Capítulo 57

3 2 0
                                    

Os seguranças juntamente com o Hoseok correm até minha mãe que está no chão. Hobi pede para ligarem para emergência porém minha mãe pede que não façam isso. Questiono sua decisão e ela explica com certa dificuldade que precisa apenas respirar fundo e alguns segundos para acalmar.

S/m: É apenas uma crise de ansiedade. Tem um remédio no meu quarto que pode me ajudar.

S/n: Vou pegar, espere só um minuto.
- peço um tempo e vou até o quarto de minha mãe. Meu pai passa por mim apressado, por certo ouviu toda agitação que estava acontecendo lá fora. Começo a procurar em sua cômoda, penteadeira, até mesmo no banheiro.

Aish, pensa S/n. Onde ela guardaria o remédio? - me pergunto andando em círculos e estalo os dedos ao lembrar. Em cima do guarda-roupa - penso alto e subo em um banquinho e acho uma caixa com remédios que estava apoiada entre outras caixas. Ao puxar o objeto deixo uma delas cair. Arrumo isso depois - penso saindo do quarto quase correndo até o lado de fora indo até minha mãe.

Entrego a caixa a ela que abre apressada em busca de seu comprimido. A mesma bebe e ficamos esperando.

S/n: Desde quando está usando essa medicação ?- questiono ao ver anti-depressivo entre as cartelas. Ficamos um tempo aguardando e pouco depois ela começa a dar sinais de melhora.

Hobi: Está se sentindo melhor ? Não quer mesmo ir ao hospital?

S/m: Não precisa querido. A notícia foi tão impactante que atacou minha ansiedade e fiquei com um pouco de falta de ar.

S/n: Sei que acabou de melhorar, mas por favor me explica mãe. Desde quando está com ansiedade e depressão?

S/m: Esses remédios não significam nada. O que me importa é saber que vou ser avó.

S/n: Como assim não são nada? Depressão não é brincadeira mãe.

S/p: Isso não passa de frescura.

S/n: Frescura ? Você sabe da merda que está falando ?

S/p: Olhe como fala....

Hoseok: Amor, calma.

S/n: Não me peça calma. E outra, se ela está assim é culpa sua - dito alterada apontando a mão para meu pai e ele levanta a mão para me bater.

Hoseok: Nem pense nisso - grita segurando firme o ante-braço de meu pai.

S/p: Ela é minha filha.

Hoseok: E minha noiva, mãe dos meus filhos e o que mais ela quiser ser. Ouça só o que tenho a dizer pois só irei falar uma vez. Ela pode ser sua filha, mas nunca será sua propriedade. Saí de meu país até aqui com muita Boa vontade e mesmo com sua grosseria mantive a calma e educação. Porém, se ousar machucar ou ferir com palavras a minha futura esposa serei obrigado a esquecer toda educação que foi dada a mim e pode ficar ciente de uma coisa, o senhor jamais irá querer me ver de novo.

- meu pai engole seco, e os demais presentes inclusive eu, ficamos sem reação pela forma ríspida pela qual ele falou. Meu pai puxa o braço e sai olhando o Hoseok de lado que por sua vez não para de encará-lo com uma feição sombria.

S/n: Hoseok...hobi...Amor - chamo por ele e só depois de tanto balançar seu braço consigo que sua atenção saia de meu pai e se volte para mim.

Hoseok: Acho melhor voltarmos outro dia. Você não pode se estressar.

S/m: Vá filha, ouça seu noivo.

S/n: Vem com a gente mãe. Estou preocupada com a senhora.

S/m: Filha, vou ficar bem. Estou tão feliz em te ver e saber que serei vó que acho que nem vou conseguir dormir. Amanhã almoçamos juntas e conversamos com mais calma. Agora vá descansar. Ouça sua mãe, você está grávida.

S/n: Certo, mas amanhã virei cedo para lhe buscar. Ao invés de almoçar passaremos o dia fora.

