Chego em casa com um sorriso gigante no rosto, primeiro dia de aula concluído com muito sucesso.Nem acredito que depois de anos consegui fazer uma amiga. Donna era realmente incrível, era uma inspiração enorme pra mim.
– Que sorriso lindo, pelo visto a aula foi boa. – minha mãe fala da cozinha.
– Foi ótima! – digo e minha mãe levanta as sobrancelhas e sorri.
– Quero saber o que teve de tão ótimo para a minha princesa estar sorrindo assim. – fala se debruçando sobre o balcão que dividia a cozinha da sala de jantar.
– Fiz uma nova amiga. – falo sorrindo e minha mãe bate palmas.
– Agora sim, estamos evoluindo. – diz feliz.
– E fui convidada para uma festa amanhã. – falo e ela arregala os olhos.
– Nossa, é muita evolução para um dia só. – diz e eu assinto.
– É, mas eu não vou não. – ela fecha a cara.
– Por que não? – ela pergunta e eu que fico confusa.
– É numa terça, mamãe. – falo como se fosse óbvio. – E você sabe que o pessoal da escola nem gosta de mim.
– Para, filha. – diz vindo até mim. – Você fez uma amiga hoje, e ela provavelmente quer ir nessa festa, é uma daquelas festa de início das aulas, não é?
– É sim. – respondo.
– Então, você nunca foi em uma dessas, você precisa viver a sua adolescência meu amor, só tem dezessete anos! – fala pondo as mãos em meu rosto. – Não aguento mais te ver dentro dessa casa vendo mil vezes a mesma série.
– Mamãe. – rio do jeito dela. – Ta bom, vou falar com a Donna.
– Ótimo, e não marquem nada para amanhã depois da aula, vou levá-las no shopping. – ela fala e eu não parava de me impressionar com cada frase que ela dizia.
– Para que?
– Comprar roupas pra festa? Sinceramente minha filha, que tipo de adolescente você é? – ela ri e eu acabo rindo junto.
Minha mãe, assim como eu, é filha única, e ela aproveitou muito a adolescência dela.
Graças a boa condição financeira dos meus avós maternos, minha mãe nunca precisou se preocupar com dinheiro, então ela comprava uma roupa diferente para cada festa que ia, podia ter cinco na mesma semana, ela ia todos os dias com uma roupa diferente.
Entro em meu quarto, tiro meus tênis e me jogo na cama. Vejo que tem uma mensagem de Donna no meu celular, e fico super animada.
Ja aproveito para perguntar para ela sobre a festa, e ela diz que gostaria de ir se eu não for ficar desconfortável.
Propus para ela de irmos no shopping com a minha mãe e ela amou a ideia.
Vou tomar um banho e ponho uma camisola de cetim bem fresquinha.
Quando volto para a cama, pego o celular novamente e vejo que tinham me adicionado no grupo da festa de amanhã. Eu nem sabia que alguém tinha meu número. Adiciono Donna no grupo também e acabo adormecendo enquanto leio as mensagens que mandavam.– Querida? – abro os olhos com dificuldade, pois tinha deixado a luz do quarto acessa.
– Oi, papai. – olho para o mesmo que estava com uma expressão estranha. – Aconteceu alguma coisa?
– Sim, aconteceu. – fala e eu me preocupo. – Tem... um garoto lá embaixo, querendo falar com você. – arregalo os olhos.
– Quem? – pergunto confusa mas meu pai parecia muito mais confuso que eu.
– Não sei, devo mandar ele embora? – pergunta.
– Vou ver quem é, as vezes é algo importante. – falo e ele assente.
Ele fecha a porta e vou até a janela do meu quarto que dava para a frente da casa.
Tinha uma BMW branca parada na frente. De quem pode ser aquele carro? Eu não fazia ideia.
Desço as escadas e saio da minha casa ficando parada na varanda. Sinto meu corpo arrepiar quando vejo Liam descer do carro.
– Não acredito. – falo baixo para mim mesma.
– Boa noite, Margot. – fala sorrindo e vindo até mim. – É assim que você recebe os caras na sua casa? – ele me olha de cima a baixo.
Foi ai que eu me toquei, eu estava só de camisola de cetim. Droga, droga, droga.
– O que você quer? – falo com vergonha tentando disfarçar. – Perai, como sabe onde é minha casa!?
– É segredo. – ele põe o dedo indicador entre os lábios fazendo "shh".
– Ta bom, me diz o que você quer e por favor, vai embora. – falo cruzando os braços.
– Eu não tô com pressa. – fala chegando mais perto e subindo na varanda, enquanto me media com o olhar.
– Liam! – ele para. – Fala logo. – ele suspira.
– Eu quero levar você à festa amanhã. – ele fala.
– Sim, e eu já disse que não quero ir... com você. – respondo.
– Por que? – pergunta novamente indignado.
– Eu também já disse o porquê, era só isso? – me viro para entrar mas ele segura meu pulso.
– Não, Margot, calma. – me viro para ele e ele me solta. – Tem um motivo pra eu querer te levar. – dou uma risada sincera.
– É claro que tem, você não iria insistir se não tivesse. – falo. – Mas não quero saber o motivo, Liam, não quero saber se é uma aposta ou seja lá o que for, só quero que você me deixe, finalmente, em paz, pode ser? – lanço um olhar sincero.
– Eu preciso da sua ajuda, por favor, eu prometo que nunca mais te procuro. – ele insiste e dou uma risada.
– Te ajudar? Sinceramente, eu sou uma piada pra você? Que pergunta besta, eu sempre fui, não é? Por que eu te ajudaria? Se me der um motivo, eu te ajudo. – cruzo os braços e ficamos em silêncio. – Foi o que eu pensei. – me viro para entrar.
– Se vingar da Olivia. – ele fala rápido e eu paro.
– O que? – olho para ele por cima do ombro.
– Vai me dizer que você não sente raiva de tudo que a Olivia te fez? – pausa. – Eu posso ter tirado sarro de você, mas a Olivia foi muito pior que eu, você tem que admitir.
– Eu não guardo rancor das pessoas. – minto.
– Mentira. – ele fala como se lê-se meus pensamentos e eu me viro. – Sei que você guarda, eu também guardaria, não tem como não ficar com rancor. – ele chega um pouco mais perto de mim. – Me ajuda, e tenho certeza que você vai se sentir vingada.
Não vou mentir, Liam despertou em mim a curiosidade de me vingar da Olivia, mas eu não sei se isso combina comigo. Isso faria eu me rebaixar ao mesmo nível que ela, e não é isso que eu quero, não é?
– Eu posso pensar? – falo e ele abre um sorriso de orelha a orelha.
– Pode, claro, mas só até amanhã, antes da festa. – fala e eu assinto. – Até amanhã então, pensa com carinho. – sai correndo pelo gramado até seu carro e me manda um beijo no ar.
Margot, Margot, o que você tá pensando?
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Apaixonada por um Babaca - Sua Escritora, XOXO
Teen FictionDepois de ser alvo de piadas e bullying durante anos, Margot cria técnicas para se tornar "invisível" no colégio e não ter mais que lidar com piadinhas ao seu respeito. Mas no primeiro dia de aula do último ano, Margot falha em não chamar a atençã...