Capítulo 3 O interrogatório

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Capítulo 2 o interrogatório

Há quase um ano eu estava naquele mesmo lugar, com aquelas mesmas pessoas e com as mesmas e novas perguntas mais elaboradas, mas sem a Helena, o Gabriel e o Lucca. O que era um pouco estranho para mim desde de manhã quando a Estella foi até a minha casa segura com aqueles homens pretos, pronta para me trazer para cá.

Amara e Ricardo não gostaram muito dessa parada na base, mas os tranquilizei ao passar pela recepção que deveria ser algumas avaliações psicológicas de Estella em mim devido as minhas distrações nas últimas missões. Assim que entrei fui mandada para uma sala de vidro preto, mas conhecida por sala de interrogatório principal.

Estella entrou tensa na sala e me olhando dos pés a cabeça, o que para mim era normal ela sempre era séria e poucas vezes sorria, mas é claro por missões bem sucedidas.

Estella – Alessa, eu antes mesmo de começar preciso te informar que o interrogatório vai ser gravado e assim que começar tome cuidado com suas palavras.

Alessa – Estella você estar me assustando... – disse a olhando nervosa.

Estella - você ultimamente esteve muito ausente durante as reuniões de dezembro e janeiro e com isso veio ocorrendo uma serie de problemas na base.... – disse me olhando.

Alessa – eu não fui informada por nenhum problema na base, a helena me avisaria... e a questão da minha ausência foi as férias para são Paulo com o Ricardo e a Amara, os meus pais adotivos.

O que não é tão bem verdade, a história real é que ultimamente eu tenho tido umas crises de ansiedade e no meio disso acabei meio que cortando e rapidamente o meu pai adotivo resolveu me levar para uma pequena clínica em são Paulo, a safe. Lá aprendi a não deixar os gatilhos mentais te manipularem através da visão, um exemplo disso é estar na sala de vidro e começar a entender pelas palavras chaves que você estar sendo acusada, o que recai uma pequena pressão e um nervosismo crescente no estomago, minhas mãos estão suando e geladas sinto isso quando as coloco no colo. A minha respiração começa a ficar pesada assim que Estella muda de posição

Estella – Alessa vou ser mais direta, ultimamente eu notei um comportamento diferente do habitual, a sua ausência aqui tem batido diretamente com as invasões no QG....

ESPERA AI! ELA NÃO QUERIA SABER ONDE EU ESTAVA, ELA QUERIA ME ACUSAR DAS INVASÕES.

Alessa – o que eu tenho a ver com isso?

Estella – as duas primeiras semanas de janeiro você não estava em são Paulo como diz, o seu pai confirmou que já estavam no Rio... alessa se você ainda responde por alguém da KC fale agora, ainda posso...

Aquilo foi demais para mim, eu me levantei da cadeira irritada e por cima da mesa a olhei seriamente.

Alessa – EU REALMENTE ESTAVA NO RIO, MAS EU NÃO ESTOU COM A KC!

Estella – então você não terá problemas em me contar onde estava no momento de uma das invasões...

Alessa – Por que? você não já acredita? – eu falei antes de sair da sala, mas sou impedida pela entrada de Daniel que me olha preocupado.

Daniel – Alessa, eu não queria ter que fazer isso, mas você vai ser dispensada...

Alessa – o que? Perguntei chocada.

Daniel – até segunda ordem! – disse chateado e deu um passo para o lado, o olhei e fiquei desnorteada com sua ação, mas eu precisava sair dali.

Eu mal sair da sala e pude ver finalmente rostos conhecidos e amigos, eu dei alguns passos em direção helena que parecia triste ao vim na minha direção, mas foi segurada por Lucca que me olhava bravo enquanto Gabriel se mostrava confuso sem saber se vinha ao meu encontro ou ficava no lugar.

Helena - Lucca me solta! – pedia inconformada. – Gabriel me ajuda!

