Prólogo

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Não poderia deixar aquilo acontecer.

Aquele confronto entre minha irmã e Hope sem humanidade, ela certamente iria matar minha irmã e todos que tentassem passar por cima da sua decisão de continuar desligada. Ela deixou um recado bem claro sobre não querer ser incomodada.

Como eu consertaria tudo?

Meu pai, Hope, Lizzie, a escola por inteiro.

Lizzie estava louca, minha mãe sumida, meu pai em coma e Hope sem emoções.

Minha vida estava uma completa bagunça, a única coisa nos eixos era meu relacionamento com Finch.

Buscava em livros, algo que pudesse me ajudar, magia proibida seria minha aliada nessa busca, não me importava em trazer meu lado Dark de volta, se isso significasse consertar tudo que estava fora do lugar. Virei à noite folheando livros proibidos e achei algo que poderia ser interessante.

42 horas.

Era tudo que eu precisava.

Voltar dois dias no tempo, para o momento exato em que Hope decide desligar e tentar fazer com que isso não aconteça.

Rapidamente fiz um círculo de sal no chão, acendi algumas velas em volta e suspirei, eu tinha poucos minutos para realizar o feitiço, a essa hora, dois dias atrás, eu estava na cama com Finch e foi o momento em que meu pai provavelmente encontrou Hope.

Eu precisava tentar.

Fechei os olhos, sentindo um frio na barriga ao iniciar o feitiço. Comecei a falar alto, sentindo as coisas ao meu redor voarem, um vento forte atingia minha pele e era assim que eu sabia que estava dando certo.

- Josie? - Abri os olhos, assustada, que eu lembre, estava sozinha no quarto. No entanto, agora, estava com a blusa em mãos, de sutiã e em frente a Finch.

- Eu--preciso ir, desculpe! - Pedi, vestindo a blusa novamente, enquanto corria pelos corredores da Salvatore School, não podia acreditar que o feitiço tinha dado certo, em contrapartida, sentia que não restava mais nenhuma magia em mim, gastei tudo com o feitiço.

Encontrei meu pai na porta, prestes a sair da escola. O alcancei e abracei seu corpo, ele pareceu muito surpreso com minha atitude.

- Ei, meu amor. O que foi? - Ele questionou.

- Nada. Pai... Eu vou achar a Hope. - Ele negou rapidamente.

- De jeito nenhum. - Pelo seu tom de voz, eu sabia que ele não iria ceder, então precisei tomar medidas drásticas. Andei até a parede e toquei na mesma, sugando magia. - O que está fazendo? - Perguntou, confuso.

- Desculpa, pai. - Pedi, erguendo a mão e vendo-a cair desmaiado no chão.

Não perdi tempo e peguei o carro, dirigindo para o lugar onde eu sabia que Hope estava. Ao chegar lá, a encontrei caída no chão, sai imediatamente do automóvel e corri até ela.

- Hope! - Quando ela abriu os olhos, eles pareciam um pouco brilhantes em me ver.

- Josie, eu ainda não completei a transição! - Falou, tentando levantar, parecia tão fraca.

- Tudo bem. - Peguei uma faca que trouxe comigo, fiz um corte um tanto profundo em minha mão esquerda. - Pegue. - Disse, deixando meu braço ao seu alcance, após ficar de joelhos perto dela.

- Você tem certeza disso, Jô? - Ela questionou, tocando no meu antebraço.

- Sim. - Respondi. Hope olhou para mim e então para meu corte, por onde escorria um pouco de sangue, ela engoliu em seco e aproximou a boca da minha mão.

E Se? - HosieOnde histórias criam vida. Descubra agora