Ofrecimiento.

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"Essa fic não tem a intenção de ofender nenhuma religião, crença ou costume de ninguém. Caso existir algo errado ou ofensivo nesse texto, peço para que me avise, e então imediatamente modificarei."

~

No México, é comum nós celebrarmos a morte.

É tratada com respeito, o fim de um ciclo natural.

E na verdade, é isso mesmo.

Mas, desde que Quackity perdeu seu marido, sua vida nunca mais se estabilizou antes.

Mesmo tendo muito dinheiro.

Não, isso não se tratava de dinheiro.

Sua alma carregava um peso todos os dias.

Ele se ajoelhava, e rezava para o outro, que nem se quer estava mais lá.

Doía no fundo de seu coração saber que nunca mais o veria.

Ou que pelo menos fosse demorar para vê-lo.

Não tinha planos de tirar sua própria vida, já que que prometeu para Luzu que nunca de fato faria isso.

E as promessas não podem ser quebradas.

Hoje, dia 2 de novembro, Quackity caminhava até o cemitério.

Levava algumas oferendas, flores e velas para acender para seu antigo e único amor.

Se sentiu estranho por ver todos felizes, comemorando.

Era algo comum, uma tradição.

Mas sua garganta se fechava cada vez mais ao se lembrar que não tinha mais ninguém além de um espírito.

Ao mesmo tempo que queria desabar, também estava feliz por ter um dia com seu marido.

Andou um pouco sobre os caminhos de pedra, vendo as lápides iluminadas e famílias grandes cantarem e rezarem pelos corpos ali onde estavam.

O clima estava agradável, mesmo sendo de noite.

A brisa refrescante batia em seu rosto e nas árvores, que dançavam com o vento.

Momentos após, chegou na lápide de pedra, gravada com o nome de seu amor.

De seu coração, de seu corpo, de sua alma, de sua estabilidade e de sua paz de espírito.

Talvez agora fosse um homem morto, por não ter mais nada disso consigo.

Quackity pegou as flores laranjar e colocou sobre o pequeno altar que tinha ali.

Ele tirou algumas canetas do bolso, e começou a desenhar, conversando com Luzu, igual fazia todo ano.

Não deixaria sua culpa e remorso atrapalhar esse momento.

Afinal, se há uma coisa de que ele ter certeza, é de que Luzu merece momentos felizes.

Ficou por um tempo contando histórias, rindo, fazendo brincadeiras e comendo algumas das frutas que levou.

Chegou até a comprar algumas tintas para pintar caveiras mexicanas no túmulo.

E então, o dia estava acabando.

Se sentia quente, como em um abraço.

Isso renovou suas energias.

Estava chegando a hora de se despedir.

Quackity colocou sementes de romã e pêssego perto da terra ao lado das pedras, já que eram as frutas favoritas do outro.

Ficou em silêncio, respirando fundo.

Começou um agradecimento silencioso em sua própria mente.

Lembrou de momentos único que teve só com seu marido.

Desde que eram adolescentes eles já se gostavam, e acabou que isso durou para uma vida toda.

Agora, com seus vinte e nove anos, estava ali com quem completaria trinta.

Isso o incomodou um pouco, já que aos poucos a lembrança do rosto dele ia sumindo.

Mesmo seu rosto ainda sendo jovem e bonito, não poderia esquecer o que aconteceu naquela noite.

Se culparia pela eternidade.

E talvez um dia, quando o encontrasse do outro lado, poderia finalmente aceitar que a culpa não havia sido sua.

Mas por enquanto não era bem assim.

Só pôde perceber que estava chorando quando abriu os olhos, notando que a água tinha apagado uma das velas.

Ele acendeu denovo e se levantou, limpando a calça que havia ficado com terra.

Com um suspiro, se virou, sorrindo levemente.

Ele acenou para Luzu, e andou para fora do cemitério.

Seu coração se aqueceu ao ter certeza de que o espanhol pôde o ver novamente.

Era uma sensação tão igual à primeira vez que eles se viram.

Seus passos eram calmos e leves, não querendo se apressar.

Minutos se passaram, e estava em casa novamente.

O altar que tinha lá estava organizado também, mas o acompanhou mais cedo.

Agora, quase batendo meia-noite, se arrumou para descansar seu corpo.

No fundo, torcia para que no dia seguinte acordasse com Luzu.

Irmão vcs n sabem o quanto q eu chorei escrevendo isso alguém me socorre
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Día de los muertos. || Luckity || Oneshot Onde histórias criam vida. Descubra agora