Perdi as contas de quantas vezes Iori segura a barra e gira o corpo até ficar de cabeça para baixo, prendendo a perna esquerda ao redor do metal para se apoiar enquanto solta uma das mãos e deixa o corpo pender em uma linha paralela à barra, a perna direita dobrando em direção ao centro em um movimento tão fluído que até parece fácil.
Só parece, eu sei: a constelação de bolhas e hematomas nos locais em que a pele mais fricciona no aço atesta o quantidade de treino necessária para atingir a força, flexibilidade e equilíbrio necessários para transformar seus movimentos em arte.
Sei também que esqueceu completamente minha presença enquanto gira devagar e sensual em um momento só seu, tentando alcançar através da repetição uma perfeição técnica que para mim já é inerente a ela.
É gracioso ver como seu cabelo balança a cada movimento que faz, e mais ainda como alguns fios começam a grudar em seu rosto conforme o exercício se encarrega de cobrir seu corpo com uma fina camada de suor que faz a pele brilhar e destaca o decote sobressaindo no top que serve apenas para proporcionar a visão deliciosa de seus seios unidos.
Ela está mais forte desde que começou a treinar: as coxas volumosas e bem torneadas, os braços e costas sugerindo o contorno dos músculos responsáveis por permitir que faça toda essa mágica.
Ainda assim continua macia, uma delícia de curvas voluptuosas e dobrinhas adoráveis que amo explorar.
O short que usa mal cobre sua bunda e a cada vez que desce do pole e volta a treinar a mesma posição tenho uma visão muito privilegiada dela.
Nem sei há quanto tempo estou absolutamente encantado assistindo seu ensaio, mas a julgar pela quantidade de músicas que tocou posso calcular que passaram no mínimo vinte minutos.
— Desde quando gosta de pole?
Pela primeira vez durante todo esse tempo olha para mim, o sorriso implicante que a deixa ainda mais atraente.
E está certa, não vejo a menor das graças em pole dance. O que me atrai é vê-la feliz fazendo algo que gosta, é seu corpo se movendo sob qualquer motivo que seja.
— Desde quando você começou a dançar.
Desliza pela barra executando um giro bem mais simples do que o movimento anterior, provavelmente só testando o efeito que tem em mim pois não deixa de me olhar e sorri devassa ao constatar que estou excitado.
Iori pega uma garrafinha de água no canto da parede e toma um gole.
— Quer que eu continue dançando pra você?
Seguro minha ereção pulsando embaixo do tecido fino do short de ficar em casa; já estou todo melado e morrendo de vontade.
— Quero... aqui.
— Grosso!
— Gostosa.
Ela ri e vem até mim se ajoelhando entre minhas pernas abertas.
— Achei que gostasse de assistir...
É excitante demais vê-la afagando meu abdômen e brincando com os dedos no elástico do shorts, apenas ameaçando arrastá-lo para baixo e me matando de tesão a cada vez que faz isso.
— Gosto, por isso estou aqui há meia hora te vendo.
Acaricio seu rosto e levo a mão até sua nuca, firmando os dedos seu cabelo para trazê-la mais perto.
Contraio o abdômen de pura tensão quando ela beija delicada abaixo do meu umbigo e arrasta as unhas desde o meu peito até embaixo.
Olhando pra baixo consigo ver seu decote e a ideia de como está suado e como seria fácil deslizar no meio deles me faz pulsar de novo e não passo despercebido: dedilha as linhas do top enquanto me provoca.
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Work
FanfictionUm movimento tão fluído que até parece fácil. Só parece, eu sei: a constelação de bolhas e hematomas nos locais em que a pele mais fricciona no aço atesta o quantidade de treino necessária para atingir a força, flexibilidade e equilíbrio necessários...