Imagines Crepúsculo

Aro Volturi - Lutar ou Fugir

Aro Volturi X Leitora Feminina

O sentimento familiar de um ataque de pânico tinha estado à beira da mente dela o dia todo, apenas esperando para transbordar no momento perfeito. Ela estava hiperconsciente de tudo, seus dedos inquietos, seu joelho batendo, sua respiração acelerada.

Ela não conseguia dizer o que estava causando isso, mas, novamente, ela nunca conseguia. A ansiedade era algo com que ela lutava há anos, algo que nunca conseguia identificar a causa, e algo que ainda não conseguia controlar.

Nenhuma medicação ajudava, nem meditação, nem terapia.

Isso a fazia sentir-se completamente isolada.

Quanto mais tempo ficava sozinha com seus pensamentos, pior ela se sentia. Ela havia passado a maior parte do dia explorando o castelo com sua guarda, simplesmente tentando manter o ataque inevitável afastado. Seu companheiro, Aro, estava ocupado naquele dia com julgamentos e uma coisa que ela se recusava a fazer era chamá-lo para longe do trabalho - não por algo tão bobo quanto isso.

Mas agora, ela se enrolava na cama que compartilhavam, incapaz de se comunicar com os outros. Seus pensamentos estavam ocupados demais com seu pânico, suas conversas eram truncadas e prolongadas porque ela não conseguia se concentrar o suficiente para prestar atenção nos assuntos sendo discutidos.

Ela podia sentir sua respiração ficando mais rápida, seu coração acelerando no peito, e ela se sentou na cama, de repente incapaz de ficar quieta. Seu peito parecia apertado demais enquanto ela balançava as pernas para fora da cama e se levantava rapidamente, precisando se mover em vez de ficar parada. Sua visão estava escurecendo, pequenos pontos pretos nublando sua vista. Lágrimas quentes escorriam por suas bochechas, a umidade não ajudando com sua visão embaçada.

A garota se encolheu quando mãos frias se instalaram em seus ombros, incapaz de ouvir as palavras que Aro estava dizendo a ela em seu estado mental. Ela sentiu ele guiá-la para a cama e empurrar seus ombros, forçando-a a sentar. "Tesoro, tesoro, por favor, me escute."

Suas palavras romperam seus pensamentos e ela inspirou uma respiração ofegante e áspera. "N-não consigo."

"Você consegue, minha querida. Respire fundo."

Ela inspirou outra respiração, mas ainda era superficial e entrecortada. Um gemido escapou com a exalação e ela estendeu a mão, agarrando os cabelos com os dedos. As mãos de Aro se moveram para cobrir as dela, desta vez pressionando sua cabeça entre os joelhos. Ele desenrolou uma das mãos dela do cabelo para colocá-la em seu peito. "Respire comigo, querida."

O peito de Aro começou a subir e descer sob sua mão e ela parou por um momento, tentando sincronizar sua respiração com a dele. A dele estava um pouco irregular, provavelmente devido ao fato de que ele não sentia a necessidade de respirar regularmente. Enquanto sua mão subia e descia com o peito de seu companheiro, ela conseguiu romper o pânico em sua mente e focar mais nele. Ele sentou-se perto dela, uma mão ainda em cima de sua cabeça enquanto a outra descansava em seu peito.

"Você está bem, eu prometo." Aro sussurrou, inclinando-se para frente para dar um beijo na parte de trás da cabeça dela. "Você está indo muito bem."

"Eu não sei o que aconteceu." Sua voz ainda estava trêmula e os olhos ainda estavam úmidos.

A mão de Aro deixou seu cabelo enquanto ela levantava a cabeça e ele, em vez disso, moveu-se para limpar as lágrimas de seu rosto. Seus lábios se curvaram em um sorriso gentil, seus olhos suaves e o toque delicado enquanto ele cuidava de sua companheira. "Já passou, meu amor. Sabemos que é algo que acontece."

"Eu odeio isso." Ela fungou, alcançando para pegar outra lágrima enquanto caía. "Me faz sentir tão fraca."

"Nada disso." O rei de cabelos negros levantou o queixo dela para encontrar seus olhos, desta vez sua expressão severa. "Você não é fraca - você é muito forte para conseguir superar seu pânico assim. Resiliente."

Ela olhou para Aro com dúvida, que apenas se inclinou para beijá-la para silenciar qualquer protesto. "Minha companheira forte." Ele murmurou contra seus lábios. "Estou orgulhoso de você por ser capaz de superar isso. Você também deveria estar."

Ela não respondeu, em vez disso, inclinando-se para o beijo dele novamente e fechando os olhos. Embora ela tivesse um longo caminho a percorrer para superar sua ansiedade e ataques de pânico, ela estava grata por ter um companheiro atencioso para ajudá-la através deles toda vez.

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