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Capítulo.1
O idiota.

Gostaria de dizer que não sinto sua falta, muito menos em poder te largar de lado, destruído, logo após eu te bater.

Não é difícil de entender, violência pode vir de qualquer maneira. Mas a única possível razão pela qual eu comecei, foi por você apenas existir. Oque é bem mais simples. Nada à mais por trás da cortina, apenas isso.

Por que? Eu deveria ter uma razão?. .. Eu até sei que esse bullying desnecessário só vai fuder pro meu lado, e quem realmente liga pra isso? Todos vocês assistindo o show sem fazer nada até que alguém faça, espera mesmo que só eu seja o fudido no final?

“Você pensa demais.” O barulho do garoto ao ser batido contra a mesa se mistura com os cochichos ao redor.

O recreio já havia começado; o sinal tocou e Rodrigo nem se deu conta de perceber. Só se ligando ao mundo quando a água gelada se conectou com seu rosto, logo o secando junto de suas mãos para poder pegar ao vislumbre de seu garoto entrando no banheiro masculino.

“Fica aonde está.” A parada brutalmente faz Rodrigo se leva para perto de Eduardo. “Não vi você na sala de aula, passou mal por à caso?”

O engulo em seco que desce a garganta de Eduardo dá pra ser ouvido por Rodrigo, por causa da aproximidade. “E...Eu dormi. Perdi uma hora. E-” Eduardo é empurrado para dentro de uma das cabines do banheiro, fazendo-o soluçar e respirar pesadamente pelo o que o espera.

O banheiro está em silêncio, Rodrigo se mantém na porta sem fecho da cabine, enquanto Eduardo continua com a cabeça baixa desde que entrou no local. “Eu deveria ter te pego antes, você sabe disso-” “Sim.” Eduardo é prensado contra a parede do pequeno espaço que se tem entre eles. “Não me corta!” Rodrigo berrou por cima da voz do garoto mais novo por apenas 2 meses.

“Você me cansa! Me dá ao ódio!” Já cansado de falar, Rodrigo se dirige à ações. Segurando na roupa do Eduardo e dando o primeiro soco do dia.

Nada como uma manhã em paz.
Uma excelente maneira de começar o dia.

O moreno só para quando chega ao ouvir o som melequento que ficou o estado do nariz de Eduardo. Olhando-o com nojo, vendo o sangue descer agressivamente abaixo na pele clara do mais novo. E para acabar com chave de ouro, Rodrigo cospe na cara de Eduardo, que se mantém quieto e soluçando baixo enquanto as lágrimas se misturam com o sangue.

Logo após a saída de Rodrigo do banheiro, Eduardo se encontra limpando o nariz até que a porta é brutalmente aberta de novo. “Mas que merda!” Eduardo suspira e encara seu reflexo de volta. Seu nariz meio torto, suas orelhas por debaixo do olho já estão sumindo finalmente, tudo por causa de ficar algumas noites fazendo exercícios apenas pra manter o corpo em tacto. Sem dar muita atenção, Gabriel chega perto de Eduardo e coloca a mão sobre o ombro do amigo, o virando para segurar seu rosto.

“Ele parece estar bem hoje.. pegou tão leve.” Eduardo murmura e fecha os olhos.

“Leve?! Esse cara ainda te mata, e olha, me desculpa mas é verdade.” Gabriel engole em seco e suspira, aproveitando do toque e acariciando as bochechas do amigo gentilmente para não machucar mais o lindo rostinho dele. “Meu raio de sol, por favor. Ao menos tenta, okay? Você aparenta não está fazendo esforço algum.”

O peito de Eduardo pesa, e ele abre os olhos para encarar o amigo. “Gostaria que ele me tratasse de outra maneira-” “Existe bilhões de pessoas no mundo, bem mais que isso até, mas bilhões foi o primeiro que veio a cabeça.” Eduardo ri levemente da fala do amigo e suspira, fazendo assim, Gabriel solta do rosto dele e esfrega os braços do amigo, como se estivesse o aquecendo. “Eu não gosto dele assim.” Edu olha para o espelho, seu uniforme branco agora com uns pingos de sangue manchado.

“Você gosta. Sei que gosta. Por mas que ele seja horrível, e é, você gosta dele. Não priva seus sentimentos assim.” As palavras de Gabriel são acolhedoras, e quentes. Mas ao mesmo tempo que elas são incrivelmente confortante, elas machucam por causa da verdade. “Preciso aceitar isso para abandonar. Ele namora, e certamente não gosta de mim.” O garoto chega mais perto do amigo, e logo Gabriel coloca os braços ao redor do mais baixo.

A Escolha É Sua. Originalmente Inacabado.Onde histórias criam vida. Descubra agora