Reaction 2 - Maknae Line

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Tema: "Quando ele percebe que está apaixonado"

Jeon Jungkook

— Vem, vamos ali. — JK falou apontando para a roda gigante. S/N arregalou os olhos e engoliu em seco. Ela odiava altura. Mas o coreano estava tão animado que simplesmente não conseguiu dizer que não.
Os dois entraram no brinquedo, e quando começou a subir, a garota fechou os olhos com força, apertando o banco com as mãos até que os nós de seus dedos ficassem brancos.
Jeon estava tão absorto observando a paisagem de Seul que sequer notou o medo na garota. Até que a roda parou com eles lá em cima, e ela abriu os olhos, achando que a viagem havia acabado.
— Ai meu deus. — Sussurrou apavorada, finalmente chamando a atenção do moreno.
— Ei, está tudo bem? — Perguntou baixinho, ao ver o quão pálida ela estava. — Você tem medo de altura? — Com um manear de cabeça, ela confirmou. — Por que não me disse?
— Você... você queria vir. — Murmurou. — Por que paramos? Será que deu algum problema? — Milhões de paranoias se instauraram em sua cabeça, a deixando ainda mais desesperada.
Jungkook curvou o corpo de leve, para olhar para baixo. Mas foi puxado com força.
— Não faz isso! — Ela quase gritou e ele sorriu.
— Está tudo bem, eles pararam para entrar mais gente. — As mãos pequenas e trêmulas ainda seguravam o tecido da jaqueta dele. — Quer segurar minha mão? Não vou deixar nada acontecer com você.
S/N desceu o toque pela roupa, até chegar na mão fria dele. Jeon entrelaçou seus dedos entre os dela, e usou a outra mão para afastar uma mecha de cabelo que havia caído sobre seu rosto. A garota respirava com certa dificuldade.
— Olha pra mim. Não precisa ficar com medo.
— Desculpa. — Disse envergonhada.
— Você não precisa se desculpar por ter medo. — Falou, compreensivo. — Poderíamos ter ido em qualquer outro brinquedo. Não precisava ter feito isso por mim. — Sorriu.
O brinquedo voltou a se mover, fazendo o carrinho sofrer um solavanco e a garota dar um pulinho, chegando mais perto do maior. Jungkook soltou uma risada baixinha e deixou um carinho com os dedos na bochecha fria.
Ele achava bonitinha a forma como ela até mesmo ignorava seus medos para agradá-lo. Por mais que não fosse o que ele queria.
Era o terceiro "encontro" dos dois. Todas as vezes o coreano tentava se convencer de que eram apenas amigos saindo para se divertir, mesmo que ele voltasse com sorrisos bobos e o coração quentinho para casa.
— Vem cá. — Sussurrou, puxando-a para perto.
Jeon a abraçou de lado, tocando com o nariz em seu cabelo e deixando um beijinho em sua têmpora. S/N se sentia segura em seus braços e quase conseguia esquecer de onde estava. Ela ergueu o rosto, olhando diretamente para os olhos de jabuticaba que preenchiam seus pensamentos todos os dias. Como se tivessem um ímã, eles se aproximavam mais e mais. As respirações se misturavam e quando estavam prestes a tocar os lábios um do outro, o brinquedo parou novamente.
Era hora de descer.
Com os rostos em brasa, eles saíram do brinquedo. Gaguejando algumas coisas sem sentido para escolher o próximo destino.