S/m: Combinado. Vão com Deus.

Hoseok: Obrigado senhora. Até mais - o mesmo diz, faz reverência e sai de mãos dadas comigo até o carro.

Alguns minutos depois......

- Ficamos o tempo todo em silêncio e de vez em quando olho para o Hobi que está dirigindo concentrado.

Hobi: O que foi vida?

S/n: Pensei que estivesse concentrado na estrada.

Hobi: Sim, estou concentrado. Só que percebo quando me olham. Quer falar algo?

S/n: Não é nada - respondo e ele para o carro no acostamento.

Hobi: Sei que quer me dizer algo. Te conheço S/n. O que combinamos ? Que sempre iríamos falar o que sente ao outro, certo?

S/n: Sim.

Hobi: Então...

S/n: Você sofre com transtorno bipolar?

Hobi: Que pergunta é essa ? Você acha que tenho problemas mentais ? A que se deve isso mulher ? - diz surpreso.

S/n: É que... Você é sempre positivo, alto astral e gentil. Só que muda da água para o vinho quando está com raiva. Sua feição muda e chega a ser sombria. As vezes dar medo. Parece ser outra pessoa.

Hobi: Você é uma pessoa violenta?

S/n: Depende..

Hobi: Se alguém me agredir agora o que você vai fazer?

S/n: Parto pra cima e bato de volta.

Hobi: Isso te torna violenta ou é apenas extinto de defesa?

S/n: Extinto de defesa.

Hobi: É sobre isso. Sou educado e gentil, mas se precisar ser grosseiro eu serei. Principalmente para defender meu maior tesouro. Por vocês faço tudo. Meu papel é defender vocês de qualquer coisa. Já te disse isso. Sempre farei tudo por vocês.

- o mesmo diz passando a mão em minha barriga e eu puxo sua nuca lhe dando um beijo. Separo seus lábios dos meus e me desculpo pelo pensamento bobo.

Hobi: Não vou negar que me senti ofendido.

S/n: Me perdoa?

Hobi: Só perdoarei se me der algo que estou querendo desde o evento.

S/n: O quê?

Hobi: Te conto quando chegarmos no hotel.

S/n: Sentindo uma certa malícia nesse seu sorriso.

Hobi: Sei que você gosta de minha saliência. Gosta tanto que fizemos logo três filhos de uma vez.

S/n: Para com isso - dito dando um leve tapa em seu braço enquanto ele segue para o hotel.

Não demoramos a chegar, porém ao entrar na recepção do hotel vejo na TV a notícia que mais temia. Um jornal local está noticiando uma queda de avião e ao me aproximar da tela constato ser o avião que havia sonhado. Minha pressão baixa um pouco e me seguro a cadeira que está ao meu lado para não cair.

Hobe: O que foi vida ?? - pergunta e logo pecebe o motivo ao ver a noticia que se passa na tela a nossa frente.

S/n: As pessoas morreram amor, íamos morrer também.

Hobe: Foi uma fatalidade, e você tentou avisar que havia sonhado, porém ninguém ligou. Você não pôde fazer nada. Não veja mais isso, vamos subir e descansar.

- mesmo em choque, assinto e vou com ele até o elevador. Chegamos ao quarto e me deito na cama.

Hobe: Não fique triste vida, esse sentimento não vai lhe fazer bem. Quer assistir um filme para ocupar a mente ?

- Assinto e me levanto indo até o banheiro. Tomo um banho e volto para a sala de TV que há no quarto vestida com o roupão. Me sento no sofá ao lado do hobe e me abraço a ele. Fico sentindo o cheiro de seu pescoço e ele sorrir.

S/n: Porquê está sorrindo ?

Hobe: Você sempre fica me cheirando.

S/n: O perfume de sua pele e gostoso de sentir.

Hobe: Que bom, mas tenho algo ainda mais gostoso de sentir além de um simples cheiro. Você quer ?

Continua...

Amando novamente Onde histórias criam vida. Descubra agora