Capítulo 4

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Acordo para mais um dia de aula. Hoje não está tão quente quanto ontem, então visto uma legging preta e uma baby look azul-bebê.

Escolho alguns acessórios prateados e calço meu Adidas com as faixinhas no mesmo tom da blusa.

Prendo o cabelo em um rabo de cavalo e estou pronta.

Pego o celular e, bem na hora, Donna me liga.

— Oi! — falo animada, ouvindo a risadinha dela do outro lado da linha.

— Bom dia, Margot — diz, simpática. — Vamos tomar café naquela cafeteria da esquina do colégio? Passei por lá ontem e o cheiro estava maravilhoso. Tô com desejo. — fala, e eu sorrio.

— Claro! Te encontro lá então. — respondo e desligo em seguida.

Desço as escadas e vejo meus pais no mais puro romance na cozinha. Sempre admirei o amor deles, mesmo depois de tantos anos de casados.

— Bom dia, pombinhos. — brinco, e meu pai solta minha mãe na hora.

— Princesa, me assustou. — diz ele, e eu sorrio.

— Bom dia, querida. — minha mãe retribui o sorriso.

— Pai, pode me deixar naquela cafeteria da esquina hoje? — pergunto, e ele me olha arqueando uma sobrancelha.

— É pra encontrar aquele garoto que esteve aqui ontem? — questiona.

— Ah, não, não. É pra encontrar minha nova amiga. — explico, e ele sorri.

— Uma amiga? Que ótimo! Então claro que sim — responde animado. — Quer ir agora?

— Acho que sim — concordo, e ele assente.

[...]

Meu pai estaciona em frente à cafeteria, e eu lhe dou um beijo na bochecha antes de descer do carro.

Entro no café. Donna ainda não chegou, e só havia três alunos por ali. Era comum o lugar encher antes das aulas, mas eu nunca tinha nem pisado ali.

— Bom dia, gatinha. Vai querer o quê? — pergunta um garoto ruivo, de uniforme, do outro lado do balcão, me encarando.

— Eu? — pergunto, surpresa.

— Tem mais alguma gatinha aqui? — devolve ele, e eu coro na hora.

— Ah, não vou pedir agora. Tô esperando alguém. — respondo com um sorriso simpático.

— Então pode ficar à vontade. — diz ele, e eu assinto.

Ótimo marketing o deles: colocar um cara bonito no balcão pra elogiar as meninas que entram.

Escolho uma mesa e, assim que me sento, o sininho da porta toca e vejo Donna entrar.

— Donna! — levanto a mão discretamente, e ela me vê.

— Oi! — responde, vindo até mim. — Esse lugar é muito bonito. — comenta, e eu concordo. — E o atendente também — sussurra ela.

— Verdade. — murmuro, olhando para o ruivo, que nos encarava.

Fizemos nossos pedidos e ficamos conversando enquanto esperávamos.

— Sabe o Mike? — pergunto.

— Aquele moreno, amigo do tal Liam, que fazia bullying com você? — pergunta, e eu assinto. — Sei sim.

— Foi ele quem me pediu pra te levar na festa de hoje. — conto, e ela sorri.

— Ele é um gatinho, né? — diz, e eu concordo. — Agora estou ainda mais animada! — fala, dando pulinhos na cadeira.

Apaixonada por um Babaca - Nicole dos SantosOnde histórias criam vida. Descubra agora