13/03/2000
Narrativa ~
Os raios solares entravam pela janela do quarto iluminando meu rosto e assim sentia o calor aumentar, conseguia ouvir os benti vi cantado e diversos outros passarinhos, me via perdida em meus próprios pensamentos e sonhos até o despertador tocar assim me acordando brutalmente de meus sonhos.. cai da cama e com muita esforço desligo o despertador e assim vejo que.. JÁ ERAM 8:30!!! Meu novo trabalho começava as 7h e já no primeiro dia eu já estava terrivelmente arrasada.. me levantei com rapidez e corri para tomar um rápido banho e colocar uma roupa. Enquanto tentava colocar minha meia calça me via olhando para o relógio que me olhava de volta com desdém enquanto os ponteiros se moviam rapidamente quase dando 9h, me desesperei com medo de não conseguir chegar a tempo e me culpava por ter ido dormir tão tarde noite passada.. sou despertada dos meus pensamentos assim que ouço um som de pano se rasgando e assim que olho para baixo minha saia avia se rasgado na lateral. com raiva prestanejei diversos palavrões enquanto tentava abotoar minha camisa, os botões insistiam em não colaborar e escapar de suas casas a todo momento, corri tentando colocar meus brincos e encaixar meus saltos agulha, Minha mente gritava cmg mesma enquanto xingava tudo em minha volta por nada estando dando certo. Peguei minha bolsa e corri até a porta assim saindo de casa e girando a chave na maçaneta, desci as escadas correndo rapidamente até chegar a rua e ver meu ônibus se aproximando rapidamente, a bolsa batendo em meu braço, eu corria desesperadamente para atravessar a rua e alcançar o ônibus que se aproximava rapidamente. Meus pulmões queimavam, meu coração martelava no peito enquanto meus olhos fixavam-se no veículo que se aproximava. Ignorando o sinal vermelho, dei alguns passos à frente quando de repente, o som estridente dos freios me faz congelar. O mundo ao meu redor desacelerou em câmera lenta enquanto me dei conta do carro que vinha em alta velocidade em minha direção. Não houve tempo para reação. O impacto foi súbito e avassalador, e então tudo ficou escuro e quieto...
Quando finalmente abri os olhos, fui saudada por uma visão completamente surreal. Não estava mais na agitação moderna da rua, mas sim em uma rua de terra achatada, ladeada por casas de adobe, no antigo Egito. As pessoas passavam por mim vestidas com túnicas e carregando mercadorias em cestos de vime, lançando olhares curiosos em minha direção enquanto seguiam seu caminho. Meu corpo latejava de dor, mas a confusão era ainda maior. Como eu, uma pessoa do século XXI, tinha acabado aqui? Enquanto tentava entender o que tinha acontecido, uma mistura de medo e fascinação me envolveu. Estava diante de uma realidade que só conhecia dos livros de história, e agora estava vivendo-a.
Minha mente gritava de tantas perguntas sem respostas, onde eu estava? Oque aconteceu? Como vim parar aqui?
- q-que merda tá acontecendo?.. minha voz ao menos saia sem um leve tremor no finalCom cuidado, levantei-me das ruas poeirentas do antigo Egito, ainda atordoada com a estranheza da situação. Enquanto olhava maravilhada para as construções antigas e as pessoas vestidas com túnicas coloridas e brancas, um som estrondoso ecoou pelas ruas estreitas. Antes que eu pudesse reagir, uma carroça puxada por cavalos veio em minha direção em alta velocidade. O medo me paralisou por um momento, mas era tarde demais para reagir. O impacto foi devastador, e então tudo ficou escuro. O chão áspero do Egito antigo foi minha última visão antes de desmaiar novamente, caindo de cara no chão.
Abri os olhos lentamente, ainda sentindo a dor latejante por todo o corpo. À minha frente, estavam dois homens um jovem e um mais velho e uma mulher, todos aparentamente egípcios, olhando para mim com expressões de preocupação e curiosidade. Estávamos em um quarto simples, com paredes de adobe e uma cama de palha onde eu estava deitada. Os raios de sol entravam pelas frestas da janela, iluminando o ambiente de forma suave. A mulher começou a falar em uma língua que eu não entendia, enquanto os homens me observavam atentamente. Percebi que tinha sido resgatada por eles após o acidente. Enquanto tentava me levantar com dificuldade, agradeci-os com gestos, embora soubesse que minhas palavras não seriam compreendidas.
