Cidade Capital pt 1

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O mundo está repleto de lugares, grandes e pequenos, entre os quais se destaca a famosa Capital, a maior cidade do mundo e também a mais desenvolvida. Se a comparássemos com alguma cidade real, ela seria a vencedora. Na Capital, encontram-se as melhores empresas mágicas governamentais, como a instituição Oxot e a empresa de carros voadores, The Lite, entre outras.

Na Capital, também se encontram as academias mágicas mais famosas de Kamioh, ou seja, as mais famosas de todo o continente Kamioh, a nação do fogo. Existem seis nações: a nação da pedra, Suxis; a nação da Água, Aquatilis; a nação negra, Tenebris; a nação do Vento, Ventus; e a nação da terra, Plavia. No extremo sul, temos o Gelidus Canis, e no extremo norte, o Gelidus Meridiem, que sinalizam o sul e o norte. Em volta de todas as nações, existem ilhas e países pequenos. De acordo com a geografia, todas as nações são unidas por pontes que flutuam na água, usadas para viajar de nação em nação. Essas pontes são conhecidas como portais universais, e existem cinco no total, sendo o maior deles conectado ao Ventus, Tenebris, Kamioh e Aquatilis.

A cidade é cercada por vários ecrãs enormes que, por vezes, criam imagens semelhantes a hologramas. Cada edifício da cidade tem um desses ecrãs. Existem caminhos flutuantes onde os trens passam, e ao lado, estradas transparentes onde carros, bicicletas, hoverboards, etc., circulam, normalmente sem tocar no chão. Os transportes parecem flutuar ao passarem pelas estradas transparentes e azuladas, com luzes brilhantes e brancas do lado esquerdo e direito da estrada. Existem prédios que ficam suspensos acima do solo, mantidos lá através de magia. Além disso, várias luzes ao longo da cidade conferem-lhe um aspeto cyberpunk. Os hologramas, como letras e anúncios que saem dos grandes ecrãs, e as representações de pessoas gigantes, também são muito comuns na cidade.

O acesso à cidade é feito através de um túnel invisível que se abre quando o trem atravessa a parede do lado exterior do túnel. O túnel é escondido, então do lado de fora parece uma montanha sem abertura, e dentro da cidade parece um prédio abandonado e velho. Esse túnel foi criado como forma de manter a Capital escondida, e por isso, ninguém sabe exatamente onde fica. Já que é oculta com magia de ilusão, por vezes, as pessoas passam a acreditar que a Capital não existe. A única vez no ano em que a cidade se mostra ao mundo é no festival lunar, que acontece entre novembro e dezembro. É conhecido como festival dos deuses, quando as pessoas vestem trajes tradicionais de cor vermelha, amarela ou branca, soltam dragões no ar e cantam músicas na língua antiga. Durante esse festival, a cidade se transforma em uma cidade tradicional. Segundo a mitologia, a deusa Hokolani desce à terra para conceder cinco desejos, que podem ser: ressuscitar os mortos, dar à luz um bebê para uma mãe incapaz de ter filhos, conceder poderes a um fraco ou promover a paz entre tribos. Essa é a mensagem do festival, e as pessoas se unem para desejar algo ao mundo mitológico, festejando o início do novo ano.

Kana e Aaron, depois de andarem muito, conseguiram chegar na estação de trem. Havia muitas pessoas ali: crianças, adultos, idosos, mulheres, homens, animais. Estavam todos desesperados, traumatizados; alguns estiveram perto do fim, outros se negaram a acreditar na morte dos seus amados. Crianças choravam com bonequinhos nas mãos. Aquele foi o dia em que todos estiveram em algum momento desejando sobreviver. Pessoas criminosas que tinham como tirar suas vidas como se fossem fios finos, com certeza, estariam rindo agora, ou talvez... não.

A estação tinha um prédio principal de dois outros com funções separadas. O prédio principal tinha dois andares. No primeiro, havia a recepção, bancos de descanso e ecrãs que transmitiam notícias. As paredes tinham luzes roxas e luzes de tons escuros. No meio do andar, existia uma fonte com água artificial que, de duas em duas horas, deitava água de uma forma que faria chover no interior. Existiam decorações futurísticas nas paredes e um bar subterrâneo onde os passageiros bebiam e curtiam esperando seu trem chegar. Existiam vários portais ao longo dos andares que teletransportavam as pessoas diretamente para seus trens. Dentro do andar, também existia um mini-hospital para feridos que chegavam na estação. No segundo andar era onde ficava a zona de guerreiros, onde os guerreiros poderiam se juntar para comprar medicamentos, itens, armaduras, roupas, armas, ou simplesmente mudar seus visuais.

