Aos 15 meses o pequeno Harry descobriu sua nova família.
Ele não sabia onde estavam Mama, Dada, Pa'foo ou Moonmy. Mas agora ele tinha Tia Petunia, Tio Valter e primo Dudley. Tia Petunia era Alta, magra e Loira, já tio Valter era gordo, atarracado e usava bigodes, primo dudley era pequeno como ele, mas era gordo como tio Valter e loiro como Tia Petunia. Uma coisa que todos tinham em comum era que nenhum parecia gostar dele de forma alguma.
(Em uma reflexão tardia, foi a mesma época em que Harry descobriu a dor através dos beliscões de seu primo, da maneira rude com que sua tia cravava as unhas nele quando ia troca-lo ou dar-lhe banho, e em como seu tio as vezes ou chutava quando passava por ele e dava tapas em sua mão. Anos mais tarde a pequena criança não realmente se lembraria de como conheceu a dor, apenas imaginaria que sempre esteve lá.)
Aos dois anos o pequeno Harry descobriu a fome.
"armário já! Aberração, e sem jantar!" Bradou tio Valter. Harry chorou em silêncio dentro de seu armário abraçando o estômago vazio com as mãos ensanguentadas, Harry realmente não queria quebrar aquela xícara, ele jura! Dudley realmente o empurrou fazendo harry cair batendo as mãos na xícara, mas tio Valter não quis ouvir, apenas o empurrou para o armário chamando-o de mentiroso enquanto Duda ria.
Acontece que o pequeno Harry também não tinha almoçado e a pequena fatia de torrada seca que lhe foi dada no café da manhã não faria muito por ele. Ele chorou até dormir, na esperança de que o sono carregasse junto da Inconsciência a forte dor causada pela fome.
Não foi a última vez que a privação de comida lhe foi dada como punição, assim como não foi a primeira e nem a última vez que ele foi culpado pelas traquinagens de seu primo. A partir daí apenas ficou mais frequente, da mesma maneira que as sobras dos Dursleys passaram a ser as únicas refeições que o pequeno conseguiria, as vezes eles tinham o prazer de fazer Harry assisti-los comer até a última migalha, apenas pra que soubesse que não comeria aquele dia.
Nada foia mais que a fome, nem o vazio no peito, nem o descaso e nem o abandono que sentia. Mas chegava muito perto.
Aos Três o pequeno Harry descobriu sua primeira coisa boa. As flores.
Com apenas três anos Tia Petunia achou que Harry já tinha tamanho suficiente para que ao menos pudesse realizar pequenas tarefas de jardinagem como arrancar ervas daninhas e regar as flores. Ele as adorou. As flores conversavam e cantavam pra ele, as notas suaves e vozes doces que apenas ele parecia escutar, em troca Harry atendeu suas necessidades e elas sempre pareciam mais bonitas e vistosas quando tocadas por ele. As flores eram gentis.
Gentileza. Outra descoberta boa que Harry fez aos três, e vinda de flores nada menos. Elas diziam, que de todas as flores do mundo, Harry era a mais bonita. Diziam-lhe por favor e obrigado, e o ensinaram a fazer o mesmo e ensinaram também sobre como ele era importante e que não devia acreditar no que seus parentes diziam. (Harry ficou horrorizado sob a hipótese de que pessoas perfeitamente normais e respeitáveis como seus tios mentiriam, afinal, se eles dissessem que ele havia feito algo ou que era imprestável, Harry deveria acreditar. Quem era ele uma Aberração para contradizer-lhes? As flores foram rápidas em suprimir essa noção.) As rosas afastavam seus espinhos da pele do garoto, as frésias guardavam o mais puro orvalho em suas pétalas e derramava sobre as feridas do garoto enquanto cantavam que, se ele fosse um flor, com certeza seria uma delas, enquanto isso às lavandas soltavam o mais agradável dos aromas para acalmar seu coração.
Por um tempo as flores realmente conseguiram fazer Harry acreditar que ele era bonito como elas e valia alguma coisa. Essa alegria lhe foi retirada pelos insultos de seus parentes e o constante bullying que começou a sofrer quando foi enviado para a pré escola.
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Descobertas do pequeno Harry
FanfictionDescobertas que o pequeno Harry fez ao longo de sua vida