O homem mais jovem me encarava com curiosidade como se eu fosse um animal nunca visto antes, ele parecia ter minha idade, tinha cabelos e a pele cor de barro e seus olhos eram castanhos claros.. era estranho como ele me analisava e pensava se eu era ou não alguma ameaça.. seus olhos me fitavam como se visse minha alma e a julgasse, talvez estivesse até lendo meus pensamentos e usaria isso como prova contra mim. Mesmo Não tendo feito nada tinha medo de fazer e errar. Estava encurralada em minha própria mente até que fui libertada por um toque em meu ombro esquerdo que me fez acordar de meu transe, o garoto me cutucava com certo receio
??? - ei, qual é seu nome? De o onde veio?
Aquela fala tão diferente mas o mesmo tempo tão igual, seus lábios moviam com intensidade a cada frase que ele proferia a mim. Minha mente agia como um tradutor automático que traduzia cada palavra da boca do jovem a minha frente, não entendia como conseguir entender tudo perfeitamente sendo que alguns minutos atrás ao menos conseguia os decifrar. tudo estava saindo do meu controle mais rápido doque eu conseguia resolver... novamente fui tirada do meu transe pelo jovem a minha frente que agora gritava irritado comigo, talvez pensou que o estivesse ignorando
- n-não precisa gritar! Estou do seu lado! tampei meus ouvidos com medo que ele gritasse novamente. - meu nome é Elowen.. não sei como vim parar aqui.. mas certamente não sou daqui.
??? - Elowen? Esse nome não deve nem ter significado.. eu e minha família pedimos perdão por ter te.. atropelado. Mas agora vá e siga seu rumo, não a lugar para você aqui. Ele falava com tanta confiança que causava medo, ele certamente não parecia agressivo mas aparências as vezes enganam.
??? - não a trate dessa forma, Ammon! Alguém deve a ter maltratado.. cortaram até seus cabelos de forma tão feia, pobre criança.. A mulher mais velha atrás do jovem acariciava meus cabelos e me olhava com pena enquanto procurava por ferimentos que indicassem que tivesse sido maltratada - quantos anos você tem, minha jovem? Certamente já não é mais uma criança, certo?
- não, senhora.. tenho 20, mas não tenho para onde ir. A mulher em minha frente parecia tão bondosa.. talvez se eu fosse convincente ela me daria abrigo, certo? Não poderia ficar na rua em um século que nem mesmo era meu.
Ammon - já tem 20 anos e ainda não tem um marido? Você por acaso é uma hmt? Ele falava com nojo enquanto tentava convencer todos ali que aquele era minha vida
??? - CALA-SE, AMMON! não foi esse tipo de comportamento que lhe foi ensinado! Não fale esse tipo de palavra impura dentro de nossa casa.. perdão, Ptah, perdão. Ela fez um sinal com as mãos e depois me encarou com certa vergonha - me desculpe pela rebeldia de Ammon, jovem.. meu nome é tuya e aquele atrás de mim é meu marido, Sabu. Enquanto falava ela apontava para o homem mais velho atrás dela que não avia falado nada a nem um momento até a aquele momento.
Só conseguia encarar todos ali enquanto absorvia todas as novas informações que recebia sem descanso, tuya era uma mulher muito bela de pele parda com cabelos pretos e cacheados.. ela tinha uma voz meiga porém cansada, suas mãos eram ásperas, talvez consequências de trabalho no campo. Por outro lado sabu, era um homem com uma cara fechada e com muitas rugas, consequências de estresse, sua pele era negra e nela carregava diversas cicatrizes fundas que certamente tinham muitas histórias por trás de cada uma delas.
Sabu - se quiser ficar aqui tera que trabalhar, te daremos abrigo mas como agradecimento tu terá que trabalhar. Vá ajudar tuya na colheita ou até mesmo Ammon no trabalho pesado. Pela primeira vez Sabu avia fala algo, sua voz era rouca e áspera mas ao mesmo tempo muito imponente e sábia. Com certeza ele não permitia ser um corpo morto pra família
- Sim, senhor Sabu! Irei fazer meu melhor com tudo e.. vou certamente os recompensar por tamanha bondade. Minhas palavras eram firmes por fora mas podres por dentro.. tinha medo de fracassar e.. não dar conta.
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de volta ao Passado
ChickLitapós sofrer um acidente de carro, ela se vê de volta a 3300 a.C no antigo Egito onde terá que escolher entre amor e vida antiga.