No lado direito do prédio principal era onde ficavam os dormitórios. As pessoas, em caso de desastre ou problemas, poderiam descansar nesses dormitórios. Existiam cinco andares só de dormitórios. Cada quarto tinha um número, e de acordo com os gostos e necessidades partilhados no sistema, o quarto mudaria. Por exemplo, se a pessoa tivesse necessidade de ter uma paisagem selvagem, então o seu quarto teria uma janela falsa com paisagem artificial que lembraria a floresta. Esse sistema também é usado nas academias como forma de dar algo aos alunos. A diferença é que fora da academia, as pessoas precisam pagar para o ter. Cada quarto tem um robô auxiliar que ajuda com tarefas como fazer refeições, entregar encomendas, entre outros. No andar subterrâneo dos dormitórios, existe um shopping onde os habitantes podem comprar coisas que necessitem para sobreviver, como comida, roupas, entre outros.

No lado esquerdo ficava a garagem universal. Carros eram transportados de lugares exteriores para ali. A garagem era imensamente enorme, mesmo que o prédio não chegasse a ser tão grande. Isso acontece por causa da magia ilusionista, que cria um ambiente maior que o próprio espaço disponível. Isso é uma boa estratégia para certas ocasiões.

Da porta principal saiu um homem alto que usava o traje da estação. Ele tinha uma aura um pouco ameaçadora, usava óculos no rosto e tinha um penteado curto raspado. Tinha um corpo meio definido e parecia ter também dezasseis anos. Parecia que estava num estágio temporário na estação.

- Olá a todos, o meu nome é Samui Bururei, sou filho de uma das grandes famílias mundiais. Estou aqui como estagiário. Todos vocês perderam algo essencial, não para a sobrevivência, mas sim para o bem-estar mental. Além de estagiário, estou aqui para desafiar todos os que irão desafiar a academia Kenji - Levantou o rosto, mostrando olhos ameaçadores. - Fiquem sabendo que serei o melhor. Não se atrevam a colocar os pés aqui, seus inúteis.

- Que tipo convencido, quem é que faz ameaças numa estação, ele é louco? - perguntou uma mulher no meio da multidão de pessoas.

Agora o ambiente se enchia de murmúrios feitos pelas pessoas, algumas criticando, outras elogiando. Quem quer que fosse Samui Bururei, deveria estar sorrindo vendo essa cena.

- Samui Bururei, conhecido como o terceiro filho da família mais importante do estilo relâmpago, o clã Bururei. - Disse Aaron que estava ao lado de Kana naquele momento.

- Você conhece ele, Sensei? - perguntou Kana olhando mais uma vez para o rosto de Samui. Os seus olhos azuis eram muito ameaçadores, o seu rosto era frio e atraente. Provavelmente ele conquistava mulheres facilmente. O seu corpo era magro e meio definido, dando a ele um corpo forte. Ele tinha um cabelo curto raspado com um raio no crânio. O cabelo dele era preto com um azul que era diferente de acordo com o ângulo. Ele era alto e parecia ser um pouco frio e calculista.

- Samui Bururei, o terceiro filho da família Bururei, conhecido por ficar em primeiro lugar nos exames escritos e físicos por dez anos seguidos. O prodígio que derrota um guerreiro de rank D facilmente. Mesmo assim, ele é frio e calculista. Tem o hábito de calcular tudo. A sua verdadeira força é sua inteligência absurda. Ele não gosta de conversar ou se divertir. Considera os mais fracos como pedras inúteis. - Aaron parou por um momento. - Pelo que percebi, a sua família quer que ele se torne um guerreiro para servir como publicidade e assim fazer a família Bururei ganhar bastante dinheiro. Ele não parece ter um grande apoio da família. O clã Bururei é muito rígido. Perder uma luta para eles é perder para o mundo inteiro. - Disse Aaron.

- Ele parece ser bem pressionado... ele veio aqui somente para desafiar os que vão se candidatar para Kanji? - Perguntou Kana.

- Diria que sim. Kana, como minha aprendiz, vou te dizer que nos próximos quatorze anos, serás desafiada várias vezes. Estás pronta? - perguntou Aaron olhando para Kana.

- Claro, vou mostrar ao Samui quem é inútil aqui. Ele vai desejar nunca ter sequer aberto a boca.

Agora os olhares de Samui e Kana se encontram entre a multidão, enquanto um mantinha um rosto calmo, o outro sorria de determinação. Para Kana, lutar contra alguém como Samui seria a maneira perfeita de melhorar suas habilidades, o rival perfeito. Para Samui, ela seria apenas mais uma pedra no seu caminho, que poderia despedaçar facilmente. Não era à toa que ele era conhecido por desprezar todos. Para ele, o único que era forte era o seu próprio pai, conhecido por ser rígido. Um lutaria para se auto-melhorar, o outro para continuar subindo até ao topo e se tornar aquilo que deveria se tornar, o melhor.

- Você é apenas uma pedra no caminho, Kana Korosaki. - Disse friamente Samui olhando para Kana. Ele parecia meio irritado agora. Ele sabia quem era Kana Korosaki, já que ela fazia parte também de uma família muito importante. Então, os nobres tinham facilidade em se conhecer uns aos outros. Fosse pessoalmente ou por conversas entre membros dos clãs. Na verdade, existia um baile nobre que acontecia de três em três anos, em que as famílias se uniam para festejarem juntas formalmente.

Kanoe no Densetsu e a lenda da princesa Onde histórias criam vida. Descubra agora