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𝐃𝐀𝐘𝐀 𝐋𝐀𝐁𝐎𝐍𝐀𝐈𝐑
Meus pais morreram em um acidente de avião quando eu era criança, e um homem chamado Oliver me criou até os dezoito anos, quando completei essa idade, ele me deixou sozinha em uma estação de trem e me obrigou a ter minha independência de qualquer maneira.
Nunca mais o vi, nem tive notícias dele, fiz o que pude para sobreviver e alcancei resultados surpreendentes quando entendi a minha real natureza; eu sou um monstro. O amor da minha vida se tornou um karma em meu cotidiano, vi Gordon se tornar uma pessoa irreconhecível em questão de segundos, suas provocações quando descobriu meu lado animal ficaram cada vez mais frequentes, e isso resultou na morte de sua irmã.
Foi assim que ativei minha maldição, e viro loba com pouca frequência porque com a ajuda de Bobby Singer, consegui ser a primeira na minha espécie a controlar minhas transformações. Até a noite anterior, quando Gordon realizou um feitiço e meus ossos se quebraram e a minha verdadeira face retomou a realidade.
Estava devidamente vestida, usava um short de pano preto, e uma regata branca, meus pés se encontravam expostos e arrepios tomavam conta de meu corpo por conta do solo que entrava em contato com a minha pele e não me lembro do momento em que me vesti ou quem me vestiu.
Para falar a verdade, depois que tive em mim a minha forma animal, não lembro de mais nada.
Minhas mãos estavam amarradas, e eu me encontrava em um quarto vazio preenchido apenas pela cadeira que me acomodava e uma lareira acessa, e na parede direita havia uma porta de madeira, e era por lá que eu iria fugir assim que conseguisse recuperar as minhas forças.
— Acho melhor o Sam ir. — escuto uma voz feminina dizer. — Ele que conseguiu trazer ela a sua versão humana.
— Não sei não, Ellen. — um homem contestou. — Ela nem deve se lembrar da noite passada.
— Lobisomens com certeza não se lembram do que fizeram quando se transformam. — quem aparentava ser uma garota, respondeu. — Mas ela é diferente, quando um caçador seria capaz de trazer uma loba a forma humana?
— Deve ser conexão, ela pode ter algo parecido comigo, ainda não sabemos, mas acho que sei o que é. — um rapaz ponderou. — Vou falar com ela.
Quando menos esperei, a porta se abriu. Meu coração acelerou rapidamente e eu tive de controlar a minha vontade de rasgar a garganta do homem que entrou na sala em que eu estava.
Ele era alto, seu cabelo era levemente longo e seus olhos obtinham um grau de claridade que ajudava a compor sua beleza. Não sabia ao certo quem ele era, mas o medo dentro de mim crescia acompanhando a vontade de matá-lo.
Ele se aproximou cautelosamente e ergueu suas mãos com cautela enquanto parava em um local que era afastado de mim. Suspirei fundo e desviei o olhar procurando qualquer espaço que pudesse me ajudar na fuga, um ponto cego qualquer que seja.
— Meu nome é Sam. O seu é Daya, acertei?
Não o respondi.
— Meu irmão e eu te encontramos floresta adentro, você estava na sua forma de loba. — continuou. — Provavelmente não se lembra, mas ajudamos você. Eu falei com você sobre o Bobby, e aos poucos pude perceber quem você é. Você não é um monstro.
As palavras de Sam atingem meu peito com voracidade, as lágrimas invadiram meus glóbulos no mesmo instante, e minhas mãos se movimentaram ainda presas nas cordas. Ele parecia me entender, queria de alguma maneira cuidar de mim, e tudo que eu mais precisava depois de anos lutando para me proteger é ser cuidada por alguém.
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AMALDIÇOADOS; sam winchester
WerewolfAMALDIÇOADOS; Tudo parece desabar quando percebemos quem realmente somos, seres considerados bestas perante a sociedade, aqueles que carregam uma maldição dentro de seu organismo desde que saíram do ventre de sua mãe. Em questão de segundos, a aberr...