Memories | N.H

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§ Miriam §

"Ele tem o melhor sorriso do mundo. Eu ainda gosto dele. Do jeito dele. Perfeito e imperfeito. Não me importo. Eu gosto dos seus olhos azuis como a cor do mar, do modo que ele mexe os seus cabelos e do jeito que me faz sorrir. Gostava de ter de novo um abraço apertado , gostava de ter aqueles beijos inesperados, aquelas mensagens de madrugada e amo os calafrios que eu sento ao ouvir seu nome. Eu amo-o .Eu gosto de pensar em como seria nosso futuro se não tivesse saído da sua vida, gosto de pensar nele antes de dormir e sonhar incessantemente com seu jeito brincalhão que conseguia, sem querer, fazer-me sorrir ao acordar a meio da noite.Ele pode ter todos os defeitos e erros, mas ainda é melhor do mundo. O meu mundo. E será eternamente assim.." Digo a Sarah ao desabafar com ela depois da minha filha ter falado sobre ele.

"Não achas melhor falares com ele outra vez."

"Não isso está fora de questão, ele depois vai querer tirar-me a minha filha e querer sair da banda, eu não quero perder a minha filha nem quero que ele saia da banda."

"Achas que ele era capaz disso?"

"Acho."

"Então vê-se que não o conheces. Ele era incapaz de te tirar a filha eu queria era ficar contigo e com ela, e não sei se ele desistia da banda, ele ama aquela vida é o seu sonho." diz-me Sarah como um ar autoritário.

Ela pode ter razão na parte da banda, mas eu tenho medo, medo de que ele tire-me a minha filha, medo que ele odeie-me ainda mais do que já deve odiar-me, por lhe ter escondido uma criança mesmo sabendo que o seu sonho sempre foi ser pai.

Eu mais que o tente odiar eu não consigo simplesmente, ele faz parte de mim, faz parte da minha vida, do meu passado e irá fazer parte do meu futuro e faz parte do meu presente. Não consigo esquecer pois temos uma coisa que nos irá unir para sempre, como um laço que nunca mais se poderá quebrar.

A vida não é fácil principalmente quando se é mãe cedo, quando tens de abdicar de muitas coisas para poderes dar o melhor ao teu ser mais recente. Já passaram dois anos, dois anos que não o vejo, dois anos que já não sinto o seu abraço, os seus beijos e que já não oiço a sua voz a segredar coisas bonitas ao meu ouvido. Tenho saudades desses momentos mas nada pode mudar o que eu fiz nem o que continuo a sentir.