Herbal

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Olá, wattpaders!

Fico muito feliz de trazer essa minha comfort fic para essa plataforma. Ela, originalmente, foi postada no Spririt.

Queria agradecer a beta @ taquiomorfria e a capista @ Joonieh, que fizeram trabalhos excelentes ❤️ Espero que vocês curtam o capítulo, não esqueçam a estrelinha, isso me juda muito!

Até o próximo e último capítulo!

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O dia estava claro e frio, uma lebre estava parada, comendo os brotos de grama que encontrava perto de uma grande árvore, e Hoseok achou que estava com sorte.

Jung Hoseok é um bom caçador de animais, ganhando dinheiro com a venda de suas caças. Costumava capturar animais pequenos, como lebres e doninhas, por serem mais fáceis de carregar e de acertar com suas flechas.

No fundo, ele não gostava do que fazia, mas era aquilo ou iria morrer de fome, pois era a única atividade que realmente conseguia fazer por conta do exímio talento em arco e flecha. Bem, a caça não foi sua primeira alternativa de trabalho, ele tentou atividades como sapateiro e ferreiro, mas era péssimo naquilo, então foi para a floresta. Muitas pessoas da cidade compravam suas caças, então sobrevivia com aquilo.

A parte que o Jung mais gostava era entrar na floresta, se sentia livre, longe dos olhares julgadores da sociedade, cheiro de plantas molhadas e do frio que deixava suas bochechas rosadas, deixando-o confortável.

Ele estava bem escondido atrás de um arbusto e apontava a flecha para o animal, tentando fazer o mínimo de barulho possível, mas, infelizmente, a lebre era astuta, percebeu que tinha algo lhe observando e então correu. Hoseok ainda tentou atirar no animal, mas atingiu apenas o tronco da árvore.

"Que lebre esperta," pensou o Jung. Ele saiu do arbusto, bufando por não conseguir pegar o animal. Foi em direção à árvore e arrancou a flecha presa nas raízes grossas, colocando-a de volta no arco para que a qualquer sinal de movimento ele pudesse estar pronto.

Ele continuou andando, o vento ameno arrastava as folhas secas entre suas pernas, o cheiro de terra úmida com alguns aromas de flores se misturavam e deixavam a mente do Jung com um pouco de paz. Contudo, o caçador não estava com muito desse sentimento de brandura, pois não havia conseguido nenhuma caça e já estava escurecendo.

Bufou e resolveu voltar para a aldeia, tentaria no dia seguinte em um horário mais cedo. O caçador analisou as árvores e o vento, e, como tinha experiência e conhecimento da floresta, iria retornar com facilidade; bem, era isso que achava.

Andava com uma velocidade maior para não ficar no escuro, contudo, o sol desceu no poente cedo demais, a luz natural já não tinha como ajudá-lo, e, infelizmente, não havia levado lamparinas. O caçador estava um pouco nervoso, não gostava de andar à noite na floresta, pois, segundo as lendas que escutava, era no período noturno que as bruxas faziam os rituais em volta do sangue dos homens perdidos.

Jung Hoseok era um dos homens que não nutria ódio das bruxas, como muitos fiéis da época, mas sim, um medo gigantesco delas. Ele tinha pavor de ser pego por uma bruxa e ser usado como um sacrifício no centro de um pentagrama de sangue, com mulheres nuas dançando ao seu redor e oferecendo seu corpo para o Diabo. Só de pensar naquela possibilidade, suas pernas tremiam e sua barriga doía.

Ele andava o mais rápido possível, mas o vento parecia mudar de direção e ele estava perdido. Segurava seu arco e flecha com firmeza, caso precisasse iria se defender. O moreno olhava o máximo que seus olhos podiam captar da luz fraca do ambiente, mas, infelizmente, não analisou certo onde pisava e tropeçou em uma pedra, e, para sua grande falta de sorte, acabou por cair em um precipício mediano.

Calêndula - SOPE 🏹Onde histórias criam vida. Descubra agora