Lucca – ela é culpada!

Aquilo me doeu, o meu peito apertou e antes de eu sair pude sentir as lagrimas descerem, se aquela acusação viesse do Gabriel e da Helena, eu acho que eu não sentiria tanto, mas essa ela veio justamente da pessoa que eu gostava exatamente veio do Lucca, o me desmoronou.

Eu fui para casa acompanhada de Ricardo enquanto dirigia logo contei a dispensa e a acusação e ele me olhou mais preocupado.

Ricardo – por que não contou sobre a clínica e as crises?

Alessa – sinceramente, ela não devia ter me acusado... – mudei de assunto.

Ricardo – assim como você deveria ter contado sobre a clínica e as crises, acredito que ela e o Daniel poderia te ajudar...

Alessa – por que contar a eles? A Estella preferiu me acusar e colocou todos contra mim, além de me dispensar.

Ricardo – porque é o certo!

Alessa – eu, você a amara combinamos de nunca falar onde eu estive e espero não ter que falar

...

Ricardo mais tarde comentou o fato ocorrido mais cedo com esposa, amara discretamente sorriu com a fala do marido em que Alessa queria que Estella não soubesse da clínica e as crises.

Ricardo – não acha errado mantê-los longe desses acontecimentos?

Amara – não, afinal nós três decidimos que íamos respeitar a decisão dela. Você se lembra? A Alessa não queria sair da clínica em janeiro, ela vivia dopada com aqueles remédios com medos das crises voltarem.... e até pensando bem, acho melhor assim ela vai melhorar ainda mais ficando longe de tudo isso! – falou animada.

Ricardo – o seu comportamento me assusta, principalmente essa sua animação de ter a Alessa longe da IC em benefício pessoal. – falou sério e acrescentou. - Amara, os amigos dela estão contra ela e isso pode prejudicar o tratamento dela – argumentou.

Amara – amor, eu vou falar somente uma vez não encare isso como algo ruim da minha parte, mas escuta o que eu tenho para falar, tudo bem? - ela pediu e o homem assentiu.

Amara – A Alessa não conheceu uma infância normal com uma família, jogos, brincadeiras divertidas, festas de aniversários e um crescimento natural até a fase adolescente, ela estar conhecendo uma vida normal pela primeira vez agora e ainda mais como uma civil, a única daquele grupinho quem se salva é a Helena, mas acredito que Alessa deva conhecer outras pessoas outros ares, talvez essa seja...

Ricardo – não!

Amara – os meus pais estão em Londres, seria ótimo levarmos Alessa para conhecer meus pais....

O homem fechou os olhos e como se construísse uma barreira com as mãos não querendo continuar aquela conversa, ele conhecia bem demais a esposa para saber o que viria logo em seguida.

Ricardo – Eu já disse que não e mesmo se quiséssemos ainda não temos a guarda da Alessa definitiva!

Amara – isso é fácil de resolver, talvez essa dispensa possa fazer a Estella liberar a guarda...

Ricardo – Amara, eu respeito a decisão da Alessa de não contar, mas em troca você não vai tirar ela do Brasil! – falou sério conhecendo exatamente com quem ele estava lidando. Amara desde a chegada de Alessa têm um extremo cuidado com a garota como se fosse a filha biológica.

Ricardo sabia que tinha sido demais a notícia de nunca ter filhos tinha sido um choque para a esposa até tentaram a adoção mais devido aos problemas psicológicos que amara teve no passado com os 2 aborto espontâneos não a qualificavam para adotar uma criança de nenhuma idade até Estella ligar e os designar como uma casa segura para uma adolescente órfã, o que parecia ter sido como ganhar na loteria para Amara que ficou encantada com a chegada de Alessa. Ele só ficava preocupado com o tamanho desse encanto poderia ser bom ou ruim a que nível isso poderia ir.

...

Um legado, uma nova chanceWhere stories live. Discover now