EM BREVE (DARK ROMANCE)
A teoria do caos sugere que pequenas variações no início de um evento podem causar grandes mudanças no futuro, tornando o imprevisível. Nessa teoria também diz que: O bater de asas de uma simples borboleta poderia influenciar...
Como disse Shakespeare, "O inferno está vazio e todos os demônios estão aqui". E entre esses demônios, ele se destaca, talvez até como pior de todos.
Com um charme único e uma personalidade distorcida, ele foi e é capaz de levar inúmeras garotas à sua cama.
Ele é como o próprio pecado personificado, uma tentação irresistível que mesmo sabendo ser errada, muitas se arriscariam a pecar ao seu lado, sem medo de arrependimentos. Mas eu, eu seria aquela que jogaria água benta para expulsar o mal que há nele.
Conheço Izek Faulkner desde de sempre, uma presença constante em minha vida devido à amizade de nossos pais. Antes trocávamos palavras de respeito e comprimentos, até brincávamos juntos, porém algo mudou radicalmente. Ele passou a me maltratar e humilhar, machucando não só meu corpo, mas também minha alma. O incidente no balanço que resultou na perda de um dos meus dentes da frente, o empurrão para dentro de uma poça de lama, o corte cruel em minhas tranças, que me fez usar o corte idêntico a que Willy Wonka, a vez em que ele embrulhou de presente um coelho morto, ou como ele achou um jeito de me prender dentro do armário da escola... todas essas marcas de seu sadismo me afastaram dele, tornando-me uma fugitiva de sua presença ou sombra.
Cheguei ao ponto de evitar sua casa a todo custo, esquivando-me de seus olhares e de sua crueldade. Meu pai insistia para que nos tornássemos amigos, mas a mera ideia me causava calafrios. Eu ameacei chamar a polícia se ele me levasse de encontro com aquele psicopata novamente, meu pai disse que ele agia assim por que éramos crianças.
Porra nenhuma, ele era um maníaco sádico que adorava me ver chorar.
Desde de que ele voltou da Itália, retornou ainda mais pior. E eu nem sequer sabia que era possível.
Sua atenção em mim se intensificou. Seus olhos me seguem incessantemente, seu olhar penetrante como uma lâmina afiada cortando minha alma a cada olhar em minha direção, me faz esquecer como respirar.
Eu o odeio, mas algo em seu olhar sugere que há uma obscuridade ainda maior, um mistério que me atrai de forma perigosa. E assim, que muitas vezes já me peguei perdida em seus olhos, sem saber se resistirei à sua influência diabólica ou se serei arrastada para a sua órbitas de trevas.
É como se eu estivesse dançando à beira de um abismo, ciente de que a queda pode ser tanto a redenção quanto a minha perdição total.
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