Bea olhava para a janela daquele carro preto com blindagem reforçada, e mais uma vez se perguntava por que foi dar ouvidos a sua tia "será bom para seu currículo" disse a doutora Trisha Norbit vulgo tia tris, quando Bea estava ao telefone com a mesm...
Acordo mais uma vez suada e com frio, tento me soltar das correntes mas elas prendem meus pés e minhas mãos, não me lembro a quantos dias estou aqui, não me lembro qual foi a última vez que comi, estou cansada e machucada, todos os dias eles me furão com agulhas e injetam um líquido azul em mim, estou em uma sala branca, numa cama de hospital com as mãos e pés amarrados, eu não tento mais gritar por que eu sei que aqui ninguém vai me escutar ou me ajudar. Eu estava próxima aos portões de Homeland quando fui brutalmente sequestrada, eu não era o alvo pelas conversas que escuto dos cientistas, eu fui um prêmio de consolação, eles precisavam de uma humana e eu estava no momento errado na hora errada, as mulheres que dividem a sala comigo não falam, só gemem de dor.
"Então você acordou" disse o cientista chamado por todos aqui como hoob, ele era o meu carrasco, todos os dias era ele que administrava as doses daquele líquido que era injetado em meu corpo.
"Tenho uma novidade para você" ele riu "acredito que você não vá gostar muito, hoje você será levada até o espécie 481" ele riu mais alto ainda, "caso você sobreviva, oque eu acho difícil, agente se vê novamente"
Então era esse meu destino o tempo todo, morrer nas mãos de um espécie, o espécie 481, desde que estou nesse quarto já vi duas mulheres serem levadas para o 481, nenhuma voltou pra contar oque ela foi fazer, não sei oque me aguarda mais também não tive tempo para descobrir, logo senti hoob mais uma vez injetar o líquido em meu corpo e senti meus sentidos começarem a desaparecer, eu não gritava mais, eu não me importava mais com a dor, só queria que tudo aquilo acabasse.
"Bons sonhos querida" foi a última coisa que escutei do meu carrasco antes de apagar.
Quando acordo eu estou sendo carregada por um logo corredor, eu não tenho mais os pés e as mãos amarradas por algemas mais sou carregada por dois grandes seguranças até a porta de uma sela, eles abrem a mesma e me jogam lá dentro, eu vou ao chão sem forças e gemo de dor, eu me encolho em um canto e olho ao redor, eu estou em uma sela média, tem um pequeno corredor no canto escuro e uma pequena porta que provavelmente leva até a arena, é onde os novas Espécies são obrigados a lutarem por suas vidas, do outro lado da sela tem outra porta pequena que acredito que leva a um provável banheiro, paro bruscamente minha avaliação quando escuto uma respiração pesada, viro minha cabeça lentamente para o canto mais escuro da sela e vejo olhos vermelhos olhando para mim, prendi a respiração com o susto e me encolho mais, o dono dos olhos vermelhos vem andando lentamente através da escuridão da sela e para em minha frente, "eu vou morrer aqui" é o único pensamento que tive quando vi o espécie 481 rosnando em minha frente.
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"Por favor" foi a única coisa que consegui dizer antes de desmaiar.
