Capítulo 11

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-ACABAMOS DE RECEBER A NOTÍCIA DE QUE O PAI ENTROU ARMADO NA CASA E AGORA ESTÁ FAZENDO A FAMÍLIA TODA DE REFÉM -Carlos grita enquanto corremos pra garagem

-E AGORA, CAPITÃO?

-AGORA? SE DIVIDAM POR VOCÊS, BRUNNA E XAMÃ COMIGO, NOS SIGAM. ENTENDERAM?

-SIM, SENHOR

Carlos joga a chave da viatura pra mim. -Dirige.

-Pode deixar

Corremos até o carro, entrando rápido. Eu o liguei, acelerando assim que os meus parceiros entraram também

Xamã ligou a sirene e o nosso carro foi o primeiro a sair da garagem, sendo seguido por outros três

Dirijo pisando no acelerador 100%, todos os outros veículos vão saindo da frente com urgência, enquanto o Carlos grita pra liberarem caminho da janela

Observo o carro atrás de mim, Cristal está dirigindo, com a Lud e o Marcos

Os outros não consigo ver, virei algumas ruas até o Carlos dar o alerta de que havíamos chegado

Tem carros de policia militar em frente a casa, e algumas pessoas curiosas.

Estacionei e nós descemos rápido. Carlos se aproximou dos policiais, pegando informações, enquanto eu observava a casa, procurando por alguma entrada

-Deve ter pelos fundos -Xamã se aproxima. -Mas é muito arriscado entrar lá, Bru. Você tem que ir sem arma

-Eu não me importo, tá legal? Se for preciso, eu entro

-Calma. Vamos tentar conversar com ele -O capitão se aproxima com um megafone

Os outros três carros chegam, derrapando na pista quando estacionam. O restante da equipe se aproxima e o Carlos começa tentar a ter alguma resposta do pai

-Santiago, aqui é o capitão Carlos..Eu posso te dizer sem querer assustar, que aqui fora está cheio de policiais armados querendo entrar à força. Mas eu tô te dando uma chance de poder conversar, de poder negociar

Ele solta o botão do megafone, e nós esperamos alguma reação, mas nada..

-Filho da puta.

-Me dá..

Carlos me entrega o aparelho e eu o ligo. -Santiago, quem tá falando é a tenente..Me chamo Brunna, confirmo o que o Capitão disse, mas se você não nos der uma prova de que os três estão bem, vamos invadir e acabar com essa sua gracinha agora, por bem ou por mal -

Soltei o botão e nós percebemos a cortina mexer. Os policiais se prepararam e eu entrei na frente. -Nem pensar! Estamos ganhando a confiança dele, nada de ameaçar ou atirar.

-Escutaram a minha tenente -Carlos diz

Todos abaixam as armas e a janela da casa abre. Santiago empurra os três na frente dele, só conseguimos ouvir ele falar. -ELES ESTÃO BEM, EU NÃO QUERO NADA, SÓ QUERO QUE NOS DEIXEM EM PAZ, SOMOS UMA FAMÍLIA E NÃO VAMOS NOS SEPARAR

-Santiago, os seus filhos estão chorando, você tá colocando medo neles -Carlos

-NÃO, ELES NÃO ESTÃO COM MEDO DE NADA -ele fecha a janela com força

Respirei fundo. -Dá pra você calar a sua boca? Olha o que aconteceu -

-Ele tá me irritando

-Você realmente tá precisando se aposentar, capitão -Cristal diz

-Eu vou entrar

-O que? Tá louca? -Ludmilla se aproxima

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