredulidade, suas mãos pareceram suar o dobro de antes e seu rosto empalideceu. Fechou os olhos por um momento e começou a rezar em seu subconsciente, tentando pôr em sua mente que àquilo não era real, que aquele homem não estava ali mais uma vez para acabar consigo, que àquilo era fruto da sua imaginação e que nada era real.

Mas o seu cheiro permanecia ali.

Jisung abriu os olhos de supetão quando ouviu um riso soprar ao seu lado. O rapaz parecia achar graça da situação atual, seu riso era suave e de certa forma parecia caçoar de si.

Han – então – tomado por uma coragem súbita que ele nem soube de onde surgiu, virou-se completamente de lado e encarou de frente o corpo do homem, este que ao perceber o ato do "Padre" logo fez-se o mesmo ao copiar seus movimentos: sentou-se lateralmente e de frente para o Han.

A única coisa que os separava era a fina tela de madeira.

— É errado. — foi o que o Han disse.

Minho arqueou as sobrancelhas em confusão e Jisung foi mais preciso em suas palavras quando cruzou os braços sobre o peito, suas mãos tremiam e seu coração palpitava como um louco, mas não iria demonstrar.

— É errado deitar-se com alguém do mesmo sexo. É contra as leis naturais de Deus. É pecado.

O sorriso de Minho aumentou gradativamente e seus olhos vorazes começaram a vasculhar o corpo alheio enquanto sua boca soltava as seguintes palavras:

— Sabe Padre... para mim amar não é pecado, amar não é errado, amar não é ser sujo — seus olhos subiram e foram de encontro com os de Jisung. — Amar verdadeiramente e unicamente a você não é erra-

— Você não sabe o que diz! — afoitamente Jisung interrompeu suas palavras. — O pecado consumiu o seu ser! Você não diz coisa com coi-

— Você, Jisung! É você que não diz coisa com coisa!

O sorriso divertido de Minho sumiu e seu rosto adquiriu um semblante sério e de certa forma ressentida. Seus olhos pareciam tremer em chamas enquanto encarava Jisung.

— Veja o que você se tornou! Você vai querer ser essa pessoa amargurada pelo resto da vida?! Vai querer se tornar igual àquele Padre filho da puta e sair julgando por aí o que é certo e o que é errado?! Em?!

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