Pequeno sentimento - Imagine Simon Riley (Ghost)

Capítulo 01

O barulho dos militares era ensurdecedor na base militar em Manchester, na Inglaterra, despertou o Tenente Simon Riley de seus pensamentos ansiosos e pessimistas, quando sentiu um tapinha nas suas costas, olhou para um dos soldados que o cumprimentou, quando ele pegava suas coisas no armário, quando na sua bolsa. Para o militar era estranho voltar para sua casa depois de meses em missões exaustivas, problemáticas e suicidas com malditos terroristas querendo a todo custo começar uma terceira guerra mundial. Sua mente estava estranha, gritando copiosamente enquanto ele parava no meio da base militar, puxando do seu bolso a foto do seu casamento que ocorreu há cincos anos, seus olhos corriam para a sua esposa a bela S/n, com um sorriso brilhante e animado, como se fosse a noiva mais linda do mundo — e ela era, não tinha dúvidas. — A lua de mel foi adiada em meses, porque depois daquela foto, ele viajou para uma missão dois dias depois.

Guardou a foto já amassada e gasta novamente no seu bolso, ajeitando o boné na sua cabeça, pegando sua bolsa militar caminhando na direção do estacionamento, onde os veículos dos militares ficavam guardados com tinham que passar meses fora. Levou suas mãos para sua chave com o alarme da caminhonete, apertou vendo os faraós piscarem caminhando em direção ao veículo suspirando ao ver sua lataria coberta de poeira. Abriu a porta e espirrou com a nuvem de sujeito que voou em direção ao seu rosto, entrou do interior da caminhonete, jogando sua bolsa no banco do carona, sentou-se e girou a chave, dando ignição e para a sua alegria pegou na primeira, não lembrava se tinha colocado gasolina suficiente no veículo antes de partir para sua missão secreta. Manobrou o carro saindo da base militar inglesa para a sua casa.

Sentia um medo amargo, criar um bolor na sua garganta. Medo de não encontrar sua mulher em casa, essa última missão durou mais tempo do que as outras anteriores. Quando conseguia encontrar um sinal para conversar minimamente com sua esposa, ela sempre estava ocupada com seu trabalho como professora em uma creche local. Ele se sentia um péssimo marido, um terrível companheiro quando teve que ir às pressas para a base militar, deixando S/n passando mal do estômago nos últimos dias. Simon quase desistiu da sua missão, mas, ela o impediu de fazer isso sabendo que ele ficaria frustrado mais tarde.

S/n sempre falou para ele, que entendia perfeitamente sua vida militar. Ambos se conheceram quando ele ainda era o segundo tenente, Simon gostou dela à primeira vista, bela e inteligente a convidou para sair, logo os seus encontros casuais ficaram mais comuns até ele finalmente a pedir em namoro e depois em casamento. Bateu seus dedos no volante olhando para a rua movimentada a sua frente, ligou seu rádio em uma frequência qualquer ouvindo uma música para acalmar seu nervosismo. Parou em um sinal vermelho, virou para o lado da sua janela e observou com um sorriso amistoso o pub que encontrou sua esposa pela primeira vez e também o lugar que pediu em casamento. "Talvez fosse interessante trazer ela mais uma vez nesse lugar." — Pensou, sentindo seu coração palpitar novamente.

O sinal abriu, ele fez uma curva na rua onde morava. Vendo de longe a casa que comprou para começar uma vida com sua esposa. Dirigiu até a frente do imóvel, o militar sabia que estavam dessincronizados e distantes e isso não era culpa de mais ninguém, a não ser dele. Seu trabalho sempre esteve em primeiro lugar na sua vida, o que fez com que suas missões secretas lhe rendessem um bom dinheiro que ele apenas deixou amontoar em sua conta corrente — Não esperava que um dia iria casar-se com a mulher da sua vida —

Parou na frente da casa e abriu a porta desligando a caminhonete puxando consigo sua bolsa militar, respirou fundo, atravessando o gramado bem cortado, subindo os dois degraus da entrada. Colocou a chave e girou, abrindo a porta soltando os ares de seus pulmões olhando para o longo corredor que o levava para o interior. O local estava aquecido com cheiro de biscoitos no ar. Deixou sua mochila na entrada, andando apressado pela casa para encontrar sua mulher. Quando chegou na sala e seus olhos caíram para S/n desmaiada no chão, correu até ela sem pensar a pegando em seus braços checando se estava ferida. Ela segurava papéis em suas mãos, e quando ele puxou ficou pasmo com seus olhos arregalados para o ultrassom em suas mãos.