Chocolate com Pimenta

Frio e Calor

Hellou pessoinhas!

Então, essa fic será uma coletânea de ones bem curtinhas e fofinhas para aquecer o coração, nada muito complexo ou profundo. Algumas serão maiores que outras, espero que gostem e se divirtam!

P.S - aqui o SP e RJ já namoram. 

♥♥♥

E pelo segundo ou terceiro fim de semana consecutivo, lá estava São Paulo, em seu apartamento, mais precisamente no quarto que transformou em escritório, trabalhando em projetos que não conseguiu terminar durante a semana.

Por estar tão concentrado na tela do notebook à sua frente, não notou a porta do ap abrir ou até mesmo um certo alguém parar na porta do cômodo onde estava e o observar por alguns segundos.

— Toc-toc – a voz do carioca chegou aos ouvidos do rapaz, que somente subiu o olhar.

Com um longo e cansado suspiro, o paulista largou as costas no encosto da cadeira e o encarou, nada contente.

— Cara, como eu odeio o fato de você ter uma cópia da chave do meu ap – reclamou, o que arrancou um sorriso de canto faceiro do maior.

— Se quiser reclamar com alguém, reclame com você mesmo – RJ se escorou lateralmente na batente de madeira e cruzou os braços, – afinal de contas, só tenho ela por ordens do Brasil já que alguém desmaiou sozinho em casa de tanto trabalhar, quase matando todo mundo de susto.

São Paulo resmungou baixo, fazendo careta. Infelizmente não tinha como refutar isso.

— Mas não é só porque você tem a chave que precisa vir aqui me encher o saco – ele voltou o olhar para a tela, começando a ignorar a existência do outro na sala.

— Eu não precisaria se não fosse o quarto final de semana seguido que você traz trabalho pra casa – o carioca desdenhou e se aproximou da mesa.

O menor estreitou os olhos, fazendo as contas mentalmente. Tinham sido tantos assim?

— Sério mano, mais um e você bate o recorde de maníaco do trabalho – SP revirou os olhos com o exagero do comentário – por isso, bora viver um pouco – o outro empurrou a tela do notebook, o fechando.

— Ei! – o paulista protestou. – Se na primeira oportunidade que tem você vai pra praia ficar fazendo porra nenhuma, o problema é seu. Não se meta no meu trabalho!

RJ arqueou uma sobrancelha.

— Era pra ser uma ofensa? – riu incrédulo. – Porque não pareceu, já que é o que as pessoas NORMAIS fazem nos momentos de descanso.

São Paulo fechou a cara ainda mais.

— Sabe Sampa, ninguém vai morrer se você viver um pouco depois das seis da tarde.

— Não tô a fim – ele retrucou entredentes.

— É sério mano – o carioca se aproximou mais ainda e pegou o braço do menor, o levantando e fazendo a manga do moletom descer um pouco e revelar o pulso e parte do antebraço. – Olha isso!

Ele só recebeu um franzir de testa como resposta.

— Cara, até a farinha é menos branca que você! Daqui a pouco vão achar que a Samara veio tirar férias no Brasil.

O paulista bufou e puxou o braço com força.

— Grande merda!

— E outra coisa – Rio elevou o olhar para o ar condicionado na parede acima da cabeça do menor. – Por que raios você tem que viver com essa desgraça nos 17 graus mano?!