cap 13: aliados

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Depois de ficarmos conversando por mais de uma hora na porta de casa, Katy se levantou pronta para ir embora.
A segurei pela mão e pensei com calma no que iria pedir, me levantei olhando para ela também e falei de uma vez.

— não vai. Fica aqui hoje.. por favor.

Ela sorriu pra mim e respondeu.

— eu não posso, se meu pai acordar no meio da noite e eu não estiver em casa, ele me mata.. ou vem aqui e mata você.- ela brinca.

— então me deixa te levar embora. Posso te dar uma carona agora, não vai mais ter que andar a pé.

Katy olha para o vista cruiser e comenta.

— não colocou mesmo meu nome nessa banheira né?

— ei, cuidado.. banheira não! A Angel tem sentimentos.

— Angel?- ela me encara com uma sobrancelha erguida.

— sim, diminutivo de Angeline.-revelei.

Ela cerrou os olhos olhando pra mim e balançou a cabeça rindo.
Busquei as chaves no fundo dos bolsos e a chamei para o carro, Katy entrou e sentou no banco da frente comigo e ao vê-la colocar o cinto, senti uma alegria que não consegui nem descrever.
Era como se finalmente as coisas fossem voltar a se encaixar novamente, olhei para ela sorrindo e dei partida nos tirando dali finalmente.

— tem certeza que não quer entrar?- ela fala antes de descer do carro.

— acho melhor não. Além do mais nós não saberíamos esconder essa banheira enorme na entrada da frente né..

— tudo bem, obrigada pela carona.- Katy se debruça e me dá um beijo no rosto.

Senti meu corpo inteiro formigar nesse momento, e me virei para ela a tempo de vê-la descer do carro após se despedir.
Pensei em descer também e ir atrás dela pedir um beijo, ou até mesmo roubá-lo como estava com vontade de fazer, mas me mantive no mesmo lugar ao volante e acenei para ela dando tchau quando ela entrou finalmente.

Voltei para casa pensativo e completamente perturbado com a história toda do namoro relâmpago que resultou numa gravidez indesejada do cara mais repugnante do colégio.
Ian era um cara tão babaca, que perto dele, fazia o Taylor parecer até um príncipe encantado.

Entrei em casa jogando as chaves e evitei subir para o quarto de imediato, me sentei num canto da sala e abaixei a cabeça entre os ombros.
Comecei a pensar nas últimas coisas que conversamos e me deixei levar pela vontade guardada desde o momento que soube o que aconteceu.
Senti uma dor tão grande e intensa vindo de dentro, que pensei ser possível senti-la do lado de fora também.
Meu peito queimava de dor, meu estômago se contraía e minha cabeça girava em torno da notícia de sua gravidez.

Meu peito queimava de dor, meu estômago se contraía e minha cabeça girava em torno da notícia de sua gravidez

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Minha vida é uma droga! parte 1.Onde histórias criam vida. Descubra agora