Confortavelmente em sua cadeira estava uma bela jovem ruiva assistindo vídeos sobre casos de assassinatos brutais na internet, esse assunto era totalmente o seu interesse, mesmo que as mortes sejam horrendas e totalmente desumanas, aquilo lhe envolvia como uma Darlingtonia conseguindo capturar sua presa aos poucos, quando menos percebesse já estava totalmente submersa sobre tudo e não se prestava atenção em mais nada ao seu redor e nem mesmo se quisesse iria conseguir sair daquele looping tão facilmente. O seu vício é tão profundo e insano que seu caso favorito era o Junko Furuta, umas das maiores atrocidades de Japão, tinha admiração que o sempre assistia como se fosse um manto, nunca se contentava assistindo um vídeo sobre ele, sempre via vários vídeos e mais sobre o mesmo caso. Seus olhos pretos que pareciam nem sequer ter vida, sempre brilhavam para falar a respeito do caso, ela sabia de tudo, decorou as datas, as horas, os nomes das pessoas que fizeram o crime, nada se passava pela aquela cacheada com cabelos alaranjados.
Mesmo que não pareça, também tinha admiração por casos brasileiros, mesmo que a sua opinião sempre fosse a mesma "Os brasileiros não sabem matar de verdade, é tudo muito fraco!" Viviam falando várias e várias vezes quando assistia casos de mulheres sendo mortas, esquartejadas e tudo que há de pior.
Fumegou decepcionada e totalmente entediada com o vídeo que via, mesmo que se tratasse de um caso de uma pobre jovem tenha caídos nas mãos de um ser que nem se pode ser chamado de racional, pois foi abusada por 12 horas contínuas e após tudo isso teve o pescoço degolado e partes do seu corpo mutilado, ao tempo que passava a ver nada lhe afetava, se olhassem de fora achariam que estaria vendo uma série genérica qualquer, não um caso totalmente horrendo. Revirou os olhos e respirou fundo e pausou o vídeo, ao ver que estava na metade, desistiu de ver, aquilo não lhe interessou nem um pouco.
– 12 horas nem é tanta coisa assim – Julgou totalmente impaciente – E outra, pescoço degolado? Ah por favor, já vi coisas piores – Riu se encostando e aconchegando mais em sua cadeira e recolhendo suas pernas.
Ao scrollar a tela e ao passar pelo vídeo, foi olhar as horas.
21h48
Quando se deu conta que horas eram, logo se lembrou que um Youtuber favorito sempre postava todos os dias às 20h00 da noite, ficou um pouco aborrecida por saber que não vai ser uma das primeiras pessoas a ver, entretanto ainda estava feliz que tinha vídeo novo.
Porém antes que pudesse entrar, recebeu uma notificação de vídeo novo no canto da tela de seu monitor, estranhou pelo enorme atraso do site ao lhe notificar, porém não ligou e resolveu ler o título(apenas para lhe causar um pouco de ansiedade, certamente ela tem manias estranhas) antes de ter a satisfação de ver o vídeo novo, se surpreendeu um pouco ao ler o título. O cujo Youtuber sempre colocava o nome das vítimas do caso junto do motivo da morte.
"Érica Valle: Horas de desespero"
Boquiaberta encarou aquele título, uma pessoa que morreu tinha o mesmo nome que ti, mesmo surpreendida parou imediatamente e logo voltou a ter postura, coincidências acontecem nessa vida, mesmo que a vítima tivesse até o sobrenome igual. Não se deixou levar muito sobre aquilo e logo clicou novamente para ver, mas as suas expectativas foram quebradas ao ver que a única coisa que aparecia em sua tela era o site lhe avisando que o vídeo tinha sido privado pelo autor. Grunhiu descontente, não entendeu por que raios ele tinha feito aquilo, encarou a tela por alguns segundos com os braços cruzados esperando que alguma mágica acontecesse, talvez o vídeo saísse do privado e fosse postado de novo.
Revirou os olhos e descruzou os braços, antes que um de seus braços pudessem ir em direção ao mouse, seu corpo gelou completamente, pois tinha uma mão tapando a sua boca, seus olhos arregalaram instantaneamente.
Mesmo que quisesse pensar em algo ágil para se fazer, ao se mover com um pouco de força para se livrar da mão de sua boca, automaticamente o braço da pessoa que estava atrás de ti puxou a mão que tapava a boca com muita força fazendo com que a garota batesse a cabeça no assento da cadeira, aquilo só assustou, nem tinha como machucar, aquilo era um pequeno travesseiro.
– Então quer dizer que 12 horas não foi o suficiente? – Disse se aproximando no ouvido da jovem e sussurrou em seu ouvido de uma maneira abafada, não se admira que ele estava de máscara – Não se preocupe com isso, você terá um tratamento especial – Riu singelamente com pura maldade.
Lágrimas de desesperos começaram a rolar pelo pobre rosto cheio de medo, não durou muito tempo, no seu pescoço sentiu algo arder e pinicar, e passou alguns minutos, a mão que forçava seu silêncio, foi perdendo a força, mas aquilo não era nada bom, quando menos percebeu não conseguia mais ficar com os olhos abertos e nem sequer conseguia ter forças para fazer fugir ou lutar. A garota foi anestesiada. Mas o que mais lhe perturbava, era que aquela voz era familiar…
Após uma semana do desaparecimento de Érica Valle, o seu corpo foi encontrado totalmente despedaçado, perto de um terreno baldio que ficava extremamente longe de sua casa, pode se calcular que seja 83 km de distância. Partes de seu corpo tinham marcas de facadas e outras de mordidas tanto humanas quanto de animais que pode ser provável que comeram o resto do corpo. Ainda não se tem certeza, pois o corpo ou o resto irá passar por uma autópsia.
Primeira vez fazendo algo de terror, da um desconto pro jovem caboclo aqui, não tem capa, pq é um projeto de um capítulo (eu também não sei fazer), estava parado a muito tempo no meu celular e resolvi postar
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Acasos da Internet.
HorrorSe nada lhe satisfaz. Melhor surpreender, mas por quê você não gostou? Por que não está sorrindo? Cadê seu brilho nos olhos?