Qᵘᵃⁿᵈᵒ ᵛᵉʳᵈᵉ ᵉ ᵃᶻᵘˡ ˢᵉ ᵐⁱˢᵗᵘʳᵃᵐ | ꜱᴏᴜᴛʜ ᴘᴀʀᴋ

Sobre a morte de pessoas queridas:

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⚠️ALERTA DE GORE E MORTE⚠️

Música: I wait for you - Alex G (se for no Spotify: Alex G offline)

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18:47, Sexta, Mental health Instite of Colorado

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- Algumas pessoas entram em nossas vidas para depois irem embora, Tweek. - Falou o psicólogo de Tweek, Dr Dylan depois dele comentar sobre o sonho que tivera - Essas pessoas são especiais, importantes, mas chega um certo ponto que elas precisam sair. Claro que em um caso específico como o seu, a saída de Jason não precisava ser tão sanguinária e violenta, não precisava ser tão traumática, e eu entendo que você tinha um grande apego por ele. No final das contas, era seu único e melhor amigo, e foi o primeiro a realmente se importar com você, mas isso não significa que ele ficaria aqui, com você, eternamente. Você precisa deixar ir.

- Hum... - Começou Tweek, depois de um tempo engolindo as palavras que Dylan dissera - Você está certo... Quero dizer, eu deixei ir-

- Tweek - O tom de Dr Dylan era muito dócil e gentil -, quando você sonha com um ente querido, quer dizer que você não superou sua morte ainda. Você aprendeu a viver sem ele, porém não superou. São coisas diferentes.

E o loirinho, por mais que não quisesse, tinha que concordar com Dylan. Ele não tinha superado a morte de Jason White. Ele só aprendeu a conviver com a mesma. E era de se esperar, foi uma morte inesperada. Foi uma surpresa.

Foi uma morte sangrenta.

Uma morte que entrou sem avisar. E deixou feridas que nunca irão sarar.

Tweek se lembrava muito bem de como conheceu seu melhor amigo: ambos tinham 6 anos, e Tweek acabara de ser diagnosticado com TDA sem hiperatividade, ansiedade e agora tinha tiques nervosos. Naquela época não sabia que, com exceção do TDA sem hiperatividade, todos eram culpa de seus pais. O mesmo se achava culpado por seus crimes. Aquele fora o pior ano de sua vida: quando a notícia se espalhou pelo colégio de South Park, ele ganhou um apelido. E não era Twe.

Seu apelido era a Aberração de South Park.

Naquele momento, ele tinha que lidar com papeizinhos, sussurros e, às vezes, empurrões. Mas num fadítico dia, onde algumas crianças foram confrontar ele, Jason se intrometeu e tirou as crianças de perto do pequeno Tweek para bater nelas. Ele virara melhor amigo e porto seguro de Tweek, e ambos nunca paravam de conversar. E não é brincadeira. Eles nunca se separavam ou paravam de conversar. Era Tweek e Jason VS O mundo.

Até o momento final em que usaram a palavra "nós".

Nenhum presente se esqueceu da cena do corpo dilacerado e jorrador-de-sangue de Jason, que momentos antes eram capazes de chamar de vivo. Ele fora acertado na barriga, e agora todos podiam ver seus órgãos do sistema digestivo de perto. Até mesmo Cartman, conhecido por suas piadas de muito mau gosto, ficara chocado e aterrorizado pela cena, mas depois fez chili de pais, então aquilo provavelmente foi só para se acostumar com um corpo humano cortado ao meio. Tweek foi o único que se atreveu a chegar mais perto, e até mesmo a tocar-lo. Todos os outros envolvidos nunca mais comentaram do incidente, mas todos se lembravam claramente.

Ainda arrepiava e chocava a todos.

Claro, já viram e presenciaram mortes antes: a morte de Phillip Pirrup, mais conhecido como Pip, era a mais memorável. Foi esmagado por um robô gigante que queria atacar a cidade. Mas aquele caso era diferente. Era um corpo. Aberto.

- Entendo perfeitamente o quão chocante foi a morte dele para você, Tweek, mas você não pode deixar isso lhe influenciar em sua vida, entende? - Disse Dr Dylan, tirando Tweek de seu estado onde estava perdido em seus próprios pensamentos.

- S-Sim, Senhor Dylan.

- Ok, bem, eu acho que é o fim de outra sessão, e a minha irmã precisa que eu busque ela. Eu soube como você se saiu no piano ontem, parabéns. E sinto muito pela Thalassa, ela é muito hiperativa.

- Como que voc- Pera, você - E apontou para Dr Dylan - é o irmão mais velho dela?!

- Sim. - Ele disse, contendo uma risada - E da Silvia também. Ela sabe tocar violino, sabe, você deveria fazer um dueto com ela. Sempre achei que piano é violino combinam muito. - Seu tom era pensativo. Tweek estava rindo silenciosamente antes de se lembrar que uma das músicas de Omori era um dueto de piano e violino - e que seu nome era Último Dueto.

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OMORI NO FINAL KAKAKAKAKAKA SOCORRO

752 palavras

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