Todo dia ele faz tudo sempre igual.

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Todo dia ele faz tudo sempre igual.

A manhã de Martin começou cedo, por não ter bebido muito na noite anterior, conseguiu acordar cedo como de costume e fazer sua rotina.

Não era a realmente de costume, afinal estava resolvendo muitas coisas remotamente, ou assuntos pendentes na capital da cidade das luzes, inclusive encontrado um amigo político francês, loiro como si, porém dos cabelos longos, que fez questão de comentar como a bunda do argentino estava maior... Francis nunca muda, enfim o cotidiano. Havia se lembrado do evento que teria mais tarde naquele dia, o evento de moda.

Martin adorava moda, era um apoiador assíduo e não fazia questão de esconder. Gostava de admirar, de acompanhar, de apoiar, e não estava nem aí para o que fossem pensar. Ele nem se importou se o brasileiro iria gostar do evento ou não, na realidade, ele nem se importava tanto com o brasileiro, bem... Não até os últimos dias.

Depois da noite anterior os pensamentos de Martin estavam confusos, o que aquele brasileiro queria consigo? Porquê suas atitudes foram tão imprudentes? Era perguntas até então sem solução. Ele não havia desgostado pelo fato da atitude, mas sim por conta de ter sido feito enquanto o brasileiro estava bêbado. Mas afinal, o que Martin era? Um adolescente que deu um selinho? Foi apenas um chupão, o loiro já havia trocado coisas tão íntimas com outros homens, que parecia besteira. Porém, com o brasileiro foi diferente... O toque havia sido diferente.

E por falar em brasileiro, ele ouvia a batida característica do moreno ecoando pelo quarto de hotel. O argentino abriu a porta e se escorou na moldura de madeira, com uma cara de poucos amigos.

Mas, o que o brasileiro tinha feito antes de chegar ali? Vamos recapitular um pouco.

Quarto do Luciano \ 8:23 AM

O moreno acordou com ligações de Mariana, lembrando-o que hoje era o dia do evento.

Sua cabeça doía, seu corpo pesava e havia uma vontade de vomitar desumana presente, além, claro, de uma dormência e leve incômodo do lado esquerdo do seu rosto, que ele não sabia de onde havia vindo. Havia bebido tanto quando os tios do bar em um sábado, estava podre de ressaca, como diria "só a capa do batman".

Não se lembrava de muito até então, porém, como uma bigorna cai em cima de um cartoon qualquer, as memórias caíram sobre si.

Bom, não memorias, estão mais para flashes. O pescoço alvo do loiro sendo marcado, alguns suspiros, poder ver o rosto do argentino de pertinho, pressionado contra a porta, a sensação de apertar sua farta bunda. Todos os flashes caíram sobre si, e o brasileiro preferiu sinceramente acreditar que aquilo havia sido apenas outro sonho com o loiro.

Se levantou preguiçoso, esticando o próprio corpo e bocejando pesadamente. Se arrastou até o chuveiro, antes de tomar um banho fez suas necessidades, agarrou sua toalha e se despiu, se direcionando para o banheiro.

Levou um leve susto ao perceber a ereção que carregava, mas que porra?! Não era mais um adolescente, porque estava tendo tais reações matinais?

Ah claro, o sonho com o maldito loiro.

Luciano se recusava a admitir que estava duro por conta do loiro, preferiu creer que era algo normal da manhã, já que não se relacionava com ninguém a um tempo... Mudou a temperatura da água para gelada automaticamente, nunca, nunca mesmo iria bater uma pensando no loiro, era muito humilhante. O argentino era insuportável e...

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