43- Decolando

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S/n: - Tem certeza que não quer ir com a gente? - Pergunto ao Yuki. Nós estávamos em uma loja do centro comprando roupas.

Yuki: - Sim. Você sabe que estou organizando algumas coisas antes de ir embora. E também quero aproveitar esses últimos dias com meus pais.

S/n: - Entendo...

Yuki: - Você não está triste porque não vou com vocês, né?

S/n: - Não... Eu só estou preocupada.. Sabe... A viagem...

Yuki: - Vai dar tudo certo, Vampirinha! - Ele dar um beijo na minha testa. - Agora vamos experimentar essas roupas.

Eu estava com medo da viagem do Yuki, eu sabia que quando eu chegasse do Brasil ele já teria ido. A minha mãe resolveu prolongar a viagem até o carnaval, ela queria apresentar esse eventual para a Hin que gostava muito de festas. Eu acreditava que tudo ia dar certo com o Lee e o Yuki, porém, o medo ainda percorria meu corpo, eu não queria passar por toda aquela sensação de luto e desespero de novo. Ele e minha família tentavam me distrair com os planos para a viagem, e de vez em quando isso dava certo.

Entro na cabine para experimentar as roupas que o meu amigo segurava. E, sem dúvidas, todas eram perfeitas. A moda oriental para o verão é muito fofa, e as roupas estavam baratas e tinha mais opções, já que no Japão era inverno e muitos não procuravam aquele tipo de roupa.

Yuki: - Você lembra como fala português ainda, né? – Ele brinca comigo.

S/n: - Claro. – Falo em português.

Yuki: - Espera, o Sero fala português?

S/n: - Sim, ele tem um pouco do sotaque hispano ao invés do japonês, acho fofo. – Coro.

Yuki: - Quem diria, né?

S/n: - O quê? – Saio da cabine com as roupas escolhidas dobradas.

Yuki: - Antes você nem queria saber de namoro, tinha uma queda pelo Hanta e morria de vergonha em dizer para mim. E hoje, bom, está toda apaixonada pelo latino. – Ele rir.

S/n: - Isso é passado, Yuki.

Yuki: - Tá pagando com a língua, Vampirinha.

S/n: Vou te hipnotizar e te fazer imitar uma galinha aqui no shopping.

Yuki: - Tá bom, esquece. – Ele me ajuda com as roupas. – Vão ser essas mesmo? – Balanço a cabeça afirmando.

S/n: - Vamos pagar. – Tiro o cartão da minha bolsa.

Ao sairmos da loja, fomos comer algo na praça de alimentação e depois comprar umas camisas para o Yuki.

(Quarta-feira, 7hrs da manhã)

Sero: - Isso tudo, meu amor?! - Ele arregala os olhos ao ver a quantidade de roupas que eu estava colocando na mala.

S/n: - Que óculos é esse, Sero? - Rio ao olhá-lo.

Sero: - Brasil, Morceguinha, Brasil.

S/n: - Não sei onde você achou essa juliete, mas a gente só chega no Brasil amanhã de manhã.

Sero: - Foi o Kai que me deu, é estilo. - Ele rir. - Quer ajuda? - Ele aponta para a mala.

S/n: - Não, não precisa. - Uso minha super força e fecho a mala.

    Escuto uma música altíssima. O Kai aparece com uma JBL pendurada em seu ombro, enquanto dançava pagode.

Kai: - Só vai ser praia, churrasco e turma do pagode.  - Ele me pega pela mão e começa a dançar.

Hin: - Pessoal, a mãe de vocês quer saber se já terminaram de arrumar as coisas... - Ela se depara com nós três dançando. - Isso é um sim. - Ela rir.

Kai: - Vem, Hin! - Ele a puxa para a dança.

Hin: - Vocês sabem que não entendo uma palavra dessa música, né? - Ele rir.

Sero: - É pagode, tia. Só sente a vibe e dança.

S/m: - O que é isso? - Minha mãe chega no quarto e se depara com a barulheira. - Então esse som é aqui! Se os vizinhos reclamarem do som alto, não quero ver o síndico batendo na nossa porta.

Kai: - Relaxa, mãe, eu chamo ele pra dançar com a gente também.

S/m: - Já arrumaram suas coisas? - Ela olha ao redor. - Vamos sair 11hrs. Rápido!

   Paramos de dançar e o volume da música foi diminuído. Cada um foi terminar de organizar suas malas.

Sero: - Já trouxe tudo, vou levar o carro do meu pai e me arrumar, daqui a pouco eu volto. - Ele beija minha testa.

   Termino de guardar minhas coisas e vou tomar banho, costumo demorar muito para me arrumar antes de uma viagem importante. Eu estava voltando para o Brasil, e minha amiga Anne não sabia disso, queria fazer uma surpresa quando fosse para a cidade dela.

   10hrs eu já estava pronta, meus sogros, o Yuki, Lee e Lua estavam na recepção do prédio para se despedir de nós. Meu coração doeu quando eu abracei o Yuki e o Lee, torcia muito para que essa viagem desse certo.

S/n: - Quero reencontrá-los em breve, meninos. - Dou um beijo na cabeça dos dois. - Se cuidem, amo vocês. - Sinto duas lágrimas escorrerem em meu rosto.

Yuki e Lee: - Boa viagem, Vampirinha. - Eles sorriem.

Sogra: - Cuida do Hanta, querida! - Ela sorri e me dar um abraço apertado.

Sogro: - Avisem quando chegar no Brasil e se divirtam. - Ele dá um beijo no topo da minha cabeça.

S/n: - Queria que você fosse conosco... - Abraço a Lua.

Lua: - Tudo bem, da próxima eu irei. - Ela encosta a cabeça no meu peito e eu acaricio seus cabelos.

     Depois que todos se despediram um dos outros, entramos no carro e fomos para o aeroporto. Depois de alguns minutos esperando, embarcamos.

Kai: - Próxima parada, Brasil! - Ele tira foto da janela do avião.

S/m: - Vamos sair agora, desliga o celular. - Belisca meu irmão.

*Continua*


ENTRELAÇADOS| ReaderxSeroHantaOnde histórias criam vida. Descubra agora