Capítulo 64

1.6K 95 1
                                    

Nathaniel

As vezes me sinto que estou dentro de um filme já que imagens ou cenas da minha vida estaram se repetindo na minha cabeça várias e várias vezes. Na vida já tentaram me derrubar muitas vezes mas sempre dei a volta por cima e encarei tudo sem ter medo de nada.

Agora vejo tudo passar lentamente, aqui sentando nessa cadeira com medo de que pode acontecer algo pior.

Minha vida estava a passar em câmera lenta.

Principalmente quando arrombamos a porta daquela maldita casa e encontrei a Emily jogada no chão incosciente com as suas mãos e roupas cobertas de sangue ao lado do corpo do Edward Royal.

Me desesperei, não sabia o que fazer, meu corpo inteiro tremeu e um medo tão grande me consumiu ao pensar que naquele momento estava perdendo a mulher que amo e o nosso bebê.

Edward está vivo, foi atendido rapidamente pela equipe médica que nos acompanhou e trazido para o hospital do meu pai assim como a Emily.

Estamos todos aqui preocupados e sem nenhuma resposta dos médicos até ao momento, não consigo mais esperar de tanto nervosismo que me acompanha, espero por boas notícias mas o medo consegue me dominar por completo.

Sinto uma mão pousar no meu ombro e levanto a cabeça olhando de lado.

- Eles vão ficar bem. - meu pai diz me confortando.

- Eu deveria ter entrado antes... - sussurro sentindo meu peito apertar e ele suspira provavelmente entendendo.

- Eles estão cuidando dela. - Edgar diz com uma expressão triste entregando um copo de café a minha mãe.

- Vai dar tudo certo, a Emily é forte. - Lizzie diz me oferecendo um pequeno sorriso.

- E está lutando pelo bebê que carrega. - Liam coloca as mãos nos bolsos da calça social se encostando na parede.

- Tudo ficará bem, posso sentir isso. - Fernanda alisa o meu fraço.

Balanço a cabeça suspirando. Me preocupo ao pensar como deve estar a sua saúde mental nesse exato momento. Já foi comunicado que Edward não corre risco de vida e pode perfeitamente voltar para a cadeia mas antes ainda será julgado por sequestro e cárcere privado. Mas eu vou tratar de mexer oa pausinhos e fazê-lo apodrecer na cadeia com a máxima vigilância para que fique longe de mim e da Emily.

Me levanto ao ver um médico baixinho com cabelos grizalhos se aproximando com a sua prancheta na mão ajeitando os óculos em seu rosto.

- Familiares de Emily Mendes. - ele diz retirando os olhos da prancheta.

- Somos nós! - digo me aproximando dele que suspira.

Meu coração está acelerado e sinto minhas mãos suarem de nervosismo.

- E então, como ela está? - Edgar pergunta.

- Ela está estável no momento fazendo a devida medicação. Fizemos vários exames nela e notamos uma certa quantidade de sonífero do organismo dela mas nada com o que se preocupar. Está bem desitrata e um pouco desnutrida mas ficará bem. - ele diz olhando para todos nós.

Limpei a garganta.

- E o bebê?

- Eu devo dizer que ela teve um leve princípio de aborto por causa de outra subistância que ela ingereiu durante os últimos dias mas como não teve sangramanto podem respirar aliviados pois o bebê também está bem. - suspiro aliviado sentindo um peso enorme sumir das minhas costas.

- Graças a Deus... - Lizzie sussura abaçando a Fernanda e a minha mãe.

- Mas ainda assim terá que ter um bom repouso quando voltar para casa e se alimentar devidamente para repor os nutrientes e recuperar as forças.

Nathaniel Salvarote - ESTÁ SENDO REESCRITOOnde histórias criam vida. Descubra agora