Kim Taehyung

"Pare de pensar nela" era o que Taehyung ficava repetindo em pensamento. Ele não aguentava mais fechar os olhos e ver o sorriso da estrangeira que havia se tornado sua professora de inglês há quase dois meses.
Mas era impossível. Não apenas o sorriso era bonito como todo o resto. E ela também era engraçada, compreensiva, cheirosa e...
— Pare de pensar nela! — Resmungou.
Faziam quinze minutos que ele estava parado em frente ao lar de idosos onde frequentemente fazia doações. Desde a perda de sua avó, Taehyung sentia falta de ter contato com pessoas mais velhas, alguém que lhe desse concelhos e ouvisse os seus pensamentos sem julga-lo.
Ele desceu do carro, vestindo a máscara em seu rosto e entrando no local.
Muitos daqueles idosos não viam seus parentes há muito tempo, estavam esquecidos. Kim cumprimentou Doris, a recepcionista, e seguiu para o salão, onde geralmente eram as visitas coletivas.
O corpo inteiro congelou ao ver ali, sentada no chão, jogando cartas àquela que povoava os seus pensamentos.
S/N sorria para um senhor de quase oitenta anos que lhe chamava de "brotinho".
— Tae! — Lee-kyun, uma das senhoras chamou, assim que viu o homem alto parado na porta. S/N ergueu os olhos do jogo, se surpreendendo ao vê-lo ali. — Venha, venha. — Chamou para que se juntasse. — Está é a garota que eu queria te apresentar. — Cochichou.
— Na verdade, nos conhecemos. — Ele sussurrou de volta. — Ela é minha professora de inglês.
— Tae, olá. — S/N disse quando ele sentou no sofá, ao lado da velha senhora.
— Olá, S/N.
Ele tentou ignorar os batimentos acelerados e as malditas borboletas que insistiam em fazer festa no seu estômago. Mas era tão difícil.
Quando chegou a hora de jantar dos velhinhos, os dois se despediram.
— Quer uma carona? — Perguntou ao chegarem do lado de fora. Já estava escuro.
— Não precisa. — Respondeu com um sorriso. — Moro aqui perto.
— Você vem sempre aqui?
— Toda semana, desde que me mudei para a Coreia. E você?
— Sempre que posso. — Sorriu. — Tem certeza sobre a carona? Está tarde. — S/N ponderou por alguns segundos e acabou aceitando.
Não demorou mais do cinco minutos para estarem em frente a casa pequena. Taehyung se sentiu chateado, gostaria que o passeio demorasse um pouco mais.
— Quer entrar? Eu vou fazer o jantar, você poderia comer comigo. — Parecendo mais animado do que deveria, ele aceitou.
A casa de S/N era simples. Não havia muita mobília, mas era aconchegante. Ela foi direto para a cozinha, dizendo que ele poderia ficar à vontade.
Kim encarou alguns porta-retratos que estavam expostos. Fotos de família, S/N quando criança, um casal se casando.
— Esses são os meus pais. — Ela disse parando ao lado dele.
— Você se parece muito com a sua mãe.
— Obrigado. — Sorriu em resposta. — O jantar está pronto.
Em silêncio os sentaram na mesa. Taehyung gostava muito de provar coisas diferentes e encarava a comida com certa animação.
— Eu não sei se você gosta de comida brasileira. — A garota murmurou. — Mas eu ainda não aprendi nenhum receita coreana.
— Eu posso te ensinar. — Ele ofereceu, mesmo que fosse um péssimo cozinheiro. Evitando de olhar para o sorriso bonito, o coreano levou uma garfada grande do feijão preto que estava em seu prato, arregalando os olhos com a explosão de sabores que atingiram seu paladar. — Isso é uma delícia. — Elogiou antes de encher a boca. — Você cozinha sempre?
— Eu gosto de cozinhar. — Ela disse tomando um gole de seu suco. — Me faz lembrar de casa.
— Sente muito a falta do seu país?
— Um pouco. — Ela deu de ombros. — Sinto falta da minha família. Mas a Coreia também me faz feliz.
Taehyung encarou o rosto bonito da professora, sentindo o coração bater forte demais. No fundo, ele sabia que um dos motivos da felicidade da garota era ele. E isso o fazia bem, porque ela também era um dos motivos da sua felicidade.

Park Jimin

Jimin respirou fundo e esfregou a palma das mãos na calça, tentando secar o suor que se formava ali. Nem quando estava no palco em frente a milhões de pessoas se sentia tão nervoso quanto estava agora.
O sol do final da tarde iluminava ainda mais o rosto da garota ao seu lado.
Desde o primeiro encontro dos dois, onde se sentaram casualmente lado a lado em uma sala de cinema, Jimin ficou completamente encantado pela garota.
Por mais que tivesse reconhecido o cantor mundialmente famoso, a garota o tratou como qualquer outra pessoa.
Mesmo sem saber nada um sobre o outro, os dois saíram para jantar naquela noite.
E para beber na semana seguinte.
Jimin se viu completamente rendido pela garota estrangeira. Escravo dos próprios pensamentos, que não lhe deixavam em paz. Deixando-o com o coração na boca cada vez que lembrava do seu sorriso ou a forma como ela dizia o seu nome com o sotaque carregado e adorável.
A ideia de ir para a ilha Jeju foi dele, depois de saber que ela ainda não havia conhecido o lugar.
Jimin não fazia ideia de como funcionavam os relacionamentos fora da Coreia ou se a garota se sentia tão nervosa quanto ele.
— Aqui é tão lindo. — Ela murmurou radiante, encostando a cabeça no ombro dele.
Os dois observavam a água que caía da cachoeira, o som relaxante preenchendo todo o lugar.
Mas Jimin não estava nada relaxado. Seu coração batia com tanta força que ele ouvia bater contra a caixa torácica.
Virando um pouquinho o rosto, ainda apoiada em seu ombro, S\N sorriu. Park não conseguiu mais segurar e curvou o pescoço, tocando os lábios contra os dela.
Foi como se um raio atingisse o seu corpo, deixando-o inteiramente arrepiado. Ele segurou a bochecha pequena, acariciando-a com o polegar antes de pedir passagem com a ponta da língua.
S\N correspondia perfeitamente, como se ambos fossem feitos para aquilo. O encaixe perfeito.
Ainda com os olhos fechados, Jimin encostou sua testa na da garota, tentando se recuperar do efeito que o beijo aterrador havia deixado.
— Eu gosto de você. — Sussurrou, quase sem coragem de abrir os olhos. Mas grato ao fazê-lo e ver o sorriso perfeito que o esperava.
— Também gosto de você, Ji. Muito mesmo. 

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